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♦ Capítulo 7 - Começou com Adeus ♦
♕ Parte 1
Trovão, tempestade e nuvens escuras
como fumaça densa de incêndios,
flutuando lentamente no céu,
Eu corri subindo pelas longas escadas,
Eu continuei correndo,
mas parecia infinito...
.
.
.
.
Eu ouvi os uivos do vento,
e um pedido de ajuda.
O trovão rugiu,
de repente,
Eu perdi o equilíbrio.
A escuridão sem fim
-----------------
Eu caí na real e vi que a
caneta tinha feito um buraco de tinta azul no papel.
Mei: Oh, droga!
Eu puxei a folha, mas a
tinta já havia ensopado a pasta que estava por baixo.
Eu tentei limpar a tinta.
Mei: Ufa, sorte que não
manchou o verdadeiro documento.
Faz meio mês desde aquele
dia, e além da minha agenda ocupada, minha vida teve alguns desenvolvimentos estranhos.
Somando com o volume de trabalho cada vez maior, eu tenho
tido sonhos mais intensos e mais freqüentes.
Eu esfreguei minha testa e então reiniciei a proposta de
projeto.
O barulho de saltos altos ecoaram em meus ouvidos.
Anna: O que você ainda está fazendo aqui? Os candidatos
para a entrevista estão aqui!
Mei: Oh, estarei lá em um segundo!
Eu peguei meu laptop e corri pra fora do escritório.
------
Willow: O fato de eu não ter encontrado um bom candidato
por semanas está me deixando louca!
Eu suspirei ao ver a Kiki com o cabelo despenteado e
olheiras.
Willow: É isso! Nós fazemos essas entrevistas e se nenhum
deles ficar, nós vamos pegar um estagiário da faculdade!
Willow nos deu um olhar mortal que fez eu e Kiki tremer.
Kiki: (Em voz alta) PRÓXIMO!
Eu usei a pausa breve antes do próximo candidato para
digitar no teclado.
"Nessa era de computadores e celulares, a
comunicação entre duas pessoas é mais conveniente do que nunca."
"'Cartas no Tempo' entretanto, foca na maneira
antiga de transmitir pensamentos e emoções ..."
Willow: Conte-nos um pouco sobre você.
Eu salvei o arquivo e peguei o currículo que estava na
minha frente.
??: Meu nome é Minor, como um menor de idade...
Nota de tradução: Minor em inglês significa 'menor de
idade'. Por isso ele faz essa observação.
Mei: *cospe*
Eu cuspi o café que estava tomando.
Mei: Minor?
Minor: Isso mesmo! legal, não é?
O garoto com cabelos tingidos, deu um grande sorriso.
Exceto pela aparência mais sombria, ele parecia
exatamente como ele era no colégio!
Eu esfreguei os olhos maravilhada enquanto eu alternava
entre a pessoa real e a foto que estava no currículo.
Eu verifiquei 3 vezes antes de finalmente perceber que
ele era o cara que eu conhecia no colégio!
Falador, extrovertido, causador de problemas, em boa
forma e às vezes ajudava velhinhas a atravessarem a rua.
Frequentemente copiava minha lição de casa mas nunca me
arrastava com ele caso fosse pego. Essa era minha maior impressão dele.
Oh, ele também ficava pendurado no Gavin o tempo todo.
Como ele conseguiu isso sem o Gavin espancar ele, ninguém sabia.
Eu pessoalmente atribuía isso ao fato de ele ser um
camaleão social e um puxa-saco sem vergonha.
Enquanto eu me perdia nas lembranças, Willow e ele já
estavam conversando como amigos de longo tempo.
Willow: Como você se sente com todos os grandes filmes e
produções on-line tão populares hoje em dia?
Minor: Eu acho que é uma tendência que vale a pena
explorar, e o boca-a-boca só melhorará a qualidade da produção ...
Eu estava chocada. Esse é o mesmo cara preguiçoso que
matava aula o tempo todo?
Minor: Eu sempre senti que essa indústria precisava de um
salvador talentoso. Uma vez me disseram que eu seria o próximo Ang Lee!
Eu engasguei com aquela proclamação. Kiki e Willow
também.
É, esse é o narcisista que eu conhecia.
Willow: Vamos mudar de assunto. Que tipo de show você
criaria se te dessem a oportunidade?
Minor: Um show
gastronômico.
Willow: Oh? Você
está interessado em comida? O que você gosta de comer?
Minor: Tudo. Eu amo todas as comidas. Não sou nem um
pouco exigente.
Tradutora Lu: Esse é dos meus. hauahahu (*≧▽≦)ノシ
Willow: Você poderia ser mais específico? Tipo, diga,
Francesa ou Japonesa?
Minor: Hmm...eu vou de macarrão instantâneo. Sabor
camarão, em particular.
Minor: Adiciona dois ovos, mexe bem, depois um pouco de
sal marinho e pimenta do reino.
Você poderia ouvir um alfinete cair na sala, se o
estômago da Kiki não escolhesse roncar justo agora.
Eu escondi meu rosto com as mãos e fingi que não podia
ver o Minor.
Por que essa descrição de comida parecia tão familiar...?
Minor: Acreditem ou não, foi uma amiga minha do colégio
que me ensinou isso.
Minor: Eu estava morrendo de fome durante uma aula de
química e só tinha um miojo comigo, então ela esquentou ele com um bico de
Bunsen...
Mei: Pare!
Mei: Okay, você está contratado!
Eu me levantei da cadeira.
Mei: Parabéns por ter passado na entrevista. Agora eu vou
te dar sua primeira tarefa.
Eu agarrei o Minor e corri pra fora da sala, deixando
Kiki e Willow em choque.
Willow: Ah, ele conseguiu o emprego simples assim?
Kiki: O que deu nela hoje?
♕ Parte 2
Eu não parei até chegarmos na entrada. Minor se inclinou
na porta e riu pra caramba.
Minor: Como vai, minha velha colega de classe?
Mei: É, já faz um tempo.
Minor: Por que você não me deixou terminar a história?
Mei: Regra da Companhia #12: Não falar mal do seu chefe
pelas costas.
Minor: Mas eu disse aquilo na sua frente. Além do mais,
não falei mal. Você foi uma heroína para mim quando fez aquilo!
Mei: Eu vou me arrepender disso, não vou?
Minor: Então, e sobre minha tarefa, chefa?
Eu suspirei. Esse cara ia ser um problema.
Esquece. Eu não conseguia pensar em nada no momento.
Talvez ele tenha algumas idéias brilhantes...
Mei: "Bem, eu estou trabalhando em um show chamado
"Cartas no Tempo".
Mei: Sua tarefa é elaborar uma proposta de projeto.
Minor: É sério? Você está fazendo um novato elaborar uma
proposta!
Minor abriu a boca em protesto.
Mei: Eu acredito em você, próximo Ang Lee! É para o fim
da semana, então já pode começar!
Minor: Você deve guardar algum rancor...
Minor balançou a cabeça, me deu um olhar malvado e saiu.
Que começo caótico para o dia.
Depois de entrevistar todo mundo, eu liguei o computador.
Um prazo estava me encarando.
Mei: Cartas no Tempo....Tempo...
Mei: Eu tinha uma amiga por correspondência na escola
primária, mas desisti assim que a novidade passou.
Mei: Registros de família? Nah, muito limitado e não se
encaixa muito no conceito...
Mei: Cartas de amor....Não, muito clichê.
