domingo, 26 de novembro de 2017

Ikémen Sengoku - Nobunaga Oda - Capítulo 7



 Ao final desse capítulo você encontra a tradução das partes de 1 a 5 narradas pelo ponto de vista dele. 


❖ Parte 1 



O dia da nossa partida havia chegado.

Nobunaga: “MC.”

MC: “Nobunaga.”

Nobunaga, no seu cavalo, andou até mim.

Ele parou e me ofereceu sua mão.

Nobunaga: “Você está pronta? Suba.”

MC: “Estou pronta!”

Eu coloquei minhas mãos na dele.

Nobunaga: “Excelente.”

Ele me levantou até a sela.

(Lá vamos nós de novo!)

Eu sentei de lado por um momento, para ser capaz de olhar seu sorriso.

Nobunaga: “Ouça atentamente. Sua vida é minha, e eu vou protegê-la. Fique perto.”

A confiança que transbordava do seu olhar fez meu coração bater mais forte.

MC: “Eu não tenho tanta certeza sobre a quem minha vida pertence, mas eu confio em você pra me proteger.”

(Nós estamos prestes a ir pra guerra, mas eu na verdade me sinto segura enquanto Nobunaga está por perto.)

(O quão estranho isso é?)

Assim, as forças de Nobunaga, totalizando uns 10.000 homens, partiram de Azuchi para a guarnição do castelo de Kenshin Uesugi.

(Nós estamos nos movendo em um ritmo bem relaxado.)

Cavalgando com Nobunaga, eu olhei ao redor para a extensa planície verde por todos os lados.

Todo o exército estava mantendo o ritmo lento acompanhando os soldados a pé.

(Isso absolutamente não parece o início de uma guerra.)

Cotovias voavam pelo céu azul.

A espessa grama verde capturava a luz e sussurrava ao vento.

Nobunaga: “Você parece pensativa, MC.”

(Huh. Não pensei que ele notaria.)

Eu virei minha cabeça para ver que Nobunaga olhava pra mim.

Nobunaga: “O que você está pensando?”

MC: “Eu estava me perguntando porque estamos nos movendo tão devagar. O objetivo não é parar o outro lado antes que eles tenham chance de se preparar?”

Nobunaga: “Nós temos que fazer isso. Ir mais rápido irá cansar os soldados que estão a pé antes de nós chegarmos.”

(Isso faz sentido. Os soldados a pé são a maior parte do exército também.)

Nobunaga: “Nós estamos á salvo de ataques enquanto estivermos nos domínios de Owari. Não tem necessidade de forçar a marcha.”

MC: “Parece que você pensou muito no bem estar dos seus homens.”

Nobunaga: “Essa é uma maneira inocente de ver isso.”

Nobunaga riu, indicando a longa extensão de suas forças.

Nobunaga: “Não é o bem estar dos meus homens, é como eu, como comandante, domino minhas forças.”

Nobunaga: “Se eu não puder usar bem minhas peças, então não faz sentido trazê-los.”

(“Minhas peças”. Ele pode também estar falando de uma vasilha de peças de Go.)

Nobunaga está com aquele velho olhar impiedoso.

Mas não há falsidade em suas palavras. Ele acredita no que ele disse.

(Eu estava imaginando que Nobunaga havia ficado um pouco mais gentil ultimamente.)

(Mas eu me esqueci que esse é exatamente o tipo de pessoa que ele é.)

Aqueles olhos frios e palavradas calculadas me atormentaram.

Nobunaga: “O que foi?”

MC: “Nada.”

Eu desviei meu olhar dele e do exército para ver a paisagem ao invés disso.

Nobunaga: “Nosso ritmo lento está te aborrecendo?”

MC: “Eu ficar quieta está te aborrecendo?”

Nobunaga: “De jeito nenhum. Ao anoitecer nós vamos parar na residência de Yorimasa, um daimyo local.”

Nobunaga: “Lá nós poderemos entreter um ao outro melhor.”

(É fácil o suficiente saber que ele se refere ao jogo de Go.)

Tudo igual, a idéia fez meu pulso bater.

MC: “Nobunaga, eu não estou aborrecida. Eu estou curtindo o ritmo.”

Nobunaga: “É isso mesmo?”

Nobunaga: “Então eu espero que você esteja de bom humor quando nós dividirmos um quarto essa noite.”

*Cap. 7 – (1/10) completo*


❖ Parte 2 



Nobunaga: “Então eu espero que você esteja de bom humor quando nós dividirmos um quarto essa noite.”

(Ele nem mesmo me perguntou!)

MC: “Nós não vamos dividir um quarto! Eu vou pedir uma troca de quarto!”

Nobunaga: “Por quê?”

MC: “Por quê? Porque—“

(Porque ainda é complicado pra mim.)

(Eu não fico á vontade dividindo um quarto com você até que eu possa resolver as coisas.)

Mas eu sei que dizer isso a ele não seria melhor do que não dizer nada.

Nobunaga: “Não posso dormir sem um travesseiro.”

MC: “Então você deveria ter comprado um.”

Nobunaga segurou as rédeas com uma mão. Sua mão livre viajou subindo pela minha coxa. Eu já podia sentir faíscas.

Nobunaga: “Eu comprei, e graças a ela, eu tenho sido capaz de dormir muito bem.”

MC: “Não me acaricie sem avisar.”

Nobunaga: “Então eu te aviso da próxima vez.”

MC: “Correção. Não me acaricie.”

Nobunaga: “Seu colo é meu território.”

Nobunaga: “Eu não preciso te relembrar.”

Ele não precisava. Eu me lembro quando isso era apenas algo que me fazia sentir bem, como fez agora.

Nobunaga: “Meu domínio não para no seu colo também.”

Nobunaga sorriu e a visão disso fez eu me esquecer das reclamações.

Ele pegou meu pulso suavemente e o levou até seus lábios.

Nobunaga: “Aqui foi onde eu comecei minha conquista.”

Ele mordeu a ponta dos dedos, uma por uma, brincando eroticamente.

Meus dedos se curvaram quando ele fez isso, parecendo que estavam com ciúmes e protegendo o calor dos seus lábios.

Nobunaga então pegou uma parte do meu cabelo que estava ao vento, colocando de volta atrás da minha orelha com seus dedos.

Nobunaga: “Depois, eu conquistei isso.”

Ele correu os dentes suavemente pela borda da minha orelha.

A língua dele saiu, me estimulando em curtos e quentes surtos. Eu me curvei pra trás encostando nele, fechando meus olhos bem apertados.

(Eu não acredito que estamos fazendo isso, em cima de um cavalo, com todo mundo olhando.)

(Mas eu não quero que ele pare. Já tem sido uma longa cavalgada e eu quero senti-lo—Espera, todo mundo ta olhando?!)

Quando eu abri os olhos, eu tive uma boa visão dos vassalos de Nobunaga olhando para nós dois.

(Okay, eu realmente não estou afim de ter platéia.)


Opções:

1- “Todo mundo está olhando.” (escolhida) 
2- “Você não está com vergonha?”
3- “Eu não sou diversão!”


MC: “Nobunaga. Eu acho que você deve saber que agora está todo mundo olhando para nós.”

Nobunaga: “E?”

Nobunaga: “Tudo que me importa é você.”

(Oh, ele tem a compostura infinita de um conquistador.)

Ele mudou de mão, gentilmente apertando minha traseira. Eu senti uma onda de calor, e todo o resto desapareceu como uma miragem de deserto.

MC: “Mm, ahh--!”

Nobunaga: “Uma súplica adorável. É uma pena nós estarmos em cima de um cavalo agora.”

Os olhos dele eram provocadores enquanto ele olhava pra mim.

(Okay, você teve seu divertimento, mas você não vai sair com isso!)

Eu olhei brava pra ele.

MC: “Você não pode simplesmente fazer o que quiser comigo!”

