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✦ Parte 1
....Através de uma porta estranha no Museu do Louvre, eu
vaguei para fora do meu próprio tempo e cheguei em uma mansão na França do
século 19.
A lua brilhante era apenas um pedaço no céu, assustadoramente
parecendo um sorriso zombeteiro que alimentava minha ansiedade.
Parecia que até a lua tinha se virado contra mim; talvez
seja por isso que eu havia acordado de um pesadelo como nenhum outro que eu já
tive.
(Eu nunca tinha sonhado com ninguém me mordendo antes...Parecia
incrivelmente real também...)
Eu fui conversar com o mordomo, Sebastian, sobre meu
sonho, esperando que isso fosse afastar esse sentimento e me ajudar a voltar
para a realidade.
Liriel: "Eles eram como vampiros, ou algo
assim."
Liriel: "Mas a parte mais assustadora do meu sonho
foi que tudo aquilo pareceu muito real..."
Sebastian não disse nada, e eu me perguntava se ele
pensava que eu era boba, falando sem parar sobre um sonho que eu tive.
Liriel: "Obrigada por ouvir sobre meu sonho
bobo."
Liriel: "Eu espero que você não pense que eu sou uma
louca por sonhar com vampiros."
Sebastian: "Eu não acho que você seja louca, e nem
acredito que tenha sido só um sonho bobo."
Liriel: "Você não acha que foi bobo?"
Sebastian: "Não. De fato, é um bom sinal."
Liriel: "Meu sonho ruim é um bom sinal?"
Sebastian: "Eu acredito que a mansão decidiu te
mostrar esse sonho."
Liriel: "Você não está fazendo sentido."
Sebastian: "O sonho serve como um aviso --"
Sebastian: "...Que você não deve dar à eles nem o
seu corpo e nem seu coração."
Liriel: "Eles?"
Sebastian: "Os moradores dessa mansão. Pois veja,
todos os que você encontrou essa noite.."
Sebastian: "Eles são exatamente o que você viu no
seu sonho. Eles são todos vampiros."
Liriel: "Eu ouvi direito? Vampiros?"
Sebastian: "Sim. Exatamente."
(Hum...que?)
Ele tinha uma expressão tão séria no rosto enquanto
olhava pra mim que eu finalmente não aguentei e caí na risada.
Liriel: "Hahaha...Essa foi boa Sebastian! Mas
honestamente...foi muito assustador, então você não deveria brincar com
isso!"
Sebastian: "...Brincar?"
Liriel: "Você só estava tentando me distrair do
pesadelo, não estava?"
(Eu me sinto uma completa idiota.)
(Tantas coisas malucas aconteceram comigo nas últimas 24
horas que eu quase acreditei nele por um minuto!)
Desde que eu cheguei por aquela porta do Louvre, eu tenho
estado em uma situação de total confusão.
Primeiro de tudo, eu de alguma forma viajei de volta no
tempo, para o século 19.
Infelizmente para mim, a porta para o meu próprio tempo
só abrirá novamente daqui um mês.
E se tudo isso não fosse inacreditável o suficiente, os
moradores da mansão são todos grandes figuras históricas ao longo do tempo.
Só pensar sobre isso já quase fazia minha cabeça
explodir.
(Então se todos eles na verdade forem vampiros além de
tudo, eu provavelmente perderia a cabeça!)
Sebastian: "Liriel, eu entendo seu desejo de querer
acreditar que isso é apenas uma simples brincadeira."
Sebastian: "Mas tudo o que eu acabei de dizer para
você é a mais completa verd--"
De repente, um som alto de passos se aproximando
interrompeu Sebastian e ele olhou atrás de mim.
???: "Descrevendo como uma brincadeira antes mesmo
de pensar sobre isso, Liriel? Eu diria que você precisa de uma boa dose de
imaginação."
✦ Parte 2
(...Quem está aí?)
Os passos ficaram mais altos, o sotaque britânico mais
claro.
Arthur: "Você não concorda, Sebas?"
(Esse homem...ele é...)
<Lembrança>
Arthur: "Eu acredito que sou o próximo!"
Arthur: "Eu sou Arthur Conan Doyle. Escritor de
mistérios."
Arthur: "E não me
chame de Senhor, somente Arthur. Contanto que eu possa te chamar de
Liriel."
<Fim da Lembrança>
Liriel: "Arthur...?"
Arthur: "Está correto! Que garota esperta você é, já
se lembrou do meu nome!"
Liriel: "...Seria mais surpreendente se eu tivesse
esquecido, já que você parecia fazer questão que eu me lembrasse dele."