Anna: Talvez entrevistar alguns jovens perguntando a
opinião deles sobre escrever cartas?
Mei: Hmm...
Anna: Acerte em cheio com esse tema e sua reputação nessa
industria vai disparar.
Mei: Talvez a gente consiga envolver estudantes do ensino
médio.
Anna: Isso pode funcionar. Algo inovador para eles
tentarem.
Anna: Ei, você já deu notícias para a LFG?
Mei: Ah droga!
Eu acabei de lembrar que recebi a mensagem do Victor e
prometi estar lá antes das 15 horas! Era 14:30 agora.
O toque ressoou na tarde tranquila, ainda assim, Victor
esperou quatro toques para atender o telefone.
Uma respiração foi ouvida muitos segundos depois.
Mei: Alô? Aqui é a Mei.
Mei: Eu encaminhei para você o relatório da 'Lu Uesugi
Company' que eu acabei de enviar ao comitê.
Mei: Para o projeto da próxima temporada eu tenho
novos....
Victor: Eu mencionei para você que eu estaria nos Estados
Unidos a negócios nesse momento?
Victor: O que vocês está pensando me ligando as 2 horas
da manhã com um relatório trimestral?
Nos Estados Unidos...Uhm, eu vagamente me lembro de algo
sobre isso.
Mei: Desculpa te perturbar. Eu vou desligar agora. Boa
noite!
Eu desliguei e decidi esperar mais algumas horas.
Meu celular vibrou 5 minutos depois, mostrando Victor
como o chamador. Eu quis jogar o celular longe.
Eu fechei os olhos e atendi a ligação.
Mei: Alô?
Victor: Você desligou na minha cara.
Mei: Não, eu não faria isso!
Victor: Eu perdi a conta das coisas que você não faria.
Mei: Desculpa! Eu lembrei que eu tinha que dar um
relatório às 15h, então eu liguei sem pensar!
Depois de uma pausa, Victor riu.
Victor: Vai em frente, eu vou permitir dessa vez, mas não
faça disso um hábito.
Mei: Tem certeza?
Ele aceitou bem, mas mesmo assim, era duas horas da manhã
onde ele estava...
Victor: Você tem cinco minutos....4 minutos e meio agora.
Mei: Okay!
Eu comecei meu relatório. O barulho de um computador
ligado e a preguiça na respiração do Victor vinham pelo outro lado da linha.
Mei: Parte 1 de 3 é sobre vídeos promocionais, Parte 2 é
a margem de lucro da última temporada...
Victor: Você está se referindo ao arquivo de 2 GB?
Mei: Sim, ele inclui vídeos e Powerpoint. Você pode
conferir os dados extensos...
Victor: Não, eu quero a história por trás dos dados. Uma
descrição concisa me dirá mais do que qualquer dado poderia.
Eu gelei. O seu tom formal me dizia que isso era sério.
Victor: Você está aí?
Mei: Ahn, sim...Eu devo começar...
Victor: Eu vou te dar mais tempo já que estamos fazendo
isso por telefone.
Isso era um incentivo? De qualquer forma, eu limpei a
garganta e dei á ele um resumo verbal.
Victor não jogou bombas como eu esperava, só apontou
alguns problemas chave.
Mei: Obrigada, eu vou revisar o rascunho e te mando logo.
Victor: Hã?
Mei: Ah, quero dizer, eu te mando hoje a noite. Será de
manhã aí onde você está, certo?
Victor parecia um pouco preguiçoso quando riu de novo.
Victor: Está tudo bem, eu já estou de pé.
♕ Parte 3
<Prédio da Administração>
Depois da ligação com o Victor, eu passei na escola para
agendar uma entrevista.
Mei: Obrigada. Vejo vocês amanhã às 9h.
Era quase anoitecer e a escola estava soltando os
estudantes. Uniformizados, eles saíam em dois ou três.
Eu não tenho visitado minha escola faz muito tempo. Acho
que eu sou susceptível à nostalgia também. Até mesmo o ar aqui parecia mais
fresco.
A escola mudou. Prédios antigos foram substituídos por
outros mais altos. Havia um novo campanário atrás da biblioteca.
Até a segurança do campus mudou de um homem velho para
vários novos na faixa dos trinta.
Mei: Levei um tempo passeando e procurando por
inspiração.
Enquanto eu caminhava, eu tive o sentimento de que estava
de volta na época da escola, indo para outra classe.
Eu chutei uma pedra. Ela rolou, e alguém pisou em cima
dela.
Eu olhei pra cima e vi um homem com o cabelo curto
bagunçado, olhando para mim, sem emoção.
A luz do sol brilhava em seu rosto estóico, perturbador e
silencioso.
Mei: Gavin?
Gavin: (Ambos falando ao mesmo tempo) O que você está
fazendo aqui?
Os olhos do Gavin brilharam como um sinal de felicidade.
Ele também parecia estar esperando eu dizer alguma coisa.
Mei: Estou aqui para agendar uma entrevista para o meu
novo show.
Mei: E você?
Ele abaixou a cabeça e chutou a pedra.
Gavin: Eu tenho meus motivos.
Mei: A escola teve algum problema?
Gavin: Nah, nada disso.
Eu assenti com a cabeça e parei de perguntar. A pedra
rolando era o único barulho pelo caminho.
Eu limpei a garganta para tentar quebrar o silêncio
constrangedor.
Mei: Bem, eu tenho que ir. Ainda tenho coisas para
fazer...
Gavin olhou para cima.
Gavin: Pra onde?
Mei: 'Cozinha da Lynn'.
Mei: Aquele lugar que vende macarrão, no beco, à esquerda
do portão principal...
Gavin: Eu sei.
Gavin: Você está atrasada. Eles provavelmente já estão
fechados agora.
Mei: Droga!
Eu esqueci completamente que eles só servem uma quantia
limitada por dia e tendem a fechar por volta das 15h.
Mei: Eu vou passar por lá. Se eles estiverem fechados eu
volto amanhã e tento de novo.
Gavin: Por que aquela espelunca?
Mei: Se você se lembra, eles tem uma parede enorme
coberta com Post-it, com recados escritos à mão.
Mei: Se eles ainda tiverem isso, pode tornar meu programa
mais interessante.
Mei: Eu realmente tenho que correr agora...
Eu acenei um tchau para o Gavin e me virei.
Gavin: Espera. Eu vou com você.
Mei: Ah?
Antes que eu tivesse a chance de dizer qualquer coisa,
ele já estava andando ao meu lado.
Gavin: Vamos.
Ele não disse que estaria fechado agora? Talvez ele vai
tentar forçar a entrada dele?
Esse pensamento me fez rir.
♕ Parte 4
Nós saímos do campus e passamos por umas barracas na rua
que estavam cheias de estudantes famintos.
Mesmo à distância eu podia ver que a 'Cozinha da Lynn' já
havia claramente acabado por hoje.
Gavin pegou seu celular e fez uma ligação rápida.
Ele então foi até a porta, bateu duas vezes, e a porta se
abriu!
Um homem em seus 40 ou 50 anos, com o corpo esguio e
rosto fino, abriu a porta surpreso ao ver Gavin.
Eu reconheci o homem como o dono.
Eles estavam conversando, mas o dono estava tremendo de
medo. Eu tive uma recordação do nosso tempo de escola.
Eu estava pedalando minha bicicleta a caminho de casa
depois de ter ficado até tarde na biblioteca estudando para as provas finais.