Nobunaga: “Como assim?”

MC: “Se você tentar algo mais, eu tenho meus planos!”

Nobunaga: “Uma ameaça corajosa.”

Rindo divertidamente, Nobunaga brincou com a ponta da minha orelha.

Nobunaga: “Me conta quais são esses seus planos.”

(Ele está pronto para rir com qualquer coisa que eu diga. Mas ele não faz idéia da tempestade que está vindo.)

(Apenas esteja avisado, Nobunaga Oda, você me levou a fazer isso!)

MC: “Esse é seu último aviso. Tente qualquer coisa—“

MC: “E eu vou fazer cócegas em você!”

Nobunaga: “Que! Não--!”

Nobunaga tirou suas mãos de mim e as usou para cobrir o pescoço.

Nobunaga: “E-Eu vou te matar. Eu ameacei que iria—“

(Ele está com medo. Eu o tenho bem onde eu queria.)

Nobunaga me encarou. Expressão completamente séria. Eu não pude deixar de rir.

MC: “Qual o problema? Gosta do calor, mas não agüenta o fogo?”

Nobunaga: “Isso—“

Nobunaga: “Isso não é motivo pra rir, MC. Estou falando sério.”

MC: “Estou falando sério também. Toda vez que você me agarrar sem permissão, eu vou te fazer cócegas.”

Eu me virei no cavalo, brincando levei minhas mãos em direção ao Nobunaga em um movimento arrepiante. Ele foi indo pra trás.

Nobunaga: “Eu não permitirei isso. Eu não vou deixar você me fazer cócegas!”

*Cap. 7 – (2/10) completo*



❖ Parte 3 



Nobunaga: “Eu não permitirei isso. Eu não vou deixar você me fazer cócegas!”

(Ele fica tão fofo quando está desesperado.)

Incapaz de evitar sorrir, eu coloquei a mão no braço do Nobunaga e o puxei de volta.

MC: “Volta pra cá. Se você se inclinar mais, você vai cair do cavalo.”

MC: “E eu ouvi dizer que cair pode ser bem doloroso.”

Nobunaga: “Eu só estou tentando escapar de você.”

MC: “Eu não vou realmente fazer cócegas em você, Nobunaga.”

Mesmo quando Nobunaga se sentou direito, eu não pude parar de rir.

Nobunaga: “Meu amuleto da sorte deve ser uma maldição ao invés disso.”

Os olhos frios de Nobunaga enfraqueceram.

Ele parecia estar se divertindo agora também.

Então, com uma mão ainda segurando as rédeas, ele me puxou até ele com a outra mão, me segurando ali.

MC: “O que você está fazendo?”

Nobunaga: “Estou impedindo você de fazer qualquer um de seus truques.”

MC: “Eu realmente não vou fazer cócegas em você.”

Nobunaga: “Tarde demais. Eu não acredito em você.”

Um sorriso enorme apareceu no seu rosto.

Nobunaga: “Mas agora, se fizer cócegas em mim e me mandar pra fora do cavalo, você será levada pra baixo junto comigo.”

MC: “Isso definitivamente não parece nenhum pouco divertido.”

Nobunaga: “Esse é o motivo. Agora você vai ter que se comportar.”

MC: “Está bem, acho que você me derrotou. Eu vou parar com meus meios malignos.”

Nobunaga: “Vejo que vai.”

Nós dois caímos na risada.

(Na verdade isso foi muito divertido! É estranho.)

Foi uma conversa ridícula, mas me deixou feliz.

E era bom ser segurada pelo Nobunaga, bom o suficiente que eu nem podia negar isso pra mim mesma.

Nobunaga: “Foi um erro te usar pra curar meu tédio. Eu quase caí do meu cavalo.”

(Era por isso que você estava me tocando?)

MC: “Isso é o que você ganha por tratar o corpo de alguém como diversão.”

Nobunaga: “Não era no seu corpo que eu estava interessado.”

Nobunaga: “Era em você.”

(Ela está apenas começando a me provocar.)

Nobunaga: “Não fique irritada, MC.”

Nobunaga deu um beijo na minha testa, sua “conquista” mais recente.

Quando ele fez isso, estranhamente, eu esqueci minha raiva.

Aquele beijo gentil me deixou um pouco abalada.

Nobunaga: “Me conta. Como era sua vida no seu tempo original?”

MC: “O que é esse interesse repentino?”

Nobunaga: “Não tem motivo. Eu só senti vontade de perguntar.”

(Eu esperava perguntas como essa na noite em que eu contei a ele sobre o futuro. Mas ele só está interessado agora.)

MC: “Eu vivia a vida como a maioria das pessoas do meu tempo viviam.”

MC: “Um trabalho de cinco dias na semana, onde eu levantava cedo para ir até o serviço e chegava tarde em casa. Dias de folga eram para tarefas e diversão—“

Nobunaga: “Qual era seu trabalho?”

MC: “Era trabalho de escritório. Nem vale a pena mencionar. Eu simplesmente me demiti e estava para começar um novo como designer de moda.”

MC: “É como uma costureira, mas eu desenho as roupas, escolho o tecido, coisas assim.”

Nobunaga: “Uma designer de moda?”

MC: “Você se lembra do Bearsace? Ele é um dos meus. Eu o desenhei e fiz ele a partir do rabisco.”

Nobunaga: “Então foi você que fez Bearsace!”

Nobunaga: “Eu ouvi do Masamune. Ele disse que você estava trabalhando com as costureiras do castelo.”

(Masamune até mesmo elogiou meu trabalho para o Nobunaga!)

MC: “Eu estou. É um pouco diferente do que eu queria fazer, mas eu tenho estado muito feliz trabalhando com elas.”

MC: “Fazendo roupas para outras pessoas, encontrando a combinação perfeita, e vendo o olhar no rosto delas quando está pronto? Eu amo isso.”

Quando terminei de falar, eu vi um doce sorriso aparecer nos lábios do Nobunaga.

Nobunaga: “Essa é a primeira vez que eu vejo você sorrir dessa maneira.”

MC: “Verdade? Fala sério. Eu já sorri muitas vezes antes—“

*Cap 7 – (3/10) completo*



❖ Parte 4 



Nobunaga: “Essa é a primeira vez que eu vejo você sorrir dessa maneira.”

MC: “Verdade? Fala sério. Eu já sorri muitas vezes antes—“

Nobunaga: “Mas seus olhos não brilhavam da maneira que eles brilham agora.”

Nobunaga: “Isso é realmente o que você quer fazer por toda a vida, não é?”

MC: “Sim.”

(Meu sonho deve parecer minúsculo comparado a unificar um país.)

(Mas Nobunaga não estava olhando pra mim como se pensasse isso.)

Nobunaga: “Me conta mais sobre você.”

MC: “Eu, no geral?”

Nobunaga: “Sim.”

(Essa é uma pequena mudança. Até agora tem sido eu que fazia as perguntas sobre ele.)

MC: “Por que está perguntando sobre mim de repente?”

Nobunaga: “Eu quero te entender melhor.”

(Eu nunca esperava ouvir isso dele.)

Ele olhou pra mim de uma maneira calorosa e amigável.

(Tenho certeza que ele só está repetindo minhas palavras. Mas parece bom.)

Alegremente, eu comecei a descrever á mim e minha vida no presente.

Nobunaga: “Então uma mulher pode ser a mestra da casa, e você administra a sua sozinha?”

MC: “Muitas mulheres fazem isso. Uma vez que você deixa seus pais, você está praticamente por conta própria.”

Nobunaga: “Parece um mundo bem livre. Mas seu marido não vive com você?”

MC: “Se eu tivesse um marido, você e eu seríamos bem diferentes! Mas não, eu não sou casada. Eu também não tenho um namorado no momento.”

Nobunaga: “Um namorado? O que é isso?”

MC: “Esqueci que essa palavra é bem moderna. Significa um homem com quem você está tendo uma relação romântica.”

