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✦ Parte 1
Uma leve brisa suavemente balançou seu cabelo, os fios
loiros claros brilhando à luz da lua.
Seus olhos eram tão azuis quanto o céu de uma tarde sem
nuvens, olhando diretamente para o homem que estava parado na nossa frente.
Vincent: "O que você pensa que está fazendo com
ela?"
Vincent: "Ela é uma convidada muito especial dessa
mansão."
Vincent: "Não vou permitir que ninguém a machuque."
Vincent: "...Toque-a novamente e enfrente as
consequências."
Mesmo que sua voz fosse suave, ela ressoou claramente na
noite.
Homem Bem Vestido 1: "...Machucá-la? Foi ela que se
aproximou de nós."
Homem Bem Vestido 1: "Ela pediu nossa ajuda."
Vincent: "E é desse modo que você trata uma garota
que procura por ajuda? Você a agarra até ela gritar de dor?"
Homem Bem Vestido 2: "Quem é você? Um dos moleques
ricos que vivem nessa mansão?"
Vincent: "Um canalha que assusta uma mulher pedindo
ajuda não merece nem mesmo saber o meu nome."
Homem Bem Vestido 2: "Como ousa falar comigo dessa
maneira, seu desgraçado sem vergonha!"
O homem levantou sua bengala, seu rosto contorcido em
fúria. Eu me preparei para o impacto e automaticamente fechei bem meus olhos.
Vincent: "...Liriel. Fica perto de mim."
(...Que?)
Eu ouvi a voz suave do Vincent dizer isso em meu ouvido e
abri os olhos.
Meu pulso acelerou enquanto eu assistia admirada ele me
segurar com um braço, lutando contra os ataques do homem com somente uma mão.
Homem Bem Vestido 2: "...Comment est-ce
possible?!"
Nota de tradução: "Como isso é possível?" (traduzido do francês)
Vincent: "Vá embora. Ela já está assustada o
suficiente."
Vincent: "...E eu também não quero assustar você
mais ainda."
Homem Bem Vestido 2: "Quem você pensa que é?!"
Vincent: "Se você continuar gritando desse jeito, os
outros moradores irão ouvir e virão ver sobre o que é toda essa comoção."
Vincent: "E eles são muito fortes. Quase
como....vampiros."
Homem Bem Vestido 1: "Bobagem! Vampiros não
existem!"
Homem Bem Vestido 2: "Estou cansado de brincar com
esse moleque! Vamos dar o fora daqui!"
Homem Bem Vestido 1: "O-Oui...!"
Nota de Tradução: "Sim" (traduzido do francês)
O homem nos deu uma última encarada longa, nos medindo de
cima a baixo, antes de correr pra longe e desaparecer na profunda e escura
floresta.
Eu ainda estava bem espantada com toda a situação
enquanto eu ouvia os passos deles se distanciando. Então, eu ouvi uma voz
preocupada.
Vincent: "...Eles te machucaram?"
✦ Parte 2
Vincent: "...Eles te machucaram?"
Olhos azuis me levaram de volta há algumas horas atrás
quando nos encontramos pela primeira vez.
<Lembrança>
Vincent: "É um nome tão lindo."
Vincent: "Eu não esperava que alguém como você fosse
aparecer aqui. Eu espero que nós possamos ser amigos."
Vincent: "Eu sou Vincent van Gogh. Sou um pintor. É
um prazer conhecê-la."
<Fim da Lembrança>
Vincent: "Liriel...?"
Vincent aproximou sua mão, seu dedos estavam quase
tocando meu rosto, quando--
Liriel: "Não!"
Eu falei alto, empurrando sua mão pra longe de mim -- a
mão de um vampiro.
Seus olhos se arregalaram um pouco, assustados com a
minha cruel rejeição.
(Eu não devia ter feito isso...Vampiro ou não, ele acabou
de me salvar, afinal de contas.)
Liriel: "Me desculpa, Vincent. Eu..."
Vincent: "Não se desculpe. É minha culpa por tentar
te tocar sem a sua permissão."
Ele gentilmente me soltou e deu um passo para trás. Então
ele tirou seu casaco.
Vincent: "Aqui. Você parece estar com frio."
Ele colocou em cima dos meus ombros. Estava quentinho e
tinha uma fragrância familiar, mas eu estava muito chateada para reconhecer o
que era.
Seus olhos se suavizaram quando ele falou gentilmente
comigo.
Vincent: "Você estava tentando fugir porque
descobriu que nós somos vampiros?"
Opção de Escolha: "Eu estava nervosa."
Liriel: "...Sim. Eu só estava nervosa."
Vincent: "...Obrigado por me dizer."