Eu ouvi uma conversa baixa no beco logo após eu ter saído
do campus.
Eu invoquei a coragem para pedalar até lá e espiar, vendo
o dono entregando um monte de dinheiro ao estudante.
O rapaz parecia familiar, então eu espiei de novo, só pra
ele cruzar o olhar comigo.
Não é aquele veterano, Gavin?
Eu entrei em pânico e saí apressada.
Ele estava extorquindo dinheiro?
Algumas garotas da minha classe estavam dizendo como o
Gavin ameaçou os estudantes para pegar o dinheiro do lanche essa manhã....
Ele era...algo a mais.
Daquele momento em diante, o lendário Gavin deixou uma
inesquecível impressão de extorquista na
minha mente.
Então, ver o dono tremer na frente dele agora, fez com
que eu me arrependesse profundamente em deixar o Gavin vir junto.
O dono ainda tinha medo do Gavin depois de todos esses
anos?
Gavin: Não fique parada aí, entre!
Mei: Oh? Não tem problema mesmo?
Dono: Está tudo bem, senhorita. Por favor, entre.
Eu segui Gavin para dentro do bar, o tempo todo me
perguntando o que estava acontecendo.
Dono: Por favor, sentem-se. A comida deve ser servida em
torno de 5 minutos.
Espera, eles já não tinham vendido tudo?
O dono está fazendo alguma coisa só para nós dois?
Eu olhei para o Gavin, que estava pegando os talheres de
uma gaveta como se ele fosse o dono do lugar.
Dono: Deixe-me verificar se a comida já está pronta.
O dono entrou na cozinha.
Nunca pensei que Gavin ainda tivesse tanto controle sobre
o pobre homem.
Gavin quebrou minha sequência de pensamentos ao me
entregar um garfo, que eu aceitei rapidamente.
Enquanto esperava, eu examinei o estabelecimento. Estava
um pouco maior, mas ainda era o mesmo lugar aconchegante.
Além disso, a parede de Post-Its ainda estava lá -- e
ainda estava cheia, enquanto novos bilhetes substituíam os antigos!
Me lembrei de eu mesma ter colado um lá, mas depois de
uma procurada rápida eu confirmei que ele já havia sumido faz tempo.
Dono: Aqui está seus noodles. Comam enquanto ainda está
quente!
Mei: Obrigada, eles estão com um cheiro delicioso!
Duas tigelas diferentes de noodles foram colocadas na
nossa frente.
Para Gavin, era noodles picante com alho, coentro e carne
em fatias finas.
O meu era noodles com caldo claro, cebolinha picada e
meio ovo cozido.
Eu costumava amar esse prato desse lugar. Eu vinha sempre
que a escola nos liberava mais cedo.
O engraçado é, como o dono sabia que esse é meu prato
favorito? Eu não me lembro de ter falado isso pra ele nenhuma vez...
Só resta uma possibilidade.
Dono: Então, como estava?
Eu abaixei a tigela e limpei a boca.
Mei: Estava muito delicioso! Melhor do que quando eu
comia ele na época de escola!
Mei: Oh, Você se importaria de eu ter uma opinião sua?
O dono concordou.
Mei: Eu sou produtora da 'Lu Uesugi Company' e nesse
momento estou trabalhando em um show.
Mei: Eu poderia fazer uma filmagem sobre a parede de
Post-It aqui no restaurante?
O dono franziu as sobrancelhas após ouvir meu discurso.
Eu senti minha ansiedade aumentar.
Depois de uma pausa silenciosa, ele balançou a cabeça.
Mei: Existe alguma preocupação? É só me dizer...
Dono: Nada contra você, mas minha esposa criou essa
parede e ela...não está disponível. Desculpe.
Meu coração afundou, mas mesmo assim eu forcei um sorriso.
Gavin: E se não for destacado?
Mei: Ah?
Eu me virei para o Gavin, e então percebi o que ele quis
dizer!
Mei: Sim, e se ele estiver só ao fundo durante uma
entrevista?
Eu dei a idéia para o dono, que depois de um minuto ou
dois pensando, concordou.
Mei: Maravilha! Obrigada!
Eu anotei a hora da entrevista no meu caderno de
anotações.
Gavin: Eu tenho que ir.
Que? Simplesmente vai fugir sem nem pagar a conta, como
se você fosse o proprietário do bar?
Eu dei o dinheiro para o dono, juntamente com vários
"Obrigados" e um lembrete sobre a entrevista.
Gavin me levou de volta para meu prédio de apartamentos,
como sempre.
Mei: Eu vou entrar agora. Obrigada por tudo que você fez
hoje!
Gavin: Mei.
A voz baixa e um tanto magnética chamou minha atenção.
Gavin: Eu venho te buscar amanhã.
Mei: Hã?
Gavin: Eu tenho uma pista sobre algo que está acontecendo
na cidade, então é melhor que você não saia sozinha.
Mei: Eu tenho algumas coisas pra fazer no escritório. Que
tal nós nos encontrarmos às 9h em ponto na escola?
Eu estava planejando deixá-lo fora disso por conta do seu
passado com o dono e por não ter pago a conta agora a pouco...
Gavin franziu a testa e não disse mais nada.
Eu acenei pra ele enquanto entrava no elevador. Ele me
olhou de volta quieto e imóvel.
Eu de repente tive esse sentimento de que ele esteve bem
ali, por um longo, longo tempo.
Eu desci no meu andar e reflexivamente olhei para a porta
do meu vizinho ao lado.
Estava fechada, com uma pilha de correspondências
empilhadas na frente.
Parecia uma eternidade desde a última vez que vi Lucien
aquele dia.
Lá embaixo, Gavin subiu em uma moto e saiu em disparada.
O vento soprou as folhas no beco enquanto o último brilho
da luz do sol desaparecia.
A sombra do Lucien flutuou pela varanda e depois se
fundiu perfeitamente com a noite.
Ele pegou uma folha que havia caído aos seus pés e
observou Gavin ir embora.
♕ Parte 5
Eu levantei cedo na manhã seguinte e corri para o
restaurante com a minha câmera.
Mei: Olá, tem alguém aí?
Eu cheguei na 'Cozinha da Lynn' como programado e bati na
porta.
A porta se abriu rapidamente. O dono não estava com seu
típico avental preto, mas sim com uma blusa estampada e elegante.
Mei: Bom dia, senhor. Você pode me chamar de Mei.
Dono: Por favor, entre.
Eu o segui e vi uma senhora em torno dos 50 anos, com um
vestido longo azul e olhos sorridentes, sentada à mesa.
Essa deve ser a esposa do dono, a proprietária.
Mei: Como vai? Eu sou a Mei, estou aqui para fazer a
entrevista.
Seus olhos se tornaram ainda mais vivos quando ela ouviu
isso. Ela acenou com a cabeça.
Eu posicionei a câmera e vi que ela estava em uma cadeira
de rodas. Eu então percebi o porque ela não estava disponível...
E então ficou claro para mim que Gavin já sabia disso,
sendo o extorquista que ele é.
Proprietária: Podemos começar?
Eu respirei fundo e concordei.
A entrevista foi muito rápida. Ela era gentil e mais
engraçada do que eu imaginava. Eu guardei a câmera...
Proprietária: Por que o Gavin não veio junto?
Espera aí. Eu ouvi errado ou ela acabou de me perguntar
sobre o Gavin?