Nobunaga: “Entendo. Então, você não tem um namorado.”

Ele parecia satisfeito com isso.

(Se um cara dissesse isso pra mim no presente, eu diria: “e eu não estou no mercado à procura de um.”)

(Mas quando Nobunaga diz isso, é estranhamente fofo.)

Ele me fez mais perguntas e eu continuei a respondê-las.

Ao invés de perguntar sobre o mundo, história ou tecnologia, ele me perguntava detalhes comuns sobre minha vida.

Ele seguia minhas respostas com mais perguntas, impaciente para escutar o que eu tinha a dizer.

(Nobunaga está verdadeiramente mostrando algum interesse em mim.)

Nós somos duas pessoas que supostamente nunca deveriam ter se encontrado.

Nossos valores, a era em que vivíamos, eram tão diferentes que nós mal poderíamos entender um ao outro.

Apesar disso, eu quis entende-lo. E parecia que ele estava fazendo o mesmo.

(Ele se sente da mesma maneira que eu? Ele quer que nós dois nos tornemos algo mais?)

Ridículo como isso era, o pensamento me dava borboletas no estomago.

Nós conversamos por horas, até o sol começar a se pôr.

O céu era uma limpa tela de pintura amarela ardente e laranja.

MC: “Que lindo pôr do sol.”

Nobunaga: “Suponho que sim.”

Nobunaga: “Eu nunca parei para admirar o sol se pondo antes.”

Nobunaga: “Mas é uma visão agradável.”

Gentilmente sendo balançada pelo cavalo, tranqüila nos braços do Nobunaga, eu deixei a visão do pôr do sol ser absorvida pelos meus olhos.

Eu sabia dentro de mim que esse era um dos momentos que eu seria sempre capaz de me lembrar.

(Era como se não estivéssemos entrando em uma batalha absolutamente.)

(Eu desejo que esse momento pacífico possa durar pra sempre.)

.......................

Estava escuro quando o exército chegou na sua parada: um campo pequeno comandado por um daimyo sob a jurisdição do clã Oda.

???: “Lorde Nobunaga! Lorde Ieyasu! Lorde Masamune! Bem vindos!”

(Esse é o daimyo?)

Nós todos paramos para olhar o sorridente homem pequeno que veio nos cumprimentar com tanto entusiasmo.

Nobunaga: “Yorimasa. Já faz algum tempo.”

*Cap. 7 – (4/10) completo*



❖ Parte 5 



Nobunaga: “Yorimasa. Já faz algum tempo.”

Nobunaga desmontou do cavalo. Um homem de meia idade, parecendo menor por estar tão curvado, correu até ele.

Ieyasu: “Você é o daimyo?”

Yorimasa: “Sim. Estou honrado além das palavras por ser capaz de hospedar vocês aqui.”

Daimyo Yorimasa se curvou profundamente, voltando com um sorriso enorme.

Masamune: “Agora calma! Nós é que estamos agradecidos por você nos deixar impor dessa maneira.”

Yorimasa: “Impor? Nada poderia estar mais longe da verdade!”

(Ele com certeza não poupa esforços para ser um anfitrião amável.)

Nobunaga: “Chega de cordialidades. Nos leve para onde ficaremos.”

Yorimasa: “Imediatamente!”

Esfregando as mãos juntas, Yorimasa nos guiou até uma pequena mansão.

....................

Um grupo de homens escondidos nas sombras das árvores assistia o grupo de Nobunaga segurando a respiração.

Kennyo: “Yorimasa fez bem em levá-los sem levantar suspeitas.”

Kennyo: “Agora ele só precisa fazer o resto.”

....................

(Eu não esperava receber um banquete!)

Eu estava de olhos arregalados com surpresa quando entrei na sala de jantar.

Uma fileira longa de bandejas de mesa estavam colocadas com sashimis cortados finos, faisão assado, e arroz branco fumegante.

Yorimasa: “Me desculpe, nossa sala não é grande o suficiente para caber todo mundo. Mas esteja certo que aqueles do lado de fora estão sendo servidos também.”

Yorimasa: “Por favor, relaxem durante sua estadia aqui.”

Nobunaga: “Você fez bem. Eu te elogio.”

Os generais e vassalos superiores estavam todos reunidos na sala, mais do que prontos para comer.

(Estou faminta. Eu acho que estou sem comer desde manhã!)

O faisão, em temperos aromáticos, atraiu meus olhos. Eu ouvi meu estômago roncar.

(Oops.)

Ieyasu: “O que foi esse som?”

MC: “Q-Quem sabe.”

Masamune: “O estômago dela roncou. Não tem necessidade de esconder isso.”

MC: “Bem, eu só acho que pessoas educadas não gostam de falar sobre isso!”

Ieyasu: “Por que você está gritando?”

Masamune: “Não fique envergonhada. Foi um som fofo. Como um gatinho tentando rosnar.”

MC: “Por favor parem de falar nisso!”

Nobunaga: “MC, vem aqui.”

MC: “O que é isso? Oh! Nobunaga está me chamando!”

(Obrigada, Nobunaga.)

Ele acenou pra mim do seu lugar no fim da sala.

(Uma maneira de escapar daquela conversa embaraçosa!)

MC: “Tenho que ver o que ele precisa!”

Eu lancei um rápido olhar para Ieyasu e Masamune antes de correr até o lado de Nobunaga.

Ieyasu: “Ela fugiu, Masamune.”

Masamune: “A moça tem estado grudada em Nobunaga como cola ultimamente. Parece que não tem espaço pra eu me infiltrar.”

Eu pude ouvir a risada deles atrás de mim.

Ignorando eles, eu me sentei ao lado de Nobunaga.

Nobunaga: “Vocês três pareciam estar tendo uma conversa divertida.”

MC: “Acredite em mim, você não perdeu nada.”

Nobunaga: “De jeito nenhum.”

Nobunaga: “Eu queria ouvir seu estômago roncar como um gatinho também.”

(Você me chamou até aqui pra isso?!)

Meu rosto estava queimando. Eu sabia que deveria estar vermelho brilhante.

MC: “Eu não sou um espetáculo! Agora come. A comida vai esfriar.”

Ao nosso redor, os homens já haviam começado a comer e beber.

Nobunaga se serviu um copo de sakê primeiro, me olhando através do copo com um sorriso.

Nobunaga: “Estou feliz em ter você por perto. Nunca é chato com você aqui.”

(Isso é verdade. Tédio nunca foi problema!)

Eu peguei meus pauzinhos e comecei a descontar minhas frustrações no faisão.

Mas na segunda ou terceira mordida, eu comecei a notar que algo estava estranho—

(Me sinto tonta, como se tivesse uma dor de cabeça.)

Então, minha garganta parecia que estava pegando fogo.

Eu a apertei, engasgando.

Nobunaga: “MC?”

(Eu acho que vou ficar doente!)

Minha visão embaçou, tudo ao meu redor ficou distorcido. Eu senti como se estivesse presa em uma névoa de calor.

E então, de uma só vez, eu perdi o controle do meu corpo. Eu caí pra trás.

Mas Nobunaga me pegou. Ele me segurou perto dele.

Eu mal conseguia ver sua boca se movendo, mas eu não conseguia compreender o que ele estava dizendo.

(O que está acontecendo comigo?)

Nobunaga: “MC!”

(Nobunaga--)

Seu braço estava firme, mas seus olhos estavam desesperados.

Foi a última coisa que eu vi antes de desmaiar—

*Cap 7 – (5/10) completo*


❖ Na próxima parte: Eu sobrevivi á armadilha de Kennyo, só pra acordar em um pesadelo.
 “Mas não tem diferença entre matar um homem e matar cem.” A voz de Nobunaga era fria.
Mesmo quando eu poderia chegar a um acordo com o horror das suas ações, eu não podia suportar a tristeza.
(Eu fui uma idiota quando pensei que queria passar o resto do meu tempo aqui com o Nobunaga. Eu não percebi o que significava me aproximar dele.)




