domingo, 24 de maio de 2020

Ikemen Vampire ~ VINCENT ~ Capítulo 1


O vídeo traduzido desse capítulo está disponível no YouTube.
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✦ Parte 1


....Através de uma porta estranha no Museu do Louvre, eu vaguei para fora do meu próprio tempo e cheguei em uma mansão na França do século 19.

A lua brilhante era apenas um pedaço no céu, assustadoramente parecendo um sorriso zombeteiro que alimentava minha ansiedade.

Parecia que até a lua tinha se virado contra mim; talvez seja por isso que eu havia acordado de um pesadelo como nenhum outro que eu já tive.

(Eu nunca tinha sonhado com ninguém me mordendo antes...Parecia incrivelmente real também...)

Eu fui conversar com o mordomo, Sebastian, sobre meu sonho, esperando que isso fosse afastar esse sentimento e me ajudar a voltar para a realidade.

Liriel: "Eles eram como vampiros, ou algo assim."

Liriel: "Mas a parte mais assustadora do meu sonho foi que tudo aquilo pareceu muito real..."

Sebastian não disse nada, e eu me perguntava se ele pensava que eu era boba, falando sem parar sobre um sonho que eu tive.

Liriel: "Obrigada por ouvir sobre meu sonho bobo."

Liriel: "Eu espero que você não pense que eu sou uma louca por sonhar com vampiros."

Sebastian: "Eu não acho que você seja louca, e nem acredito que tenha sido só um sonho bobo."

Liriel: "Você não acha que foi bobo?"

Sebastian: "Não. De fato, é um bom sinal."

Liriel: "Meu sonho ruim é um bom sinal?"

Sebastian: "Eu acredito que a mansão decidiu te mostrar esse sonho."

Liriel: "Você não está fazendo sentido."

Sebastian: "O sonho serve como um aviso --"

Sebastian: "...Que você não deve dar à eles nem o seu corpo e nem seu coração."

Liriel: "Eles?"

Sebastian: "Os moradores dessa mansão. Pois veja, todos os que você encontrou essa noite.."

Sebastian: "Eles são exatamente o que você viu no seu sonho. Eles são todos vampiros."

Liriel: "Eu ouvi direito? Vampiros?"

Sebastian: "Sim. Exatamente."

(Hum...que?)

Ele tinha uma expressão tão séria no rosto enquanto olhava pra mim que eu finalmente não aguentei e caí na risada.

Liriel: "Hahaha...Essa foi boa Sebastian! Mas honestamente...foi muito assustador, então você não deveria brincar com isso!"

Sebastian: "...Brincar?"

Liriel: "Você só estava tentando me distrair do pesadelo, não estava?"

(Eu me sinto uma completa idiota.)

(Tantas coisas malucas aconteceram comigo nas últimas 24 horas que eu quase acreditei nele por um minuto!)

Desde que eu cheguei por aquela porta do Louvre, eu tenho estado em uma situação de total confusão.

Primeiro de tudo, eu de alguma forma viajei de volta no tempo, para o século 19.

Infelizmente para mim, a porta para o meu próprio tempo só abrirá novamente daqui um mês.

E se tudo isso não fosse inacreditável o suficiente, os moradores da mansão são todos grandes figuras históricas ao longo do tempo.

Só pensar sobre isso já quase fazia minha cabeça explodir.

(Então se todos eles na verdade forem vampiros além de tudo, eu provavelmente perderia a cabeça!)

Sebastian: "Liriel, eu entendo seu desejo de querer acreditar que isso é apenas uma simples brincadeira."

Sebastian: "Mas tudo o que eu acabei de dizer para você é a mais completa verd--"

De repente, um som alto de passos se aproximando interrompeu Sebastian e ele olhou atrás de mim.

???: "Descrevendo como uma brincadeira antes mesmo de pensar sobre isso, Liriel? Eu diria que você precisa de uma boa dose de imaginação."



✦ Parte 2


(...Quem está aí?)

Os passos ficaram mais altos, o sotaque britânico mais claro.

Arthur: "Você não concorda, Sebas?"

(Esse homem...ele é...)

<Lembrança>

Arthur: "Eu acredito que sou o próximo!"

Arthur: "Eu sou Arthur Conan Doyle. Escritor de mistérios."

Arthur: "E não me chame de Senhor, somente Arthur. Contanto que eu possa te chamar de Liriel."