Vincent: "Eu não te culpo por estar com medo. Mas
essa época é muito mais perigosa do que você pensa."
Vincent: "Especialmente para alguém como você, que
se destaca mais por claramente não ser européia."
(Vincent tem razão. Eu nem ao menos pensei nisso.)
Eu fui uma tola por pensar que eu estaria mais segura fora
da mansão.
...Esse era o século 19. É uma situação completamente
diferente do tempo de onde eu vim, principalmente para as mulheres.
(Em casa, eu nunca pensava duas vezes antes de sair à
noite sozinha, mas isso não era uma coisa muito inteligente de se fazer aqui.)
Vincent: "Pelo menos, você deveria ficar na mansão
até clarear."
Vincent: "Eu te faria companhia, mas tenho certeza
que você também me acha assustador..."
Tradutora Lu: Nunca! Vc é um fofo...Essa MC que é louca. (T_T)
Eu abri minha boca para responder, mas de repente eu ouvi
passos agitados se aproximando rapidamente.
Sebastian:
"...Liriel! E....Mestre Vincent?"
Liriel:
"Sebastian..."
✦ Parte 3
Vincent: "...Estou tão feliz por você ter vindo,
Sebastian."
Sebastian: "Aconteceu alguma coisa?"
Vincent: "Podemos dizer que sim. Eu te conto mais
tarde. Mas por agora, você por favor poderia levar a Liriel de volta ao quarto
dela?"
Sebastian: "É claro, mas..."
Vincent: "Liriel."
Liriel: "Sim...?"
Vincent: "Sebas não é como nós. Ele é o único na
mansão que é humano. Então não precisa ter medo dele."
Vincent: "...Goede nacht, Liriel."
Vincent me deu outro sorriso amoroso enquanto me desejava
'boa noite' suavemente em
holandês, antes de desaparecer de volta para a mansão.
Sebastian: "Liriel, está muito frio para ficar aqui
fora. Vamos voltar para o seu quarto, podemos?"
De volta para dentro da mansão, Vincent foi em direção às
escadas, perdido em seus pensamentos.
Theodorus: "Pensei ter ouvido uma comoção lá fora. O
que aconteceu, Vincent?"
Vincent: "Theo..."
Vincent: "...Não foi nada. Você provavelmente só
ouviu o vento."
Theodorus: "...Se você diz, então deve ser verdade.
Maldito seja o vento, por interromper meu sono."
Vincent: "Só você amaldiçoaria o vento, Theo."
Theodorus: "O que eu posso dizer? Eu fico irritado
quando as coisas não ocorrem exatamente do meu jeito."
Theodorus exibiu seu sorriso arrogante que é sua marca
registrada, mas então seus olhos viajaram para a tela que seu irmão mais velho
havia colocado debaixo do braço.
Theodorus: "...É incomum você estar pintando tão
tarde da noite."
Vincent: "De repente eu senti a necessidade de
pintar por alguma razão."
Vincent: "...Mas por causa disso, eu estava lá para
salvá-la."
Theodorus: "Hm? Eu não te ouvi."
Vincent balançou a cabeça com um sorriso e Theodorus riu.
Então ele olhou para cima, para a lua crescente que espreitava
pelo teto de vidro.
Theodorus: "Primeiro aquela garota estranha surge em
nosso mundo, e então você tem a necessidade de pintar no meio da noite."
Theodorus: "Tem sido um dia estranho."
✦ Parte 4
Depois do Sebastian ter me acompanhado de volta até meu
quarto, ele disse que viria me buscar no dia seguinte.
Assim que ele me deixou sozinha, eu encostei minhas
costas na porta fechada e fui escorregando até o chão.
(...Essa mansão é cheia de vampiros.)
(E como eu acabei de aprender da maneira mais difícil, o
mundo lá fora não é nada seguro. Então deixar esse lugar não é tão fácil como
pensei.)
Eu estava completamente presa, sem nenhuma saída.
(O que eu devo fazer agora?)
Um desconforto tomou conta de mim, desde as pontas dos
pés e foi subindo minha espinha. Eu abracei meus joelhos.
Liriel: "Hm?"
De repente, um aroma agradável chegou ao meu nariz. Estava
vindo do casaco do Vincent, e eu finalmente reconheci o cheiro.
Era o cheiro do sol. Como roupas quentes e limpas que
estavam penduradas do lado de fora no varal para secar o dia todo.
(Apesar de tudo o que está acontecendo no momento, a
única coisa que eu tinha certeza era que Vincent havia me salvado.)
(E ele nem precisava fazer isso. Eu sou uma completa
estranha, ele não me deve nada. E eu nem mesmo o agradeci...)