❖ Parte 6 



Nobunaga: “Estou feliz em ter você por perto. Nunca é chato com você aqui.”

(Isso é verdade. Tédio nunca foi problema!)

Eu peguei meus pauzinhos e comecei a descontar minhas frustrações no faisão.

Mas na segunda ou terceira mordida, eu comecei a notar que algo estava estranho—

(Me sinto tonta, como se tivesse uma dor de cabeça.)

Então, minha garganta parecia que estava pegando fogo.

Eu a apertei, engasgando.

Nobunaga: “MC?”

(Eu acho que vou ficar doente!)

Minha visão embaçou, tudo ao meu redor ficou distorcido. Eu senti como se estivesse presa em uma névoa de calor.

E então, de uma só vez, eu perdi o controle do meu corpo. Eu caí pra trás.

Mas Nobunaga me pegou. Ele me segurou perto dele.

Eu mal conseguia ver sua boca se movendo, mas eu não conseguia compreender o que ele estava dizendo.

(O que está acontecendo comigo?)

Nobunaga: “MC!”

(Nobunaga--)

Seu braço estava firme, mas seus olhos estavam desesperados.

Foi a última coisa que eu vi antes de desmaiar—

......................

(Ugh. O que foi aquilo?)

Eu acordei em um quarto estranho.

Ieyasu: “Você acordou?”

MC: “Ieyasu, é você?”

Eu estava deitada na cama. Olhando ao redor, eu percebi que esta deve ser a mansão em que nós estamos hospedados.

Meu corpo estava suado e levou uma dose extra de força para eu conseguir me sentar.

Ieyasu: “Eu ficaria na cama. Você ainda não está bem.”

Ieyasu estava sentado ao meu lado.

MC: “Minha garganta ainda queima um pouco, mas eu me sinto bem.”

MC: “De qualquer forma, esse foi o pior caso de intoxicação alimentar que eu já tive.”

Ieyasu: “Intoxicação alimentar. A comida continha uma toxina de ação lenta.”

MC: “A comida estava envenenada?! O-o quê aconteceu com todo mundo?”

Ieyasu: “Uma parte de nós está bem. Mas a maioria dos rapazes que estavam lá fora e que começaram a comer foram envenenados.”

MC: “Eles estão bem?!”

Ieyasu: “Sim. Graças ao grande espetáculo quando você desmaiou, nós descobrimos e chegamos a todos em tempo.”

(Estou tão aliviada! Isso teria sido horrível.)

Ieyasu: “Mas vai levar um dia ou dois antes de todos estarem prontos para se movimentarem novamente. Estamos presos aqui.”

MC: “Entendo.”

MC: “Vocês devem ter encontrado um médico para tratar a todos, certo? Eu gostaria de agradecer pessoalmente seja ele quem for.”

Ieyasu: “....Era eu.”

MC: “Você tratou todo mundo?”

Ieyasu: “Eu só analisei do que era feita a toxina e fiz o antídoto. Isso é tudo.”

Ieyasu: “Eu deixei os cuidados com os doentes para os outros.”

MC: “Isso é tudo? Ieyasu, você é incrível.”

Ieyasu: “Q-Quê?”

MC: “Você salvou minha vida. Obrigada.”

Ieyasu parecia envergonhado.

Ieyasu: “Você pode não me agradecer? Isso não vai te dar pontos.”

(Alguém fica envergonhado fácil! Acho que é daí que vem a abrasividade.)

Ieyasu: “De qualquer forma, você deveria agradecer ao Nobunaga.”

*Cap. 7 – (6/10) completo*



❖ Parte 7 



Ieyasu: “De qualquer forma, você deveria agradecer ao Nobunaga.”

MC: “Não entendi.”

Ieyasu: “Ele fez você vomitar a toxina depois que você desmaiou.”

Ieyasu: “E também foi ele que te carregou até aqui.”

(Ele fez tudo isso? .....Incluindo me fazer vomitar na frente de todo mundo?)

Eu estava lentamente relembrando os fragmentos do que aconteceu antes de eu desmaiar.

Mas a memória mais clara era do Nobunaga me segurando em seus braços.

Ieyasu: “Foi o pensamento rápido dele que fez com que meu medicamento funcionasse tão rapidamente em você.”

Ieyasu: “Sorte sua em ser a favorita do Nobunaga. Talvez seja ele o amuleto da sorte.”

MC: “Wow, que? Eu não sou a favorita dele.”

Ieyasu: “Do que mais você chamaria isso?”

Ieyasu: “Porque eu nunca vi Nobunaga tão perturbado como ele estava quando você apagou.”

MC: “Sério? Bem, agora você vai ter que me contar.”

Ieyasu: “Ele não entrou em pânico, não chorou, nem nada. Mas ele—“

Ieyasu de repente parou, e eu não sabia dizer o porquê.

MC: “Continue. Não pare aí!”

Ieyasu: “Não é nada.”

(Isso é insuportável. Eu quero saber!)

MC: “Nós sabemos quem foi o responsável por isso? Se isso afetou tantas pessoas, então com certeza deve ser—“

Ieyasu: “Sim, daimyo Yorimasa.”

MC: “Como ele pôde fazer isso?”

........

<Lembrança>

Yorimasa: “Me desculpe, nossa sala não é grande o suficiente para caber todo mundo. Mas esteja certo que aqueles do lado de fora estão sendo servidos também.”

Yorimasa: “Por favor, relaxem durante sua estadia aqui.”

Nobunaga: “Você fez bem. Eu te elogio.”

<Fim da lembrança>

.........

(Ele planejou envenenar a todos enquanto vestia um sorriso no seu rosto.)

MC: “Nossa estadia aqui, a recepção calorosa, era tudo uma armadilha.”

Ieyasu: “Nada mal. Você está derramando um pouco da sua ignorância.”

Ieyasu: “Nós só tivemos que empurrar um pouquinho pra que eles se confessassem.”

Ieyasu: “A família que governa essa terra tem sido leal aos Oda por gerações.”

Ieyasu: “Mas a ganância de Yorimasa fez com que ele vendesse Nobunaga.”

(Wow, isso foi imprestável da parte dele!)

MC: “Se ele vendeu Nobunaga, então ele vendeu para alguém. Quem está por trás disso?”

Ieyasu: “O homem disposto a envenenar uma sala cheia de pessoas só para pegar Nobunaga? Não fique surpresa quando eu te disser quem foi.”

Ieyasu: “Foi Kennyo. Foi ele quem subornou o daimyo.”

*Cap. 7 – (7/10) completo*


❖ Parte 8 



Ieyasu: “O homem disposto a envenenar uma sala cheia de pessoas só para pegar Nobunaga? Não fique surpresa quando eu te disser quem foi.”

Ieyasu: “Foi Kennyo. Foi ele quem subornou o daimyo.”

(Mesmo com todo o caminho até aqui, Kennyo ainda está atrás da vida do Nobunaga.)

..........

<Lembrança>

Ieyasu: Não seja dramático. Põe pra fora.”

Mitsunari: “É Kennyo, ex-abade de Hongan-ji.”

.............

Kennyo: Eu me chamo Kennyo, e eu sou um monge viajante. Talvez eu possa ser de alguma ajuda para você?”

MC: “Obrigada, mas não obrigada. Estou bem sozinha.”

Kennyo: “Você deveria voltar rapidamente para casa. Demônios espreitam as florestas á noite.”

<Fim da lembrança>

...........

(Hideyoshi e Mitsunari supostamente estão procurando por ele.)

(Mas na verdade ele estava nos seguindo!)

O medo apertou meu peito, sabendo que Kennyo estava perto, e que ele quase obteve sucesso em tirar nossas vidas.