Arthur: "Então eu suponho que meu plano foi um
sucesso, hein?"
(É um milagre que ele tenha espaço para criar histórias
quando sua mente está tão concentrada em flertar...)
Arthur ignorou meu olhar duvidoso e continuou em um tom
de voz descontraído.
Arthur: "Ela vai morar aqui, não vai?"
Sebastian: "Sim, por cerca de um mês, até que ela
consiga voltar para o seu tempo. Até lá, ela vai estar me ajudando pela
mansão."
Arthur: "Hmm...Bem, então, não acha que seria mais
sensato que ela descubra o quanto antes?"
Arthur: "A propósito, Sebas, Estou me sentindo com
um pouco de sede. Vá me buscar um pouco de Rouge, está bem?"
Sebastian: "Claro, mas..."
Sebastian: "Liriel já está se sentindo desconfortável.
Por favor, não diga mais nada que possa deixá-la confusa ou perturbada."
Arthur: "Oh, qual é, Sebas! O que você acha que eu
sou? Eu só vou dizer à ela algumas coisinhas simples, isso é tudo."
Arthur se inclinou encostando no balcão, cruzando os
braços na frente dele com um sorriso atrevido.
Arthur: "Eu vou contar à ela o que nós realmente
somos..."
Arthur: "E como ela pode evitar se colocar em perigo
devido a sua severa falta de imaginação."
Sebastian: "...Liriel, eu volto logo."
Sebastian me olhou preocupado antes de sair apressado do
local.
Arthur: "Então, agora...Vamos direto ao assunto,
está bem?"
Arthur se sentou em uma cadeira e cruzou as pernas,
olhando para mim com um brilho nos olhos.
Arthur: "Eu vou começar com o que nós somos. Eu ouvi
por acaso o Sebas te contando antes de eu entrar."
Arthur: "Mas eu irei repetir para o seu próprio bem.
Nós somos 100% verdadeiros vampiros, Liriel."
(Está bem, agora eu estou começando a ficar irritada...)
Liriel: "Para com isso, Arthur. Essa brincadeira já
não tem mais graça."
Arthur: "Não deveria ter graça, por que não é
engraçado mesmo."
Arthur: "Eu entendo como você se sente, de verdade.
Antes de eu mesmo me tornar um vampiro, eu acreditava que eles fossem criaturas
meramente fictícias."
Arthur: "Mas pense nisso racionalmente."
✦ Parte 3
Arthur: "Que possível mérito eu teria em brincar
sobre tal coisa com você? Ou Sebastian, nesse caso?"
Arthur: "Vamos dizer que eu fiz isso para conseguir
sua atenção. Se fosse mentira, eu só conseguiria te deixá-la chateada, como
você parece estar agora."
(E ficando mais e mais irritada a cada segundo...)
Arthur: "Todos os moradores se apresentaram para
você, certo?"
Arthur: "Napoleon Bonaparte, Leonardo da Vinci...Um
nome ilustre atrás do outro."
Arthur: "Você não acreditou que eles estavam falando
a verdade. Você só ficou mais cética."
Liriel: "Mas a maioria das pessoas não ficaria
cética? Afinal de contas, vocês todos viveram em diferentes períodos e lugares
através da história."
Liriel: "E não só isso, mas todos vocês morreram há
muito tempo."
Arthur: "Aí está! Essa é a questão!"
Os olhos do Arthur se iluminaram enquanto ele erguia seu
dedo indicador no ar, com um sorriso no rosto.
(Eu não estou acompanhando ele...)
Arthur: "Nós todos morremos há muito tempo."
Liriel: "...Que?"
Arthur: "Por que você está tão surpresa? Você mesma
acabou de dizer isso. E mais, não seria mais assustador se nós todos
estivéssemos vivos ainda?"
(...Ele tem que estar brincando. Tudo isso tem que ser
algum tipo de brincadeira bem grande, mas...)
(Quanto mais eu escuto ele, mais eu tenho calafrios na
espinha.)
Eu queria que ele parasse de falar, mas ele simplesmente
continuou.
Arthur: "Nós todos entramos em um certo 'contrato' com
o le Comte. E então, desse jeito, nós fomos ressuscitados e nos encontramos
aqui."
Liriel: "Um contrato...?"
Arthur: "'Posso lhe conceder uma amostra da
imortalidade. Em troca, você perderá sua humanidade e se tornará um
vampiro.'"
Arthur: "...Essa foi a condição do contrato que nós
aceitamos."