Ela não deveria estar feliz por não ver ele? Eu tinha um
turbilhão de perguntas na minha mente agora.
Mei: Você queria que ele viesse?
Ela pareceu surpresa antes de começar a rir alto.
Proprietária: Ora, você acha que ele fez alguma coisa
errada?
Eu balancei a cabeça, mas então parei e decidi que eu
tinha que descobrir.
Mei: Eu vi seu marido dar uma grande quantia de dinheiro
para ele quando eu estava no ensino médio, então...
Proprietária: Você pensou que ele estava nos extorquindo?
Eu parei e fiz que sim com a cabeça.
Proprietária: Meu filho esteve em um acidente. Gavin
correu com ele para o pronto-socorro e pagou a conta. Nós só estávamos pagando
ele de volta.
Então foi isso....Eu estava tão enganada! Uma onda de
culpa me atingiu.
Proprietária: Desde então ele tem vindo sempre aqui. Faz
uns 7 ou 8 anos agora.
Eu não sabia o motivo, mas eu ouvi uma pontada de
tristeza em seu tom calmo.
Então eu percebi que no silêncio e na risada do casal,
havia alguma coisa escondida que eles não conseguiam esquecer.
O dono andou até mim e colocou dinheiro na minha mão.
Mei: Não, eu não cobro pelas entrevistas! Na verdade, eu
que deveria pagar vocês!
Dono: Isso é pela refeição que você pagou ontem. Pegue.
Gavin já tinha pago adiantado quando vocês vieram.
Eu peguei o dinheiro e gentilmente dei um tapinha no
ombro dele para me despedir.
Gavin: O que você está fazendo aqui? Você não disse que
estaria trabalhando no escritório?
Mei: Ah!
A voz fria me assustou, ficou pior quando eu não pude
distinguir a expressão do Gavin.
Eu não queria encarar ele depois de ter sido pega em uma
mentira.
Mei: Hmm, lindo dia, não é?
Eu levantei a cabeça lentamente e vi Gavin com os lábios
apertados.
Isso fez com que eu engolisse qualquer coisa que eu
planejava dizer por culpa e vergonha.
Talvez eu deveria apenas
me desculpar por ter pensado o tempo todo que ele era um extorquista.
Gavin: Você não vai se atrasar para a sua entrevista?
Mei: Hã, que?
Mei: Oh, são 9 horas!
Eu corri em direção à escola enquanto instintivamente
arrastava o Gavin junto.
Atrás de mim, e sem eu saber, ele estava sorrindo.
♕ Parte 6
Uma figura disparou em nossa direção no momento em que
pisamos dentro da escola.
??: Ei, chefe!
Sua expressão foi de felicidade para surpresa e então
para emoção, antes de se jogar em cima do Gavin para um grande abraço.
Gavin, enojado, saiu do caminho.
Minor: Gavin, brother, você finalmente voltou depois de
todos esses anos!
Minor: Me diz que eu não estou sonhando! O ano que você
se formou foi um saco pra mim, mas agora eu me sinto mais jovem de novo!
Os gritos ensurdecedores do Minor atraíram muita atenção.
Estudante A: Aquele é o lendário Gavin?
Estudante B: Quem é Gavin?
Estudante C: Você nunca ouviu falar dele? Ele era um
valentão aqui no campus!
Estudante B: Meu irmão estava na mesma classe que ele e
disse que ele lutou contra 20 caras sem nem suar.
Estudante A: Qual é, 1 pra 20? Não era 1 contra 50?
O falatório estava aumentando. Eu dei uma espiada no
Gavin, e ele ainda estava bem tranquilo.
Nunca imaginei que eles ainda se lembravam dele. Mas
sério, 1 contra 20? Era 1 contra 10 na época que ouvi essa história.
Espera, por que eu estou pensando nisso? Provavelmente é
tudo informação errada também.
Gavin: Você está bravo?
Gavin: O que tem pra ficar bravo?
Verdade...você também não disse nada naquela época,
quando as histórias estavam voando por todo lado.
Minor: Eles ainda estão falando sobre você mesmo depois
de você ter saído há tanto tempo, brother.
Gavin: Sai da minha frente.
Minor: Qual é brother, por que você esta me desprezando
na frente da minha chefe?
Gavin olhou para nós dois.
Minor: Cara, eu to entrando nos eixos. Eu trabalho para a
Mei agora.
Ele então ergueu as sobrancelhas para o Gavin.
Minor: Olha só pra você, brother, todos esses anos....
Uma pitada de vergonha e raiva pareceu passar pelo rosto
do Gavin, quando ele de repente avançou para dar um soco no Minor.
Minor foi rápido o bastante para sair do caminho, mas
esbarrou em uma garota de cabelo curto atrás dele.
Minor: Eu sinto muito! Você está bem?
A garota de cabelo curto estava muito ocupada pegando uma
foto que havia caído no chão e mal acenou.
Ela então nos mostrou a foto.
Garota: Vocês viram essa garota da foto?
Mostrava uma garota loira oxigenada em uniforme escolar, aparentando
ser bem convencida.
Eu balancei a cabeça. Meu instinto jornalístico, no
entanto, me dizia que algo estava errado.
Mei: Aconteceu alguma coisa com ela?
Ela procurou por palavras para explicar a situação.
Garota: Ela é minha colega de quarto. Na verdade...ela me
ligou no celular e gritou por ajuda antes de cair a linha.
Minor: Poderia ser um trote?
Garota: Eu pensei nisso também, mas ela parecia realmente
apavorada e ela não voltou ao dormitório faz 3 dias...
O rosto do Gavin ficou tenso.
Gavin: Me diz, quando foi a última vez e lugar que você a
viu?
Garota: E você é...?
Minor: Policial. Um incrível por sinal!
Garota: Você é policial?
Gavin: Mmhmm.
Gavin mostrou seu distintivo.
Garota: Oh, por favor salve ela, policial!
Gavin concordou, e então se virou para mim.
Gavin: Não fuja depois da entrevista. Me espera na sala
de aula.
Mei: Okay.
Gavin: (Para o Minor) Cuida dela.
Gavin e a garota saíram.
♕ Parte 7
Eu arrastei Minor até a sala de aula para a entrevista
agendada.
Eu estava 20 minutos atrasada e me desculpei loucamente
para o professor e os estudantes.
Para a minha sorte, eles haviam acabado de sair de uma
prova grande, então estavam muito exaustos para me causar problemas.
Exceto pelas falhas ocasionais da caneta de gravação, a
entrevista correu bem e logo chegou ao fim.
Garoto Estudante A: Posso te fazer uma pergunta,
senhorita?
Mei: (Surpresa) Claro.
Garoto Estudante: Por que você estaria interessada em
nos entrevistar?
Mei: Talvez seja porque, quando adolescentes, nós todos
guardamos segredos, os quais se tornam como cartas perdidas no tempo.
Nós rimos e eu capturei esse momento na câmera.
Depois de recolher todos os questionários, eu chamei o
Minor que estava vagando pela sala.
Mei: Então, o que te fez vir aqui também?
Minor: Procurando por inspiração para o show, é claro. E
eu tive uma ótima idéia.
Mei: É mesmo?
Minor: Eu vi um filme chamado "Carta na Gaveta"
e uma lâmpada se acendeu na minha cabeça.
Minor: A carta era do pai da protagonista, mas ela
esperou muito tempo para abri-la e acabou perdendo a chance de se reconciliar
com ele.