MC: “Ieyasu, como eu posso ajudar?”

Ieyasu: “Ficando aqui.”

Com essa declaração brusca, Ieyasu levantou.

Ieyasu: “Você parece bem, mas precisa descansar.”

Ieyasu: “Não é como se qualquer um de nós pudesse fazer alguma coisa agora. Metade da nossa tropa está imobilizada.”

Ieyasu: “Até nós descobrirmos qual será o próximo passo, durma um pouco.”

(É verdade que eu não me sinto bem o suficiente para pegar uma lança e ir caçar Kennyo--)

MC: “Ok, eu vou. Obrigada Ieyasu.”

Ieyasu: “....Para de me agradecer.”

Ieyasu: “Pega leve essa noite, certo?”

A expressão dele finalmente suavizou enquanto ele saia.

(Estou tão feliz em ouvir que ninguém morreu.)

(Entretanto, as coisas podem não ser tão fáceis daqui em diante.)

Eu não sabia que horas eram, apesar de ser tarde da noite.

Depois dos passos de Ieyasu terem desaparecido, a mansão ficou silenciosa. De repente me senti inquieta.

(Está silencioso. O local estava ativo como uma colmeia durante uma festa.)

(E com o envenenamento, você pensaria que teriam mais pessoas por perto. Mas parece vazio.)

O som de passos me tirou dos meus pensamentos.

Nobunaga: “Ieyasu me contou que você estava acordada.”

MC: “Oh, Nobunaga. Sim.”

Com um fácil movimento, ele entrou no quarto e se sentou ao meu lado.

Nobunaga: “Você está livre do veneno?”

MC: “Sim. Eu acho que devo agradecer ao seu rápido pensamento por isso.”

MC: “Obrigada por salvar minha vida. De novo.”

Nobunaga: “Não, não me agradeça.”

A voz do Nobunaga estava um pouco rouca, mas ele parecia calmo.

(Ele não parece perturbado pra mim. Ele parece bem desinteressado.)

(Ieyasu deve ter percebido errado.)

Eu não podia acreditar que eu estava decepcionada com isso. Eu lancei outro olhar no rosto do Nobunaga.

(O que é isso na sua bochecha?)

Eu coloquei as mãos nos seus ombros e o trouxe para perto. Havia um pingo de alguma coisa no rosto dele.

Nobunaga: “O que foi?”

MC: “Nobunaga, isso é sangue?”

Nobunaga: “Parece que eu esqueci um lugar.”

Ele limpou o pingo, apesar de ter deixado uma mancha vermelho claro.

MC: “...Você se machucou?”

Nobunaga: “Não. O sangue não é meu.”

*Cap. 7 – (8/10) completo*



❖ Parte 9 



MC: “...Você se machucou?”

Nobunaga: “Não. O sangue não é meu.”

(Nobunaga. Você não.)

Um suor frio veio sobre mim.

O silêncio da mansão era tão alto que zumbia intolerantemente nos meus ouvidos.

MC: “O que você estava fazendo antes de vir me ver?”

Nobunaga: “Ieyasu te contou quem foi o responsável pelo envenenamento, não é?”

MC: “Sim.”

Nobunaga: “Então deve ser óbvio o que eu estava fazendo.”

(Por que matar alguém tem que ser “óbvio”?!)

MC: “Você matou o daimyo, não é?”

Nobunaga: “Você acha que ele poderia ter envenenado metade do meu exército agindo sozinho?”

MC: “Que?”

Nobunaga encolheu os ombros sem emoção.

Nobunaga: “Eu matei ele e todos que voluntariamente o ajudaram.”

(Oh Deus.)

O sangue em minha veia se tornou gelo.

Nobunaga: “MC? Você está pálida. É o veneno?”


Opções:

1- “Não é o veneno.”
2- “Eu estou bem. Mas—“ (escolhida) 
3- “É isso que está na sua mente?”


MC: “Eu estou bem. Mas o que você fez—“

Nobunaga: “Estou aliviado por você estar melhor.”

(Como ele pode me cortar com um olhar tão gentil? Depois do que ele acabou de me dizer?)

Quanto mais gentileza eu via no seu olhar, mais meu coração sentia como se tivesse sendo espremido.

MC: “Ieyasu disse que essa família tem sido leal à sua por gerações.”

MC: “Como você pôde ter feito algo tão inumano?”

Nobunaga: “A morte deles foi rápida e indolor.”

MC: “Eu não entendo! Você poupou os homens que se revoltaram contra você!”

Nobunaga: “Existe uma diferença entre aqueles que se juntaram à você recentemente, e aqueles que te servem há gerações.”

Nobunaga: “Se alguém tão próximo a você te apunhala pelas costas, eles nunca retornarão para o seu lado.”

Ele disse essas palavras como um mantra. Elas desapareceram pela noite antes dele falar novamente.

Nobunaga: “Você deve perfurar uma ferida podre.”

Nobunaga: “Ou então a doença irá te comer por dentro.”

(De onde veio isso?)

Seus olhos frios se estreitaram no que eu pensei que poderia ter sido tristeza.

Mas eles rapidamente voltaram ao normal.

Nobunaga: “Se isso é tudo que você tem pra perguntar, então esta conversa está encerrada.”

MC: “Você não precisa declarar quando está acabado!”

MC: “Eu preciso saber, você sentiu alguma coisa quando você matou aquelas pessoas?”

Nobunaga: “Você sabe a resposta pra isso.”

MC: “As pessoas aqui fizeram algo horrível com seus homens. Eles tentaram matar eles.”

MC: “Mas no final, eles não conseguiram. Mesmo assim, você os matou!”

Nobunaga: “É o número que te incomoda? Você preferia que eu tivesse matado só o Yorimasa?”

Nobunaga: “Mas não tem diferença entre matar um homem e matar cem.”

(Que! Ele honestamente acredita nisso?!)

MC: “É claro que tem diferença! As vidas individuais são assim tão pequenas pra você?”

Nobunaga: “Nenhuma vida é pequena.”

Eu abri minha boca pra falar.

Mas eu não conseguia pensar em mais nada pra dizer à sua resposta silenciosa.

.............

<Lembrança>

MC: “Eu não acho que é certo tirar a vida de outra pessoa, seja qual for a razão pra isso.”

Nobunaga: “Eu nunca disse que era.”

(Oh?)

Nobunaga: “Em questão de vida ou morte, eu não acredito em certo ou errado.”

Nobunaga: “Mas se você está vivo, é uma perda de tempo não fazer o que você pretende.”

Nobunaga: “E eu pretendo remover todos que ficarem no meu caminho, pela morte se for necessário.”

Nobunaga: “Por toda a vida que é perdida, eu me torno mais determinado em ver minha visão se tornar realidade.”

<Fim da lembrança>

............

Eu me lembrei da nossa conversa da outra noite. Uma emoção impronunciável queimou no meu peito.

(Nobunaga valoriza sim a vida.)

(Ele tomou a decisão de matar mesmo sabendo que o que ele faz é horrível.)

(Ele não pensa que ele está certo, ele pensa que é o que deve ser feito. Mas--)

Nobunaga: “Você ficou quieta de novo.”

Nobunaga: “Nada parece melhorar seu humor. Você tem certeza que não é o veneno?”

*Cap. 7 – (9/10) completo*



❖ Parte 10 



Nobunaga: “Nada parece melhorar seu humor. Você tem certeza que não é o veneno?”

Nobunaga olhou pra mim, franzindo a testa.

MC: “Realmente não é.”

Nobunaga: “Então talvez seja o tédio da nossa viagem.”

MC: “Realmente não é isso também.”

Nobunaga: “Eu prometi que iria te entreter essa noite.”

Nobunaga: “Espere aqui. Eu vou arrumar um jogo de Go para nós.”

(Oh pelo amor de--)

MC: “Eu não vou jogar Go com você essa noite!”