Eu engoli em seco.
Liriel: "Não seja ridículo, Arthur. Como se eu fosse
acreditar em algo tão forçado!"
(Se eu continuar ouvindo ele, eu só vou ficar mais
irritada.)
Eu estava quase me virando pra sair quando ouvi ele
suspirar.
Arthur: "...Sabe, eu não te imaginava como uma
realista. Eu não queria tornar as coisas mais difíceis, mas você não me deixa
escolha."
Liriel: "Q-Que?"
Antes que eu pudesse pará-lo, ele agarrou meu braço e me
empurrou contra a parede.
Liriel: "A-Arthur, o que você está fazendo?!"
Ele colocou uma mão na parede, bem ao lado do meu rosto,
enquanto ele afrouxava sua gravata com a mão livre.
Arthur: "Veja por você mesma."
Ele tirou a gravata, deixando que ela caísse no chão.
Meus olhos foram atraídos como um imã para o local que ele mostrava.
✦ Parte 4
(O que...é isso..?)
Manchas vermelhas de...alguma coisa, pontilhavam o tecido
branco e nítido que estava escondido embaixo da gravata e da jaqueta.
Arthur: "Eu não sou um assassino. Isso não é tinta
vermelha, nem vinho tinto."
Arthur: "Pingou na minha blusa depois de eu ter
mordido uma garota. Sangue é uma mancha bem difícil de lavar e tirar -- você
sabia disso?"
Ele se inclinou para mais perto, seu joelho se fixando
entre os meus para me manter no lugar.
Liriel: "Ah!"
E foi aí que me atingiu -- um cheiro quente e levemente
metálico. O inconfundível cheiro de sangue.
Foi nesse exato momento que eu instintivamente soube que
tudo o que ele havia dito era completamente verdadeiro.
(Todos que vivem nessa mansão...são vampiros.)
(Eu...Eu não acredito que isso realmente é verdade.)
Arthur: "Então você finalmente acredita em mim, não
é?"
Liriel: "...Sim."
Arthur: "Você está curiosa? Você quer saber como é....ser
mordida?"
Eu engoli a seco de novo, minha garganta estava seca como
um osso.
Opção de escolha: "Eu não gosto de sentir dor."
Liriel: "Não obrigada. Eu não sou masoquista."
Arthur: "Heh...Na verdade, não é tão doloroso assim.
É completamente o contrário, se quer saber..."
(Eu não consigo nem imaginar como é ser mordida de
verdade.)
Arthur: "Eu sou bem habilidoso em fazer uma mulher
se sentir muito, muito bem..."
Sua voz diminuiu para um tom bem sensual enquanto ele se
aproximava do meu pescoço.
Liriel: "...Já chega!"
Eu automaticamente empurrei ele pra longe o mais forte
que eu pude.
Arthur: "Ei, ora. Você não precisava ter me
batido."
Alarmes de aviso estavam tocando ruidosamente dentro da
minha cabeça, me dizendo para eu sair de lá o mais rápido que eu pudesse.
(...Eu não sei mais o que fazer...a não ser correr.)
Minhas pernas estavam tremendo, mas meus instintos tomaram
conta de mim. Eu comecei a correr o mais
rápido que eu podia, sem nenhum destino em mente.
Arthur deixou escapar um suspiro depois que Liriel saiu
do local, se sentando novamente na cadeira.
Arthur: "É muito perigoso para uma garota bonita
como ela sair sozinha para a rua à noite."
Arthur: "...Mas suponho que você não me escutaria de
qualquer forma."
Ele olhou distraidamente pela janela para a lua
crescente, estreitando os olhos.
Arthur: "Apesar que, eu vi ele saindo para o jardim,
então tenho certeza que ele irá te proteger."
Arthur: "Espero que isso te ensine uma lição, a ser
mais cuidadosa."
✦ Parte 5
Eu corri e corri, através dos corredores escuros e
desconhecidos.
Finalmente, eu consegui chegar no hall de entrada e fui
em direção a porta da frente.
(Se eu deixar esse lugar, eu não vou ter onde ficar e
ninguém em quem eu possa confiar.)
Mas era melhor do que ficar aqui e se tornar algum
lanchinho da noite de um vampiro.
(Tudo o que eu preciso fazer é sair daqui. Eu posso
resolver o resto depois.)
Estando decidida agora, eu empurrei a porta pesada para
abri-la, correndo para fora, para o ar frio da noite.
(Vejo um portão ali!)