Minor: Como você se sentiu quando recebeu aquela carta
pela primeira vez?
Mei: Que carta?
Minor: Como assim "que carta"? Aquela na sua
gaveta, é claro!
Minor aproximou a cabeça na minha direção fazendo eu dar
um passo para trás.
Eu senti como se tivesse sido puxada de volta no tempo,
vendo aquela carta ensanguentada e amassada na minha gaveta da escola.
Mei: Como você sabe sobre aquela carta de advertência?!
Meu corpo todo estava tenso, como se fosse finalmente
descobrir a verdade sobre isso.
Minor: Por que eu não saberia...? Fui eu mesmo que
coloquei ela na sua gaveta!
Assim que ele acabou de dizer isso, ele começou a andar
pela sala em pânico.
Minor: Ótimo, eu estraguei tudo dessa vez!
Minor: Gavin me disse para nunca contar sobre isso! Ai
cara, eu acabei de entrar numa enrascada...!
Eu não fazia idéia sobre o que Minor estava resmungando.
Ele de repente parou na minha frente.
Minor: Espera, você disse carta de advertência?
Mei: É, a que você colocou na minha gaveta, lembra?
Minor: Bem, eu nunca li ela, mas eu duvido seriamente que
o Gavin faria algo ameaçador como isso...
Ele rapidamente cobriu sua boca.
Minor: Finja que você nunca ouviu nada disso e vai
perguntar pra ele.
Ele se recusou a me dizer qualquer coisa a mais, então eu
segurei ele.
Mei: Por que você colocou ela na minha mesa?
Ele olhou diretamente para mim.
Minor: Foi a primeira vez que ele me pediu para fazer
alguma coisa, então é claro que eu tinha que fazer isso!
♕ Parte 8
<Lembrança>
Minor: Mas você é tão cega! Você entendeu tudo errado
sobre ele!
<Fim da Lembrança>
Minha mente continuava repetindo as palavras do Minor
várias vezes. Mas o que poderia ser, já que não era uma carta de advertência?
Eu suspirei e distraidamente comecei a tirar fotos no
corredor.
Eu vou saber a história com o Gavin depois que eu
terminar o trabalho aqui.
Uma garota loira apareceu no enquadramento da câmera.
Mei: Onde foi que eu vi ela antes...?
Ela correu pelo corredor e eu instintivamente apontei a
câmera para ela.
Mei: É ela!
A garota desaparecida! O rosto estava meio desfocado na
foto, mas pelo menos o cabelo era idêntico.
Eu corri atrás dela.
Mei: Espera, senhorita, espera!
Mas ela parecia alheia ao meu apelo e se virou para
entrar no prédio do teatro.
Mei: Hey!
Eu gritei e corri atrás dela.
Então...eu parei. Não havia sinal da garota no teatro
vazio.
As salas, normalmente trancadas, estavam todas meio
abertas, então eu conferi uma por uma.
Eu procurei todos os cinco andares e mesmo assim nenhum
sinal? Eu perdi ela de algum jeito?
Eu tropecei nas escadas e fiquei zonza observando os
degraus se prolongarem infinitamente...Aquele sonho....
Eu peguei meu celular em pânico e estava quase ligando
para o Gavin quando ouvi passos atrás de mim.
Mei: Quem está aí?
Eu me virei mas não vi nada. Isso só me assustou mais
ainda.
Eu não podia dizer de onde vinham os passos, só sabia que
eles estavam se aproximando.
Minhas mãos estavam suando enquanto eu procurava pela
saída de emergência, minha mente só pensava em escapar.
Mei: Ah!
Eu senti uma dor entorpecente no meu pescoço e minha boca
foi coberta. Eu lutei, mas estava apagando rapidamente...
A última imagem que vi na minha cabeça foi Gavin.
Luz metálica dourada piscou diante de mim. O chão de
repente se abriu e eu cai em um vórtice.
Eu tentei chamar por ajuda, mas minha voz não saía. Uma
silhueta escura apareceu e agarrou minha mão.
Areia amarela foi levantada. Pedras caíram. O vórtice
ficou preto e tudo escureceu.
Eu acordei lentamente e abri meus olhos pesados. Era só
um sonho.
Onde...Onde eu estou?
Vi um vasto lote de cimento vazio. Ao meu lado havia
corda e areia.
Nuvens pesadas cobriam o sol acima de mim. Esse lugar
parece estar bem próximo ao céu.
Minhas mãos estavam sendo seguradas. Uma mão por trás de
mim envolveu minha garganta, enquanto outra me amarrou em uma corda.
Mei: Quem é você? Me solta agora!
Seja quem for que estava atrás de mim não falou uma
palavra e acelerou o ritmo, apesar de eu sentir sua mão tremer um pouco.
Eu lutei, mas meus esforços minúsculos foram inúteis.
O medo me dominou e eu comecei a tremer
incontrolavelmente.
Me salva, Gavin, por favor! Minha mente ficou em branco.
Eu respirei fundo e tentei me acalmar.
Gavin deve saber que eu sumi por um longo tempo e agora
provavelmente já entrou em ação.
Então eu tenho que ficar viva até ele me encontrar!
Mei: Quem é você e por que está me sequestrando?
O cretino apertou mais ainda a corda, me puxou para cima e
me arrastou em direção à beira do telhado sem dizer uma palavra.
Eu tentei o máximo que pude parar usando meus pés,
deixando dois rastros de areia no chão.
Pedras, areia amarela, nuvens escuras....Isso, isso
estava no meu sonho!
Talvez essa seja a resposta. Talvez eu possa lidar com
uma crise sozinha desta vez.
Eu me joguei no chão. Uma pedra afiada bateu nas minhas
costas e eu rapidamente a peguei, sem meu sequestrador perceber.
Gangster: Levanta, e não tente nada estúpido!
O canalha me puxou de volta bruscamente. Eu levantei a
cabeça, mas minhas mãos amarradas não pararam.
Eu estava cortando a corda grossa atrás das minhas costas.
Eu só precisava ganhar tempo até eu conseguir terminar de
cortar.
Mei: Quem é você? Por que você estava perseguindo a
garota?
Mei: Eu nem te conheço. Por que você me raptou?
Eu poderia dizer que algo havia atingido o ponto fraco
desse canalha.
Mei: O que você fez com ela? Fique sabendo que eu já
chamei a polícia!
Eu tentei falar o mais alto e parecer a mais corajosa
possível, apesar das minhas mãos estarem suando como loucas.
Gangster: Você chamou a polícia? Tudo o que eles vão
encontrar é seu corpo morto.
A respiração do cretino estava ficando cada vez mais forte.
Ele continuou me arrastando.
Eu estava atordoada e todo tipo de emoções loucas surgiam
na minha cabeça.
Gangster: A sua morte com certeza vai valer a pena...
A corda mal estava cortada e não estava nem perto de
quebrar. A beirada do telhado se aproximava...
Eu tentava me livrar da corda em vão. Esse realmente será
meu fim?
Não! Não pode ser! Eu me recuso a ser um alvo fácil e morrer
sem lutar!
De repente o vento soprou. Eu aproveitei a chance para
chutar as pedras e a areia no meu sequestrador.
O canalha xingou e relaxou seu aperto. Eu me esforcei
para me afastar.
Nuvens escuras se acumulavam acima do telhado enquanto o
ar se espessava.
No prédio do campanário recém-construído ao lado, um
rifle apareceu silenciosamente por trás de uma cortina preta.