A sua expressão confusa me deixou furiosa.

Nobunaga: “Por que não?”

MC: “Por que você não entende?”

Eu olhei pra ele, esperando, mas nada apareceu no seu rosto.

Se ele não entendeu depois de tudo o que eu disse, eu não tenho outra maneira de fazê-lo entender.

Nobunaga: “MC?”

Nobunaga lentamente levou sua mão até mim.

Ele tocou meu rosto como se estivesse tocando uma estátua de vidro.

E ele fez isso com os mesmos dedos que limparam o sangue da sua bochecha.

(Como ele pode me tocar como se eu fosse um tesouro precioso?)

(Com mãos que acabaram de tirar vidas?)

Nobunaga nunca me forçou a fazer nada que eu não queria, e ele me mostrou um lado gentil que outros raramente vêem.

Mesmo vindo dos dias modernos, eu penso que sua ambição é nobre, e eu quero ver ele conquistá-la.

Ele inspirava respeito nos outros, tanto quanto inspirava medo. Ele era esperto e aplicado na lógica. Um homem verdadeiramente admirável.

Mas ainda havia alguma coisa profundamente, incrivelmente errada com ele.

MC: “Não me toque. Não depois do que você fez.”

Eu tirei a mão dele de mim.

Nobunaga: “MC—“

Nobunaga: “Eu realmente não entendo essa teimosia. Tudo bem. Eu imagino que você vá se sentir melhor depois do nosso jogo.”

(Ele deve pensar que eu estou respondendo pra ele da maneira que eu normalmente faço.)

Nobunaga: “Nós vamos jogar aqui. Eu volto logo.”

Sem um traço de irritação ou raiva, Nobunaga saiu.

(Eu fui uma idiota quando pensei que queria passar o resto do meu tempo aqui com ele.)

(Eu não percebi o que significava me aproximar dele.)

Hoje a noite não era uma exceção. Nós estávamos indo para a guerra.

Nobunaga já havia matado antes de me encontrar, e ele vai continuar matando depois que eu for embora.

Ele sabe o peso de tirar vidas, mesmo assim ele fará isso incontáveis vezes mais. Impiedoso, pelo bem da sua grande ambição.

Saber disso não me deixava com medo. Me deixava triste e confusa.

(Eu não sei como encarar ele. Eu não sei como chegar a um acordo com isso tudo.)

(Quando ele me acariciar com mãos encharcadas de sangue, eu poderei apreciar esse toque?)

Eu me levantei e sai do futon, minha cabeça doía.

Eu deixei a mansão antes do Nobunaga voltar.

(Parece que não vai amanhecer por um tempo.)

A lua se pendurava no céu do sul. A estrelas brilhavam contra a tela de noite clara.

Querendo ficar sozinha, eu andei pra fora da cidade, pegando um caminho em direção á floresta.

(Eu não vou fugir. Eu irei ver Nobunaga amanhã.)

(Mas até lá, eu quero um tempo para lidar com meus sentimentos.)

Eu segui o caminho a pé sem rumo por um tempo, até—

(Tem mais alguém aqui?)

Uma sombra escura caiu sobre mim.

Kennyo: “Você veio apreciar a luz da lua, jovem senhorita?”

Antes que eu pudesse pensar em lutar, meus braços estavam presos.

Homens de preto armados surgiram da escuridão, me cercando.

Eu me virei para ver o homem que me segurava. A cicatriz em seu rosto torcia com seu sorriso.

Kennyo: “Você e eu nos encontramos antes em Kyoto, sim? Eu te dei um bom conselho, e estou triste que você escolheu ignorá-lo.”

Kennyo: “Demônios espreitam as florestas á noite. Veja-os e você morrerá.”

(Kennyo!)


**Capítulo 7 completo**



 Próximo Capítulo: Foi preciso fugir de Nobunaga para finalmente perceber o que sentia sobre ele—
(Nobuaga não esta congelado até o coração. Ele só não reconhece as partes dele que são calorosas.)
Nobunaga olhou pra mim, sua voz era um baixo sussurro. “Eu não entendo. Eu não entendo o porquê me sinto dessa maneira.”








● Capítulo 7 (partes 1 a 5) - Pelo ponto de vista dele ●

(ATENÇÃO: Você só consegue ler essa parte do capítulo no jogo se estiver fazendo a rota do Nobunaga pela segunda vez e escolhido a opção de ler a rota pelo ponto de vista dele (conforme a figura abaixo). Isso só é possível nas partes de 1 a 5, a partir da parte 6, a história volta a ser narrada pela MC.)





✶ Parte 1


O dia de partirmos para atacar a guarnição do castelo Uesugi chegou—

Nobunaga: “MC”

MC: “Nobunaga.”

MC brilhou quando ela me viu. Eu ofereci minha mão á ela.

Nobunaga: “Você está pronta? Suba.”

MC: “Estou pronta!”

(Uma boa resposta.)

Com um sorriso revigorante, ela colocou sua mão na minha.

Nobunaga: “Excelente.”

Nobunaga: “Ouça atentamente. Sua vida é minha, e eu vou protegê-la. Fique perto.”

MC: “Eu não tenho tanta certeza sobre a quem minha vida pertence, mas eu confio em você pra me proteger.”

Eu ajudei ela a subir no meu cavalo e a coloquei na minha frente.

Mãos segurando livremente as rédeas, eu levei meu cavalo para frente das tropas.

(Eu não estou trazendo ela porque eu a chamo de amuleto da sorte.)

(Isso sempre foi uma desculpa para mantê-la por perto.)

(Eu quero ver o que ela vai ver. Eu quero ouvir o que ela vai dizer.)

(Eu não quero perder um único momento com ela.)

Quanto mais eu aprendia sobre a MC, mais eu sentia esse impulso desconhecido que fluía em mim.

Assim, minhas forças, totalizando em torno de 10.000 homens, partiram de Azuchi em direção ao castelo de Kenshin Uesugi.

............

Muitas horas depois de ter partido de Azuchi, o exército estava fazendo um progresso constante.

Guiando meu cavalo, eu acompanhei o olhar da MC. Mas tudo que eu via eram planícies vazias.

(O que ela está olhando?)

Havia algumas cotovias no céu, mas era só isso.

(Eu não vejo nada de interessante.)

Nobunaga: “Você parece pensativa, MC.”

Eu observei seu rosto, esperando ela responder.

Tirada de seus pensamentos, ela se virou para olhar pra mim.

Nobunaga: “O que você está pensando?”

MC: “Eu estava me perguntando porque estamos nos movendo tão devagar. O objetivo não é parar o outro lado antes que eles tenham chance de se preparar?”

(Entendo. Então é assim que MC enxerga isso.)

Nobunaga: “Nós temos que fazer isso. Ir mais rápido irá cansar os soldados que estão a pé antes de nós chegarmos.”

Nobunaga: “Nós estamos á salvo de ataques enquanto estivermos nos domínios de Owari. Não tem necessidade de forçar a marcha.”

MC: “Parece que você pensou muito no bem estar dos seus homens.”

(Ela pensa que eu estou mimando esses guerreiros?)

Nobunaga: “Essa é uma maneira inocente de ver isso.”

Eu ri, indicando a longa extensão das minhas forças.

Nobunaga: “Não é o bem estar dos meus homens, é como eu, como comandante, domino minhas forças.”

Nobunaga: “Se eu não puder usar bem minhas peças, então não faz sentido trazê-los.”

Todos aqui são pedras na minha vasilha. Uma peça a se colocar para alcançar minha ambição.

(Todas essas vidas são minhas para usar como eu acho conveniente.)

(Assim, eu devo me certificar que nenhum deles seja perdido.)

(Eu irei usar tudo a minha disposição para vencer essa guerra.)

Sentindo o olhar da MC em mim, eu olhei pra ela.

(MC?)

Sua expressão era estranhamente problemática. Fez meu coração se agitar.