Eu corri pelo trecho de paralelepípedos, mas assim que me
aproximei do portão, percebi que podia ouvir vozes por perto.
Homem bem vestido 1: "...Não acredito que viajamos
pela floresta até o meio do nada para ir àquela galeria de arte inútil."
Homem bem vestido 2: "Nem me fale. Depois de tudo,
eu preciso de uma bebida forte. Vamos voltar para a cidade."
Homem bem vestido 1: "Por sorte, eu conheço um pub
que fica aberto até tarde."
(Graças a deus! Eu vou pedir ajudar para aqueles homens e
talvez eles me levem até a cidade!)
Eu abri o portão e chamei pelos homens, que estavam
vestidos com cartolas de seda fina e casacos compridos.
Liriel: "Com licença!"
Os dois pararam e se viraram para olhar para mim
exatamente ao mesmo tempo.
Minha respiração ficou presa na garganta e meu estômago revirou
quando vi a curiosidade se transformar em luxúria enquanto eles me encaravam.
(...Eu não devia ter simplesmente chamado a primeira
pessoa que eu vi! Esses caras parecem perigosos...O que eu faço agora?)
Homem bem vestido 1: "Ora, ora...Olha para essa
beleza. Você mora aqui, Mademoiselle?"
Homem bem vestido 2: "Eu duvido. Olha para essas
roupas estranhas que ela está vestindo. E ela é uma estrangeira também."
Homem bem vestido 1: "Mmm, uma garota
estrangeira....Eu achei que eu estava com má sorte hoje, mas parece que as
coisas estão começando a ficar interessantes..."
Home bem vestido 1: "Vem aqui garota. Deixe-nos dar
uma boa olhada em você."
Apesar da voz do homem ser gentil, ele se aproximou e
agarrou meu braço bruscamente, me assustando.
Liriel: "Isso dói...!"
Homem bem vestido 1: "Shh, shh. Não precisa ter
medo. Nós não vamos fazer nada de ruim com você, contanto que se
comporte."
(Ele é muito forte...Eu não consigo me soltar dele!)
Eu já estava assustada, mas agora eu estava tão apavorada
que eu não conseguia falar.
Minha mente disparou, tentando encontrar uma maneira de
sair disso. O homem me apertou mais ao sentir meu medo.
(Não!!)
Eu comecei a chutar e a me debater, desesperada para me
livrar dele, mas não adiantava. E então--
???: "Vem aqui, Liriel."
De repente, eu suspirei surpresa quando ouvi uma voz
familiar de um homem dizendo meu nome.
Eu senti ele me agarrar pelos ombros, me afastando do
homem.
E então ele gentilmente me segurou contra seu peito, como
se estivesse protegendo algo precioso.
(Essa voz...)
Confusa, eu olhei para cima para descobrir quem tinha me
salvado.
Era Vincent, parado ali com o sorriso de um anjo,
carinhoso e reconfortante ao mesmo tempo.
Uma leve brisa suavemente balançou seu cabelo, os fios
loiros claros brilhando à luz da lua.
Seus olhos eram tão azuis quanto o céu de uma tarde sem
nuvens, olhando diretamente para o homem que estava parado na nossa frente.
Vincent: "O que você pensa que está fazendo com
ela?"
Vincent: "Ela é uma convidada muito especial dessa
mansão."
Vincent: "Não vou permitir que ninguém a machuque."
Vincent: "...Toque-a novamente e enfrente as
consequências."
🙤 · ┈┈┈┈┈┈ · ꕥ · ┈┈┈┈┈┈ · 🙦
🙤 · ┈┈┈┈┈┈ · ꕥ · ┈┈┈┈┈┈ · 🙦
Resumo do Capítulo 2: "...Eles te
machucaram?
Ele perguntou gentilmente, estendendo a mão para mim.
Mas eu me afastei do seu toque.
Confusa, eu aprendi toda a verdade sobre a mansão.
"Bom dia, eu estava esperando por você."
Ele perguntou gentilmente, estendendo a mão para mim.
Mas eu me afastei do seu toque.
Confusa, eu aprendi toda a verdade sobre a mansão.
"Bom dia, eu estava esperando por você."
✧༺♥༻∞ Fim do Capítulo 1 ∞༺♥༻✧
Traduzido e editado por: Lu Uesugi (许墨Lucien's wife)
Contunue por favor! 💛🌻VINCENT VAN GOGH.
ResponderExcluirOi!!Continuo sim. Pode deixar!😊 Semana que vem eu já posto o capítulo 2. Obrigada por comentar! 😘❤️
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