A mira estava na cabeça da garota, e o dedo no gatilho.
♕ Parte 9
O canalha colocou sua outra mão de volta em mim e me
segurou. Então eu senti um metal frio no meu pescoço.
Gangster: Pensou que poderia escapar, hein?
Uma faca! Eu segurei a respiração e tentei não mover um
músculo.
A mão que segurava a faca estava tremendo. Eu tinha
certeza que se ele não me cortasse de propósito, seria acidentalmente.
Ele me segurou com mais força e apertou mais a lâmina
contra meu pescoço. Sua voz ficou mais aguda.
Gangster: Só a sua morte pode trazer minha irmãzinha de
volta! Hoje você morre!
Ele caiu na gargalhada, aumentando seu aperto. Então, as
nuvens acima se abriram em um flash de luz ofuscante.
Gavin: De jeito nenhum.
A voz fria e arrepiante pareceu parar o mundo.
Eu agora havia percebido como era breve o momento entre a
vida e a morte, e como um coração podia bater tão alto.
Um par de mãos apareceram e um "click" depois,
o canalha me soltou e ajoelhou de dor.
Aparentemente do nada, ele estava algemado.
Foi quando eu dei uma boa olhada no par de mãos longas e
firmes que eu reconheceria em qualquer lugar.
Eu fui desamarrada da corda. Na minha frente estava o
corpo alto do Gavin, brilhando na fraca luz do sol.
Quando dei por mim, eu estava em um profundo abraço.
Era caloroso e confortável. Eu relaxei, mas o Gavin não,
e na verdade doeu um pouco.
Tal abraço poderia derreter qualquer pessoa e trazer
lágrimas os olhos.
Mei: Gavin...
Gavin: Está tudo bem. Estou aqui.
Sua voz estava mais carinhosa que o normal, e ouvi-la fez
eu sentir que valeu a pena todo o perigo.
De repente, eu senti uma picada no meu dedo e a luz
metálica do meu sonho brilhou na frente dos meus olhos. Eu gritei
involuntariamente.
Mei: Cuidado!
Meus ouvidos captaram algo zunindo quando uma bala passou
raspando ao lado do Gavin.
Gavin: Feche os olhos.
Eu concordei sem hesitar. Gavin sorriu quase que
imperceptivelmente.
Gavin: Segura firme.
Ele pulou e suas roupas ondulavam ao vento uivante. Eu fechei
as mãos ao redor do pescoço dele, meu coração batendo forte.
Eu abri os olhos e vi folhas de ginkgo dançando ao vento.
Me lembravam aquele dia ao lado de fora da sala do piano.
Eu abaixei a cabeça e vi uma cicatriz no pescoço do
Gavin.
Já estava curada, mas ainda me assustava. Meu coração
parou por um segundo.
Eu olhei para cima, apenas para me perder em seus olhos nítidos
e determinados que me garantiram que estava tudo bem.
O leve sorriso também suavizava bastante o seu semblante
severo.
Eu continuei olhando para ele.
Gavin: Por quanto tempo você vai fazer eu te segurar?
Mei: Hã? Oh...
Eu fiquei vermelha e me levantei.
Mei: Oh! Aquela garota! Ela desapareceu depois de ter
entrado no prédio do teatro!
Gavin: Foi por isso que você saiu da sala de aula?
Mei: Sim.
Eu abaixei a cabeça, percebendo que eu havia ignorado as
instruções dele e seguido ela sozinha.
Mei: Você encontrou a garota?
Gavin: Encontrei. Ela está bem.
Mei: Ótimo!
Gavin: Que tal você ser mais cuidadosa da próxima vez?
Mei: Mas eu estou bem apesar de tudo -- graças à você....
Eu fingi que estava calma, mas minhas mãos tremiam um
pouco.
Mei: É estranho, no entanto. Eu pensei que ele tinha me
sequestrado porque eu estava próxima à ele.
Mei: Mas ele disse uma coisa muito bizarra...
Gavin: O que ele disse?
Mei: Ele disse que só minha morte poderia trazer a
irmãzinha dele de volta.
Mei: Talvez eu tenha entendido errado, já que eu nem
conheço ele, muito menos a irmã.
Mei: Mas ele estava tão decidido a me jogar de cima do
telhado...só para encobrir seu sequestro?
Mei: E também, ele estava algemado, mesmo assim conseguiu
atirar...Oh, você foi atingido?
Eu de repente percebi que tinha muita coisa para
processar em tão pouco tempo e fiquei quieta.
Gavin: Espere aqui. Eu já volto.
Gavin: Não vá para lugar nenhum dessa vez.
Gavin: E eu estou bem.
Ele pulou no vento e sumiu de vista.
♕ Parte 10
Enquanto eu esperava e relembrava o incidente, eu percebi
que minha habilidade de premonição estava ficando mais forte.
Naquele dia, Gavin estava parado na frente do dormitório
velho, arma apontada, expressão fria como gelo.
<Lembrança>
Eu gritei o nome dele, mas o vendaval encobriu. Lucien me
manteve firmemente atrás dele.
Ele disse para eu não me aproximar do Gavin, que ele era
perigoso. Eu não acreditei nisso, mas então Gavin mirou e atirou em mim.
Eu fechei os olhos mas só ouvi um som de
"clang". Há poucos centímetros de mim, duas balas estavam aos meus
pés.
Gavin caminhou em minha direção com uma expressão feroz.
Eu congelei no lugar, não sabendo pra onde correr.
Ele olhou para o Lucien e murmurou sem emoção.
Gavin: Leve ela para casa primeiro, está bem?
Lucien: Com prazer.
Lucien sorriu ironicamente, demonstrando nada além de
indiferença.
Eles se conhecem? O que acabou de acontecer? Eu olhei
para o Gavin com o coração abalado.
Gavin: Eu tenho alguns outros afazeres. Me avise quando
chegar em casa, e eu entrarei em contato essa noite.
Mei: Por que você...?
Gavin: Se eu não tivesse atirado você estaria agora
deitada no chão como aquelas duas balas.
As balas eram verdadeiras. Eu não estava com dor, mas a
expressão do Gavin me fez segurar qualquer pergunta que eu tivesse.
Gavin: Eu vou explicar tudo, mas agora não é a hora.
<Fim da Lembrança>
Eu tremi só de lembrar isso agora.
O perigo de hoje era um lembrete para não evitar mais as
coisas, como descobrir a verdade.
Eu estava quase ligando para a Anna quando percebi algo
brilhando na minha bolsa.
Uma caneta de gravação? E por que ela ainda está
gravando?
Eu repeti tudo na minha cabeça.
Entendo. Eu devo ter ligado ela sem querer durante a luta.
Meu pulso de repente acelerou. Isso conta como evidência?
Estava ligada até agora e deve ter gravado
tudo...incluindo o que Gavin disse.
Meu rosto ficou vermelho, e pela primeira vez eu desejei
que um aparelho não tivesse uma bateria tão longa.
Mei: Eu tenho que apagar a última parte antes de entregar
para a polícia...
Gavin: Entregar o que?
Mei: Hã? Ah, nada.
Eu escondi a caneta atrás de mim e limpei o suor da minha
testa.
Mei: Voltou tão rápido? Eu fiz questão de ficar parada
desta vez.
Eu abaixei a cabeça, esperando que o Gavin não fosse perceber.