Nobunaga: “O que foi?”

MC: “Nada.”

Ela voltou a olhar em direção ás planícies vazias.

(Não parece ser nada.)

(Claro. Dado o quanto MC é excitável, eu vejo o que está a perturbando agora.)

Nobunaga: “Nosso ritmo lento está te aborrecendo?”

MC: “Eu ficar quieta está te aborrecendo?”

Nobunaga: “De jeito nenhum. Ao anoitecer nós vamos parar na residência de Yorimasa, um daimyo local.”

Nobunaga: “Lá nós poderemos entreter um ao outro melhor.”

As bochechas da MC coraram.

MC: “Nobunaga, eu não estou aborrecida. Eu estou curtindo o ritmo.”

Nobunaga: “É isso mesmo?”

(Eu ainda não a entendo, mas se ela está se divertindo, então está bem.)

Nobunaga: “Então eu espero que você esteja de bom humor quando nós dividirmos um quarto essa noite.”

*Cap. 7 – (1/10) completo*



✶ Parte 2


Nobunaga: “Então eu espero que você esteja de bom humor quando nós dividirmos um quarto essa noite.”

(A fim de entender você, eu preciso te manter ao meu lado tanto quanto for possível.)

(Mas esse não é o único motivo.)

Eu fiquei muito envolvido na aposta que comecei com a MC.

Meu coração batia com entusiasmo quando eu a beijava, se tornando quase insuportável quando ela respondia com um pequeno gemido sussurrado.

Apesar de essas coisas terem começado como meras diversões, agora eu as acho vitais.

(E eu posso dormir quando eu estou com ela.)

(Não tem nada mais confortável.)

Mas MC perdeu seu bom humor quase que imediatamente.

MC: “Nós não vamos dividir um quarto! Eu vou pedir uma troca de quarto!”

Nobunaga: “Por quê?”

MC: “Por quê? Porque—“

MC mordeu os lábios, suas bochechas foram lentamente ficando vermelhas.

(Eu gosto da maneira que ela fica apaixonada também.)

(A luz em seus olhos, o vermelho nas suas bochechas, é hipnotizante.)

Nobunaga: “Não posso dormir sem um travesseiro.”

MC: “Então você deveria ter comprado um.”

Eu tirei uma mão da rédea e esfreguei a coxa da MC.

Nobunaga: “Eu comprei, e graças a ela, eu tenho sido capaz de dormir muito bem.”

MC: “Não me acaricie sem avisar.”

Nobunaga: “Então eu te aviso da próxima vez.”

MC: “Correção. Não me acaricie.”

Nobunaga: “Seu colo é meu território.”

(Mas eu só faço isso por causa de como você faz eu me sentir.)

Nobunaga: “Eu não preciso te relembrar.”

Eu suspirei, fingindo exaustão.

A boca da MC se fechou em uma linha apertada enquanto ela parecia procurar palavras para me contrariar.

(Eu não vou te dar tempo pra isso.)

Nobunaga: “Meu domínio não para no seu colo também.”

Eu agarrei suavemente o seu pulso, trazendo ele para meus lábios.

Nobunaga: “Aqui foi onde eu comecei minha conquista.”

Eu passei seus longos e delicados dedos pelos meus lábios, um por um.

Eu peguei cada um no último segundo, usando meus dentes e mordendo suavemente. Ela estremeceu.

(Ela é fácil de satisfazer.)

(Mas eu quero mais.)

Eu deixei meus impulsos me guiarem, e entrelacei meus dedos nos cabelos da MC.

Nobunaga: “Depois, eu conquistei isso.”

Eu removi vários bloqueios, deixando sua orelha desprotegida.

Eu mordi suavemente sua carne macia, então passe minha língua ao redor da borda.

Ela era especialmente sensitiva á isso. Um clamor silencioso tremeu por trás de seus lábios.

MC se curvou em minha direção. Eu a peguei e a apoiei com a mão.

Ela se sentou de volta e apressadamente olhou em nossa volta.

Foi quando eu percebi o olhar curioso dos homens.

(Hmm? Ela está preocupada sobre os outros verem?)


Opções:

1- “Todo mundo está olhando.” (escolhida) 
2- “Você não está com vergonha?”
3- “Eu não sou diversão!”


MC: “Nobunaga. Eu acho que você deve saber que agora está todo mundo olhando para nós.”

Nobunaga: “E?”

Nobunaga: “Tudo que me importa é você.”

(Nada disso seria motivo suficiente para eu parar.)

Eu me aproximei por trás dela e acariciei sua traseira, terminando com um leve aperto.

Exatamente como eu pensei, ela soltou uma pequena súplica, uma que eu estava próximo o suficiente para ouvir.

MC: “Mm, ahh--!”

Ela estava exalando calor através do seu kimono, calor que eu podia sentir quando ela se pressionou contra mim mais uma vez.

Nobunaga: “Uma súplica adorável. É uma pena nós estarmos em cima de um cavalo agora.”

Eu ri, me virando para poder ver seu rosto melhor.

(Eu suponho que é agora que ela vai ficar realmente irritada comigo.)

MC: “Você não pode simplesmente fazer o que quiser comigo!”

(Impressionante. Justamente como eu antecipei!)

MC: “Se você tentar algo mais, eu tenho meus planos!”

Nobunaga: “Uma ameaça corajosa.”

Eu brinquei com o lóbulo da orelha da MC.

Nobunaga: “Me conta quais são esses seus planos.”

(Estou ansioso para ver o movimento que ela fará em resposta.)

MC: “Esse é seu último aviso. Tente qualquer coisa—“

MC: “E eu vou fazer cócegas em você!”

Nobunaga: “Que! Não--!”

Eu tirei minhas mãos e cobri meu pescoço.

Nobunaga: “E-Eu vou te matar. Eu ameacei que iria—“

(Não existe situação em que isso seja aceitável. Nenhuma!)

Eu estava a encarando fixamente, mas a MC só riu.

MC: “Qual o problema? Gosta do calor, mas não agüenta o fogo?”

Nobunaga: “Isso—“

(Ela pensa que eu estou brincando? Quem é essa mulher?!)

Nobunaga: “Isso não é motivo pra rir, MC. Estou falando sério.”

MC: “Estou falando sério também. Toda vez que você me agarrar sem permissão, eu vou te fazer cócegas.”

(Não! O que ela está fazendo? Ela não vai me fazer cócegas agora, vai?”

Eu vi as mãos dela se aproximando. Eu me inclinei pra trás na sela para escapar.

Nobunaga: “Eu não permitirei isso. Eu não vou deixar você me fazer cócegas!”

*Cap. 7 – (2/10) completo*



✶ Parte 3


Nobunaga: “Eu não permitirei isso. Eu não vou deixar você me fazer cócegas!”

(Como eu pude esquecer que ela sabe meu ponto fraco!)

Eu nunca senti arrependimento, mas o que eu sentia agora era bem próximo disso.

MC: “Volta pra cá. Se você se inclinar mais, você vai cair do cavalo.”

MC: “E eu ouvi dizer que cair pode ser bem doloroso.”

Com uma risada, MC me puxou pelo braço, me trazendo de volta a posição normal.

Nobunaga: “Eu só estou tentando escapar de você.”

MC: “Eu não vou realmente fazer cócegas em você, Nobunaga.”

(Ela estava mentindo pra mim?)

MC sorriu, seu rosto inocente se iluminou com uma risada.

(Quando ela sorri desse jeito, eu não consigo ficar bravo com ela.)

De fato, era contagioso. Eu senti isso em mim.

Nobunaga: “Meu amuleto da sorte deve ser uma maldição ao invés disso.”

Mantendo umas das mãos nas rédeas, eu envolvi meu braço ao redor da MC e a segurei perto de mim.

MC: “O que você está fazendo?”

Nobunaga: “Estou impedindo você de fazer qualquer um de seus truques.”