<Fim da Lembrança>

Liriel: "Arthur...?"

Arthur: "Está correto! Que garota esperta você é, já se lembrou do meu nome!"

Liriel: "...Seria mais surpreendente se eu tivesse esquecido, já que você parecia fazer questão que eu me lembrasse dele."

Arthur: "Então eu suponho que meu plano foi um sucesso, hein?"

(É um milagre que ele tenha espaço para criar histórias quando sua mente está tão concentrada em flertar...)

Arthur ignorou meu olhar duvidoso e continuou em um tom de voz descontraído.

Arthur: "Ela vai morar aqui, não vai?"

Sebastian: "Sim, por cerca de um mês, até que ela consiga voltar para o seu tempo. Até lá, ela vai estar me ajudando pela mansão."

Arthur: "Hmm...Bem, então, não acha que seria mais sensato que ela descubra o quanto antes?"

Arthur: "A propósito, Sebas, Estou me sentindo com um pouco de sede. Vá me buscar um pouco de Rouge, está bem?"

Sebastian: "Claro, mas..."

Sebastian: "Liriel já está se sentindo desconfortável. Por favor, não diga mais nada que possa deixá-la confusa ou perturbada."

Arthur: "Oh, qual é, Sebas! O que você acha que eu sou? Eu só vou dizer à ela algumas coisinhas simples, isso é tudo."

Arthur se inclinou encostando no balcão, cruzando os braços na frente dele com um sorriso atrevido.

Arthur: "Eu vou contar à ela o que nós realmente somos..."

Arthur: "E como ela pode evitar se colocar em perigo devido a sua severa falta de imaginação."

Sebastian: "...Liriel, eu volto logo."

Sebastian me olhou preocupado antes de sair apressado do local.

Arthur: "Então, agora...Vamos direto ao assunto, está bem?"

Arthur se sentou em uma cadeira e cruzou as pernas, olhando para mim com um brilho nos olhos.

Arthur: "Eu vou começar com o que nós somos. Eu ouvi por acaso o Sebas te contando antes de eu entrar."

Arthur: "Mas eu irei repetir para o seu próprio bem. Nós somos 100% verdadeiros vampiros, Liriel."

(Está bem, agora eu estou começando a ficar irritada...)

Liriel: "Para com isso, Arthur. Essa brincadeira já não tem mais graça."

Arthur: "Não deveria ter graça, por que não é engraçado mesmo."

Arthur: "Eu entendo como você se sente, de verdade. Antes de eu mesmo me tornar um vampiro, eu acreditava que eles fossem criaturas meramente fictícias."

Arthur: "Mas pense nisso racionalmente."



✦ Parte 3


Arthur: "Que possível mérito eu teria em brincar sobre tal coisa com você? Ou Sebastian, nesse caso?"

Arthur: "Vamos dizer que eu fiz isso para conseguir sua atenção. Se fosse mentira, eu só conseguiria te deixá-la chateada, como você parece estar agora."

(E ficando mais e mais irritada a cada segundo...)

Arthur: "Todos os moradores se apresentaram para você, certo?"

Arthur: "Napoleon Bonaparte, Leonardo da Vinci...Um nome ilustre atrás do outro."

Arthur: "Você não acreditou que eles estavam falando a verdade. Você só ficou mais cética."

Liriel: "Mas a maioria das pessoas não ficaria cética? Afinal de contas, vocês todos viveram em diferentes períodos e lugares através da história."

Liriel: "E não só isso, mas todos vocês morreram há muito tempo."

Arthur: "Aí está! Essa é a questão!"

Os olhos do Arthur se iluminaram enquanto ele erguia seu dedo indicador no ar, com um sorriso no rosto.

(Eu não estou acompanhando ele...)

Arthur: "Nós todos morremos há muito tempo."

Liriel: "...Que?"

Arthur: "Por que você está tão surpresa? Você mesma acabou de dizer isso. E mais, não seria mais assustador se nós todos estivéssemos vivos ainda?"

(...Ele tem que estar brincando. Tudo isso tem que ser algum tipo de brincadeira bem grande, mas...)

(Quanto mais eu escuto ele, mais eu tenho calafrios na espinha.)

Eu queria que ele parasse de falar, mas ele simplesmente continuou.

Arthur: "Nós todos entramos em um certo 'contrato' com o le Comte. E então, desse jeito, nós fomos ressuscitados e nos encontramos aqui."