Ele apenas se aproximou e sacudiu um pouco de areia do meu cabelo.
Gavin: Me dê sua mão.
Mei: Hã?
Ele segurou meu pulso, tirou um bracelete de ginkgo do
seu bolso e cuidadosamente o colocou em mim.
Mei: Como isso foi parar com você?
Gavin: Encontrei no quinto andar do teatro.
Mei: Desculpa, eu não faço idéia de como perdi ele...
Ele o colocou em mim sem dizer uma palavra, alguns fios
de cabelo caindo sobre os olhos dele, roçando a ponta de seu nariz.
Seus dedos levemente calejados arranharam meu pulso, fazendo
subir um calor em mim que ia até o meu rosto.
Gavin: Aí está.
Mei: ...Obrigada.
Gavin segurou minha mão antes que eu pudesse puxá-la de
volta.
Gavin: É só pra você não fugir e ser sequestrada de novo.
Minhas orelhas instantaneamente queimaram ficando
vermelhas. Minha mente deu branco, e eu deixei ele me levar pra onde ele
quisesse.
Todas as nuvens escuras se dissiparam. O sol consumiu
minha linha de visão.
O rosto do Gavin parecia mais suave e gentil sob os raios
do sol.
Uma emoção indescritível brotou dentro de mim.
Eu tentei relembrar se tinha sido no beco ou no corredor
da escola onde eu vi ele pela primeira vez.
Esse homem mal-humorado, ocasionalmente enigmático, que
antes eu temia, me inspirou todo tipo de pensamento.
Mei: Gavin?
Gavin: Sim?
Mei: Posso te perguntar uma coisa?
Gavin: Manda ver.
Mei: Quando foi a primeira vez que você me notou?
Ele parou e sorriu..
Gavin: Eu não lembro.
Mei: Oh?
Não era a resposta que eu estava esperando, principalmente
depois de eu ter me exposto desse jeito!
O sorriso dele se abriu mais para mostrar que ele
realmente se lembrava sim.
Ele se lembrou de seu primeiro dia no último ano, vendo
uma garota com um rabo de cavalo debaixo de um telhado em uma tarde chuvosa. Do
lado da garota tinha um gato coberto com um lencinho.
Ela tinha cara de nerd, mas ele não conseguia tirar os
olhos dela.
Ele se sentiu meio fora do lugar por estar ali.
A garota se virou e sorriu. Era um sorriso tão puro e
reconfortante que preencheu toda a visão dele.
Desde então, Gavin tem se perguntado o porque aquele dia
foi tão inesquecível.
Foram aqueles olhos imaculados e inocentes? Ele não sabia
direito.
A chuva se tornou um dilúvio. A garota encolheu os ombros
parecendo estar com frio.
Algo mexeu com o Gavin. Ele chutou uma lata, tirou seu
casaco para cobrir a cabeça da garota, e então eles correram para a chuva.
Parecia que a garota havia se esquecido daquele dia.
Gavin apertou mais a mão dela.
Gavin: Eu sabia quem você era antes mesmo de você me
notar.
♕ Parte 11
Gavin me levou até a delegacia para fazer um boletim de
ocorrência. Já era noite quando saímos.
Eu andei ao lado do Gavin. Sua estrutura forte e passos firmes faziam eu me sentir
incrivelmente segura.
Gavin: Eu não posso te devolver a caneta ainda, mas eu
posso fazer uma cópia de tudo o que for irrelevante ao caso.
Mei: Está tudo bem, faça o que achar melhor.
"...Contanto que ninguém ouça nossa conversa no
final", pensei comigo mesma.
Gavin: Você não precisa se preocupar com nada que não
seja relevante ao caso.
Mei: Hmmm...
Ele sabia o que eu estava pensando! Eu corei sutilmente.
Mei: Então...qual é o status do caso?
Gavin: Nós encontramos éter e uma faca com ele. Ele
confessou tudo, inclusive ter raptado você.
Gavin: A irmã foi o que o motivou. Ela era tratada
como uma louca por causa dos poderes dela e fugiu sabe-se lá pra onde.
De repente, minhas têmporas pulsaram quando Gavin fez a
declaração com frieza.
Gavin: Ele se infiltrou na segurança do campus tentando
rastrear o agressor, mas seu verdadeiro alvo era você o tempo todo.
Gavin: Ele não queria te jogar de cima do telhado. Ele
queria te posicionar na beirada para dar ao sniper um tiro certeiro.
Gavin: Você ainda se lembra do tiro que eu impedi lá no orfanato?
Gavin: A bala que eu derrubei e a de hoje são idênticas.
Arrepios percorreram toda minha espinha e se espalharam
por mim.
Mei: Eu queria perguntar pra você, como você percebeu
aquela bala?
Gavin: Turbulência do ar. Eu pude sentir ela vindo atrás de
você. E eu nunca vi uma bala como aquela antes.
Gavin: Hoje marca a segunda vez.
Mei: Então tem alguém por trás disso tudo?
Gavin: Sim, apesar do cretino em custódia insistir que é
tudo culpa dele e não conseguimos encontrar nenhuma outra pista.
Gavin: Mas fica tranquila, nós estamos tomando
providências para que isso não aconteça novamente.
Mei: Como eu posso ajudar?
Ele olhou em meus olhos.
Gavin: Apenas fique em segurança. E confie em mim.
Meu coração acelerou, mas eu ainda sentia como se alguma
coisa estivesse pesando no meu peito.
Gavin: O que você está pensando?
Mei: Desde que me contaram sobre meu poder Evol, eu venho
pensando nos meus 22 anos de vida nesse mundo.
Mei: Mas exceto os dois acidentes de carro e o sequestro
de hoje, nada parecido aconteceu comigo antes.
Mei: Na verdade, eu nunca prestei muita atenção na
habilidade até o dia de hoje.
Mei: É só que, eu nunca pensei que fosse ser um alvo
simplesmente por ter habilidades Evol.
Gavin: Você está pensando sobre a garota que sofreu bulling e desapareceu?
Mei: É...
Mei: Deve ser doloroso perder alguém querido.
Mei: Eu acredito que se ele tivesse encontrado uma
maneira de salvá-la, ele não estaria na cadeia hoje.
Gavin: Então eu tenho sorte por ter tido alguém que me
encontrou antes de eu atingir o fundo do poço.
Eu podia sentir como ele estava olhando para mim e eu hesitei em retribuir seu olhar.
A luz da lua iluminava seu rosto e mostrava um lado suave
dele que eu nunca tinha visto antes.
Mei: Se você tivesse escolha, você ainda iria querer ser
um Evolver?
Ele concordou sem nenhuma pausa.
Gavin: Sim.
Gavin: Quando há alguém que eu quero proteger.
Ele focou seu olhar em mim.
Gavin: É sempre escuridão antes do amanhecer.
Eu continuei repensando naquelas palavras até entrar no
meu prédio.
Escuridão antes do amanhecer....Ele passou por algum
momento sombrio?
Gavin voltou a sua postura normal, mãos nos bolsos, olhos
encarando o horizonte.
Eu e Gavin: Você...
Eu parei e ele fez o mesmo.
Eu e Gavin: Quando você...
Fizemos de novo! Nós olhamos um para o outro e rimos.
Gavin: Você primeiro.
Mei: Ok. Eu queria te perguntar...
Eu comecei a me sentir culpada de novo olhando para os
olhos do Gavin.
Afinal de contas, eu menti só para que ele não pudesse ir
ao restaurante.