(Está bem. Quando eu acordar amanhã, eu vou ficar calma e
perguntar sobre minha situação aqui. Mas por enquanto...)
Eu me arrastei para a cama e me aconcheguei com a jaqueta
ao meu redor como se fosse um cobertor, envolta pelo aroma reconfortante do
sol.
Tudo o que eu podia fazer era tentar dormir um pouco e
esperar até amanhã. Eu me revirei a noite toda, mas consegui dormir um pouco.
Bem cedo na manhã seguinte, Sebastian veio me buscar para
conversar com o dono da mansão.
E eu estava determinada à perguntar para ele sobre esse
lugar e descobrir a verdade sobre ele.
Saint-Germain: "Bom dia, Liriel. Eu estava esperando
por você."
Liriel: "Tem uma coisa que eu preciso perguntar para
você, Comte."
Saint-Germain: "Eu sei. Mas primeiro, eu gostaria de
me desculpar com você."
Saint-Germain: "Eu não me aprofundei o bastante na
minha explicação anteriormente, e por conta disso, você ficou assustada e
ansiosa. Eu sinto muito por isso."
Liriel: "... Por favor, não peça
desculpas. Você não foi nada além de gentil comigo desde que cheguei aqui."
Saint-Germain: "...Você é muito simpática,
Liriel."
Saint-Germain: "Mas é minha responsabilidade te
contar tudo sobre essa mansão. Eu devo responder qualquer pergunta que você
tiver."
Saint-Germain: "...Mas primeiro, você deixa tudo
pronto, Sebas?"
Sebastian: "É claro, Monsieur le Comte. Imediatamente."
(Deixar pronto o que?)
Saint-Germain: "Eu sinto que iremos conversar por um
bom tempo, então eu quero ter certeza que você esteja confortável."
Saint-Germain:
"Me acompanhe, ma chérie."
✦ Parte 5
(Oh, uau...Que lindo!)
Le Comte me levou até um lindo gazebo rodeado por flores
maravilhosas e cheirosas. Era como se tivesse saído de um conto de fadas.
Sebastian: "Por favor, aceite um pouco de chá de
morango. E eu preparei uma refeição leve, então vá em frente e coma o tanto que
quiser."
Um elegante conjunto de chá estava na mesa diante de nós,
acompanhado de frutas frescas, salsichas suculentas e ovos mexidos macios.
Liriel: "Muito obrigada, Sebastian...Você realmente
pensou em tudo."
Sebastian: "Não precisa me agradecer. Eu estou simplesmente
fazendo o meu trabalho como mordomo da mansão."
Saint-Germain: "Agora, então. Sebastian me contou o
que aconteceu noite passada, Liriel."
Saint-Germain: "Arthur falou mais do que deveria e
conseguiu te assustar, não foi?"
Eu concordei com a cabeça, a lembrança da noite passada
ainda estava vívida na minha mente.
<Lembrança>
Arthur: "Nós todos entramos em um certo 'contrato' com
o le Comte. E então, desse jeito, nós fomos ressuscitados e nos encontramos
aqui."
Liriel: "Um contrato...?"
Arthur: "'Posso lhe conceder uma amostra da
imortalidade. Em troca, você perderá sua humanidade e se tornará um
vampiro.'"
Arthur: "...Essa foi a condição do contrato que nós
aceitamos."
<Fim da Lembrança>
Liriel: "...Aquilo tudo é verdade?"
Os olhos dourados do le Comte se suavizaram amorosamente
quando ele concordou com a cabeça, sua atitude era muito gentil e calma.
Saint-Germain: "Sim. Os moradores da mansão
realmente são aquelas famosas figuras históricas que você já ouviu falar. Mas
agora, eles são vampiros."
Saint-Germain: "E eu sou o responsável por
revive-los."
Eu me perguntava quem era le Comte -- qual era a origem
de um poder tão grande?
Eu ia perguntar isso para ele, mas de repente eu vi uma
sombra atingir seus olhos. E alguma coisa me dizia que agora não era a hora.
Liriel: "Então...você escolheu esses homens para se
tornar vampiros?"
Saint-Germain: "Não, eu não os escolhi."
(Eu não entendo...)
Ele sorriu gentilmente para mim, um sorriso bem conhecido,
que eu comecei a pensar que poderia ser sua marca registrada. Como se ele
soubesse exatamente o que eu estava pensando.
Saint-Germain: "O que você imagina que as pessoas
pensam no momento de sua morte?"
✧༺♥༻∞ Fim do Capítulo 2 ∞༺♥༻✧
Traduzido e editado por: Lu Uesugi (许墨Lucien's wife)
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