Liriel: "Um contrato...?"

Arthur: "'Posso lhe conceder uma amostra da imortalidade. Em troca, você perderá sua humanidade e se tornará um vampiro.'"

Arthur: "...Essa foi a condição do contrato que nós aceitamos."

Eu engoli em seco.

Liriel: "Não seja ridículo, Arthur. Como se eu fosse acreditar em algo tão forçado!"

(Se eu continuar ouvindo ele, eu só vou ficar mais irritada.)

Eu estava quase me virando pra sair quando ouvi ele suspirar.

Arthur: "...Sabe, eu não te imaginava como uma realista. Eu não queria tornar as coisas mais difíceis, mas você não me deixa escolha."

Liriel: "Q-Que?"

Antes que eu pudesse pará-lo, ele agarrou meu braço e me empurrou contra a parede.

Liriel: "A-Arthur, o que você está fazendo?!"

Ele colocou uma mão na parede, bem ao lado do meu rosto, enquanto ele afrouxava sua gravata com a mão livre.

Arthur: "Veja por você mesma."

Ele tirou a gravata, deixando que ela caísse no chão. Meus olhos foram atraídos como um imã para o local que ele mostrava.



✦ Parte 4


(O que...é isso..?)

Manchas vermelhas de...alguma coisa, pontilhavam o tecido branco e nítido que estava escondido embaixo da gravata e da jaqueta.

Arthur: "Eu não sou um assassino. Isso não é tinta vermelha, nem vinho tinto."

Arthur: "Pingou na minha blusa depois de eu ter mordido uma garota. Sangue é uma mancha bem difícil de lavar e tirar -- você sabia disso?"

Ele se inclinou para mais perto, seu joelho se fixando entre os meus para me manter no lugar.

Liriel: "Ah!"

E foi aí que me atingiu -- um cheiro quente e levemente metálico. O inconfundível cheiro de sangue.

Foi nesse exato momento que eu instintivamente soube que tudo o que ele havia dito era completamente verdadeiro.

(Todos que vivem nessa mansão...são vampiros.)

(Eu...Eu não acredito que isso realmente é verdade.)

Arthur: "Então você finalmente acredita em mim, não é?"

Liriel: "...Sim."

Arthur: "Você está curiosa? Você quer saber como é....ser mordida?"

Eu engoli a seco de novo, minha garganta estava seca como um osso.

Opção de escolha: "Eu não gosto de sentir dor."

Liriel: "Não obrigada. Eu não sou masoquista."

Arthur: "Heh...Na verdade, não é tão doloroso assim. É completamente o contrário, se quer saber..."

(Eu não consigo nem imaginar como é ser mordida de verdade.)

Arthur: "Eu sou bem habilidoso em fazer uma mulher se sentir muito, muito bem..."

Sua voz diminuiu para um tom bem sensual enquanto ele se aproximava do meu pescoço.

Liriel: "...Já chega!"

Eu automaticamente empurrei ele pra longe o mais forte que eu pude.

Arthur: "Ei, ora. Você não precisava ter me batido."

Alarmes de aviso estavam tocando ruidosamente dentro da minha cabeça, me dizendo para eu sair de lá o mais rápido que eu pudesse.

(...Eu não sei mais o que fazer...a não ser correr.)

Minhas pernas estavam tremendo, mas meus instintos tomaram conta de mim.  Eu comecei a correr o mais rápido que eu podia, sem nenhum destino em mente.

Arthur deixou escapar um suspiro depois que Liriel saiu do local, se sentando novamente na cadeira.

Arthur: "É muito perigoso para uma garota bonita como ela sair sozinha para a rua à noite."

Arthur: "...Mas suponho que você não me escutaria de qualquer forma."

Ele olhou distraidamente pela janela para a lua crescente, estreitando os olhos.

Arthur: "Apesar que, eu vi ele saindo para o jardim, então tenho certeza que ele irá te proteger."

Arthur: "Espero que isso te ensine uma lição, a ser mais cuidadosa."



✦ Parte 5


Eu corri e corri, através dos corredores escuros e desconhecidos.

Finalmente, eu consegui chegar no hall de entrada e fui em direção a porta da frente.

(Se eu deixar esse lugar, eu não vou ter onde ficar e ninguém em quem eu possa confiar.)

Mas era melhor do que ficar aqui e se tornar algum lanchinho da noite de um vampiro.