Gavin: O que você quer saber?
Ele se aproximou, e eu gaguejei mais ainda.
Esquece, aqui vai...
Mei: Por que você me deu aquela carta ensanguentada?
Ele ficou em silêncio, enquanto eu abaixei minha cabeça e
mantive ela lá.
Por que ele não está dizendo nada? Eu disse alguma coisa
errada de novo?
Eu tentei espiar o rosto dele para descobrir o que ele
poderia estar pensando, mas tudo o que vi foi ele franzindo a testa.
Mei: Eu...Eu nunca li ela porque eu estava muito
assustada pra fazer isso.
Mei: Eu pensei que era uma advertência ou ameaça...
Aquilo chocou ele. Ele claramente nunca pensou que eu
diria aquilo.
Tradutora Lu: Tadinho... ;_;
Gavin: Você pensou errado.
Mei: Eu sei...quero dizer, agora eu sei. Eu não sabia
naquela época.
Minha voz tremeu, e ele permaneceu quieto.
Mei: Me desculpa por trazer à tona aquela carta...
Gavin: Não é mais importante.
Eu irritei ele?
Eu me senti depressiva de repente.
Mei: Me desculpa. Eu estava errada sobre você em tantas
coisas, mas eu descobri a verdade.
Mei: Você parou aqueles estudantes no beco porque eles
mentiram aos professores sobre você.
Mei: O dono do Lynn's te deu dinheiro porque você pagou
as despesas médicas do filho deles.
Eu nunca abri a carta porque eu tinha uma impressão
errada sobre você.
Mei: As histórias que corriam pela escola na época
retratava uma imagem terrível de você.
Mei: Eu estava apavorada e eu não fazia idéia de como eu
tinha recebido a carta...
Gavin: E agora?
Ele esperou eu responder.
Mei: Bem, você é mal-humorado e impaciente, mas não é o
monstro que eles descreviam.
Mei: Nada o impede de atingir seus objetivos, e você tem
um bom coração.
Mei: Bem, talvez não tão bom, mas bem transparente e
aberto.
Ele ouviu tudo, e então se aproximou mais ainda, dando um
grande sorriso.
Gavin: Desculpas aceitas.
Gavin: O que tinha na carta não é importante, agora que
nós nos reencontramos.
♕ Parte 12 e 13
*Suspirando*...Eu ainda não descobri o que tinha na
carta.
Eu abracei minhas pernas junto ao peito, pensando no que Gavin havia dito.
O telefone apitou com uma mensagem de texto recebida. Era
do Minor.
Mensagem: Clica nessa URL agora! Eu passei muito tempo
fazendo isso. Eu me demito se você não assistir a coisa toda.
Mei: *Engasga*
O que ele está aprontando agora? Eu pulei para o meu
computador e abri o site.
A voz do Minor começou a tocar.
Minor: Se você nunca viu o filme "Carta na
Gaveta", você pode não entender que a "carta" simboliza palavras
não ditas.
Minor: Você tem alguma palavra não dita que desejaria ter
falado? Deixa eu compartilhar algumas com você.
Participante A: Eu me arrependo de não ter me desculpado
com meu pai antes do seu acidente de carro, pelas discussões que nós tivemos
sobre meu emprego...
Participante B: Eu me arrependo de não ter dito ao meu
chefe antes de eu sair, que eu esperava que a família toda dele *NÃO* morresse
em um incêndio.
Minor: Wow, essa soou um tanto amarga. Vamos conferir a
próxima...
Aquilo me fez rir. Foi seguindo com ligações de vários
participantes e suas histórias de tristeza, raiva e alegria.
Então uma voz familiar apareceu, mesmo que a pessoa do
outro lado da linha intencionalmente tivesse aprofundado sua voz.
Gavin: Meu maior arrependimento? Foi eu não ter entregado
a carta para a garota pessoalmente.
Meu coração acelerou e eu me aproximei da tela.
Minor: Era uma carta de amor?
Gavin: Não, uma despedida.
Minor: Por que uma carta de despedida?
Houve uma pausa.
Gavin: Por que eu deveria te contar?
Minor: Qual é, brother, me dá um desconto, tem pessoas
ouvindo!
Gavin: Porque...a garota disse que o que ela mais odeia são
pessoas que vão embora sem dizer adeus.
Ir embora sem dizer adeus....Não foi isso que eu escrevi
no bilhete do Post-It na Cozinha da Lynn?
O bilhete surgiu na minha mente em um flash.
Minha melhor amiga naquele ano tinha se transferido de
escola do nada. Eu fiquei magoada e deprimida por algum tempo.
Gavin sabia sobre isso também?
Minor: Uma última coisa: você pode compartilhar o que
você escreveu naquela carta?
Eu segurei a respiração, e depois de uma interferência
estática, Gavin falou.
Gavin: Não importa mais. Deixe isso no passado.
Gavin: Nós ainda temos muito tempo juntos no nosso
futuro.
Tradutora Lu: Que lindo isso! 💗
De repente eu pensei em quando eu tinha 16 anos.
Era uma tarde quente e úmida. Eu estava na classe,
olhando para fora da janela com tédio.
Um garoto, com o uniforme da escola folgado, estava correndo. Eu não pude distinguir seu rosto.
Imersa em minhas memórias, eu não estava ciente de que
alguma coisa acontecia não tão longe de mim.
.....................
Em uma sala espaçosa, os dispositivos barulhentos estavam
trabalhando por mais de 20 horas.
Kiro digitava no teclado enquanto linhas de números passavam
rapidamente na tela.
Ele parou para digitar a palavra "Helios", uma
letra por vez, em uma página de login.
O barulho parou. A tela mostrava um e-mail na caixa de entrada, piscando no nome do remetente da mensagem.
Kiro: "BLACK SWAN."
A voz baixa do Kiro flutuou através do ar como uma pena
na noite.
Ele se esticou, abriu uma lata de refrigerante, clicou em
enviar, e então tirou seu celular do modo avião.
..................
O telefone apitou e acendeu.
Eu estava quase indo para a cama quando recebi uma
mensagem do Gavin.
Dizia que, uma mensagem sobre o incidente de hoje havia
aparecido na caixa de entrada do e-mail do criminoso, enviado por alguém
chamado "Black Swan."
── ・ 。゚☆: *.☽ .* :☆゚. ───
Traduzido por: Lu Zhou ~ (周棋洛 Miss Chips) ʕ •ᴥ•ʔ☆
Lu eu amo suas traduções, sei que andei sumida, mas voltei.
ResponderExcluirEu estou bem nesse capitulo aqui, eu acho que vou acompanhar o jogo pelas suas tradu porque eu não sei o que me dá que não consigo lembrar de jogar ele no telefone, e olha que eu fiquei bem viciada quando saiu.
bjs, e obrigada pelo seu lindo trabalho.
Muito obrigada! ❤️ Vc não tem noção como eu fico feliz em saber que vc esta gostando.🥰 E Bem vinda de volta! As vezes a gente precisa desse sumiço pra recarregar as energias. Eu sumi ano passado tb. hehehe 😄 A história desse jogo é muito boa, mas pra ser sincera, as vezes desanimada mesmo jogar pelo celular, pq o gacha pra conseguir as cartas e poder avançar na história é horrível. Ou vc tem muita sorte, ou dinheiro, ou paciência. Ele ta cada vez mais pay to win. 😢 Bjoss 😘
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