(Tudo o que eu preciso fazer é sair daqui. Eu posso resolver o resto depois.)

Estando decidida agora, eu empurrei a porta pesada para abri-la, correndo para fora, para o ar frio da noite.

(Vejo um portão ali!)

Eu corri pelo trecho de paralelepípedos, mas assim que me aproximei do portão, percebi que podia ouvir vozes por perto.

Homem bem vestido 1: "...Não acredito que viajamos pela floresta até o meio do nada para ir àquela galeria de arte inútil."

Homem bem vestido 2: "Nem me fale. Depois de tudo, eu preciso de uma bebida forte. Vamos voltar para a cidade."

Homem bem vestido 1: "Por sorte, eu conheço um pub que fica aberto até tarde."

(Graças a deus! Eu vou pedir ajudar para aqueles homens e talvez eles me levem até a cidade!)

Eu abri o portão e chamei pelos homens, que estavam vestidos com cartolas de seda fina e casacos compridos.

Liriel: "Com licença!"

Os dois pararam e se viraram para olhar para mim exatamente ao mesmo tempo.

Minha respiração ficou presa na garganta e meu estômago revirou quando vi a curiosidade se transformar em luxúria enquanto eles me encaravam.

(...Eu não devia ter simplesmente chamado a primeira pessoa que eu vi! Esses caras parecem perigosos...O que eu faço agora?)

Homem bem vestido 1: "Ora, ora...Olha para essa beleza. Você mora aqui, Mademoiselle?"

Homem bem vestido 2: "Eu duvido. Olha para essas roupas estranhas que ela está vestindo. E ela é uma estrangeira também."

Homem bem vestido 1: "Mmm, uma garota estrangeira....Eu achei que eu estava com má sorte hoje, mas parece que as coisas estão começando a ficar interessantes..."

Home bem vestido 1: "Vem aqui garota. Deixe-nos dar uma boa olhada em você."

Apesar da voz do homem ser gentil, ele se aproximou e agarrou meu braço bruscamente, me assustando.

Liriel: "Isso dói...!"

Homem bem vestido 1: "Shh, shh. Não precisa ter medo. Nós não vamos fazer nada de ruim com você, contanto que se comporte."

(Ele é muito forte...Eu não consigo me soltar dele!)

Eu já estava assustada, mas agora eu estava tão apavorada que eu não conseguia falar.

Minha mente disparou, tentando encontrar uma maneira de sair disso. O homem me apertou mais ao sentir meu medo.

(Não!!)

Eu comecei a chutar e a me debater, desesperada para me livrar dele, mas não adiantava. E então--

???: "Vem aqui, Liriel."

De repente, eu suspirei surpresa quando ouvi uma voz familiar de um homem dizendo meu nome.

Eu senti ele me agarrar pelos ombros, me afastando do homem.

E então ele gentilmente me segurou contra seu peito, como se estivesse protegendo algo precioso.

(Essa voz...)

Confusa, eu olhei para cima para descobrir quem tinha me salvado.

Meu coração disparou quando vi o homem, que eu reconheci do nosso breve encontro anterior.




Era Vincent, parado ali com o sorriso de um anjo, carinhoso e reconfortante ao mesmo tempo.

Uma leve brisa suavemente balançou seu cabelo, os fios loiros claros brilhando à luz da lua.

Seus olhos eram tão azuis quanto o céu de uma tarde sem nuvens, olhando diretamente para o homem que estava parado na nossa frente.

Vincent: "O que você pensa que está fazendo com ela?"

Vincent: "Ela é uma convidada muito especial dessa mansão."

Vincent: "Não vou permitir que ninguém a machuque."

Vincent: "...Toque-a novamente e enfrente as consequências."


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Resumo do Capítulo 2: "...Eles te machucaram?
Ele perguntou gentilmente, estendendo a mão para mim. 
Mas eu me afastei do seu toque. 
Confusa, eu aprendi toda a verdade sobre a mansão. 
"Bom dia, eu estava esperando por você."


✧༺♥༻∞ Fim do Capítulo 1 ∞༺♥༻✧

 Traduzido e editado por:  Lu Uesugi (Lucien's wife) 

2 comentários:

  1. Contunue por favor! 💛🌻VINCENT VAN GOGH.

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    Respostas
    1. Oi!!Continuo sim. Pode deixar!😊 Semana que vem eu já posto o capítulo 2. Obrigada por comentar! 😘❤️

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