MC: “Eu realmente não vou fazer cócegas em você.”

Nobunaga: “Tarde demais. Eu não acredito em você.”

Olhando dentro dos seus olhos, eu senti que aquela risada que eu segurava finalmente saiu de mim.

Nobunaga: “Mas agora, se fizer cócegas em mim e me mandar pra fora do cavalo, você será levada pra baixo junto comigo.”

MC: “Isso definitivamente não parece nenhum pouco divertido.”

Nobunaga: “Esse é o motivo. Agora você vai ter que se comportar.”

MC: “Está bem, acho que você me derrotou. Eu vou parar com meus meios malignos.”

Nobunaga: “Vejo que vai.”

Era um sentimento novo, rir junto com a MC.

(Se qualquer outra pessoa tentasse me enganar dessa maneira, eu já estaria pronto para matá-la.)

(Mas a MC nunca fez eu me sentir dessa maneira. Ela me faz sentir--)

Era prazeroso. Uma forma simples, engraçada de sentir prazer.

(Eu nunca sofri um contra-ataque tão incapacitante antes.)

Nobunaga: “Foi um erro te usar pra curar meu tédio. Eu quase caí do meu cavalo.”

MC: “Isso é o que você ganha por tratar o corpo de alguém como diversão.”

Nobunaga: “Não era no seu corpo que eu estava interessado.”

Nobunaga: “Era em você.”

MC fez beicinho.

(O que essa expressão significa?)

Meu peito e minha garganta apertaram.

(O que é essa mulher, e o que é isso que ela está fazendo comigo?)

(O que é esse sentimento?)

Nobunaga: “Não fique irritada, MC.”

Eu fui atraído pela sua sobrancelha franzida. Eu a beijei gentilmente.

Ela parou de franzir a testa, parecendo lindamente perplexa.

(Eu quero saber mais sobre você.)

Nobunaga: “Me conta. Como era sua vida no seu tempo original?”

MC: “O que é esse interesse repentino?”

Nobunaga: “Não tem motivo. Eu só senti vontade de perguntar.”

(É um mistério pra mim que tipo de vida criaria uma pessoa como você.)

MC: “Eu vivia a vida como a maioria das pessoas do meu tempo viviam.”

(Ela vivia uma vida normal? Eu não consigo imaginar a vida das pessoas daqui 500 anos no futuro.)

MC: “Um trabalho de cinco dias na semana, onde eu levantava cedo para ir até o serviço e chegava tarde em casa. Dias de folga eram para tarefas e diversão—“

Nobunaga: “Qual era seu trabalho?”

MC: “Era trabalho de escritório. Nem vale a pena mencionar. Eu simplesmente me demiti e estava para começar um novo como designer de moda.”

MC: “É como uma costureira, mas eu desenho as roupas, escolho o tecido, coisas assim.”

Nobunaga: “Uma designer de moda?”

MC: “Você se lembra do Bearsace? Ele é um dos meus. Eu o desenhei e fiz ele a partir do rabisco.”

Nobunaga: “Então foi você que fez Bearsace!”

MC havia esquecido o Bearsace no meu quarto. Ele ainda está lá, em exibição ao lado de outras curiosidades.

(Eu me apeguei muito a ele. Uma prova das habilidades da MC. Ela deve uma mestra em costura no seu tempo.)

Nobunaga: “Eu ouvi do Masamune. Ele disse que você estava trabalhando com as costureiras do castelo.”

MC: “Eu estou. É um pouco diferente do que eu queria fazer, mas eu tenho estado muito feliz trabalhando com elas.”

(Seu rosto--)

Os olhos da MC brilhavam na luz do sol. Eu estava impressionado pela sua beleza.

MC: “Fazendo roupas para outras pessoas, encontrando a combinação perfeita, e vendo o olhar no rosto delas quando está pronto? Eu amo isso.”

Nobunaga: “Essa é a primeira vez que eu vejo você sorrir dessa maneira.”

MC: “Verdade? Fala sério. Eu já sorri muitas vezes antes—“

*Cap 7 – (3/10) completo*



✶ Parte 4


Nobunaga: “Essa é a primeira vez que eu vejo você sorrir dessa maneira.”

MC: “Verdade? Fala sério. Eu já sorri muitas vezes antes—“

Nobunaga: “Mas seus olhos não brilhavam da maneira que eles brilham agora.”

Nobunaga: “Isso é realmente o que você quer fazer por toda a vida, não é?”

MC: “Sim.”

(Ele realmente se joga no seu trabalho.)

Saber as particularidades da carreira da MC e a história do seu trabalho eram informações que não tinham valor pra mim, mesmo assim—

Ver o rosto da MC se iluminar da maneira que isso aconteceu fez meu coração se agitar.

Nobunaga: “Me conta mais sobre você.”

MC: “Eu, no geral?”

Nobunaga: “Sim.”

MC: “Por que está perguntando sobre mim de repente?”

Nobunaga: “Eu quero te entender melhor.”

Ela sorriu divertidamente com meu pedido.

Mas ela lentamente começou a explicar sobre sua vida. Eu ouvi com sincera devoção.

Nobunaga: “Então uma mulher pode ser a mestra da casa, e você administra a sua sozinha?”

MC: “Muitas mulheres fazem isso. Uma vez que você deixa seus pais, você está praticamente por conta própria.”

Nobunaga: “Parece um mundo bem livre. Mas seu marido não vive com você?”

MC: “Se eu tivesse um marido, você e eu seríamos bem diferentes! Mas não, eu não sou casada. Eu também não tenho um namorado no momento.”

Nobunaga: “Um namorado? O que é isso?”

MC: “Esqueci que essa palavra é bem moderna. Significa um homem com quem você está tendo uma relação romântica.”

(Entendo. “Namorado”. Um termo de 500 anos no futuro.)

(Essa é uma informação interessante.)

Nobunaga: “Entendo. Então, você não tem um namorado.”

Isso me tranquilizou, apesar de eu não saber dizer o porquê.

(Eu poderia ouvi-la sem nunca me cansar.)

Eu fiz à MC um fluxo quase interminável de perguntas—

Eventualmente o sol começou a se pôr, e o céu queimava em cores.

(Está próximo do anoitecer. Nós estamos tendo um bom tempo.)

(E eu aprendi muitas coisas sobre a MC hoje.)

(Essa informação provavelmente nunca se provará útil, mas eu me lembrarei dela de qualquer forma.)

Então me veio á mente.

(MC eventualmente irá voltar para sua própria era.)

(Eu me esqueci disso.)

O tempo da MC ficar ao meu lado estava se aproximando do fim.

Meu coração estava pesado. De repente, esses momentos com ela pareciam incrivelmente preciosos.

MC: “Que lindo pôr do sol.”

Nobunaga: “Suponho que sim.”

MC olhava para o horizonte, seu sorriso feliz brilhava com uma cor dourada.

O vento carregava seu cabelo, permitindo que ele brincasse e juntasse os reflexos da luz.

(Ela está certa. É lindo.)

Nobunaga: “Eu nunca parei para admirar o sol se pondo antes.”

Nobunaga: “Mas é uma visão agradável.”

(Assim como seu sorriso.)

Esse único pôr-do-sol, com a MC em meus braços, era indescritivelmente bonito.

Era uma visão que eu não desejaria esquecer.

...............

Estava escuro quando o exército chegou na sua parada: um campo pequeno comandado por um daimyo sob a jurisdição do clã Oda.

???: “Lorde Nobunaga! Lorde Ieyasu! Lorde Masamune! Bem vindos!”

(Aí está ele.)

Todos pararam quando o daimyo Yorimasa veio para nos cumprimentar.

Nobunaga: “Yorimasa. Já faz algum tempo.”

*Cap. 7 – (4/10) completo*



✶ Parte 5


Nobunaga: “Yorimasa. Já faz algum tempo.”

Yorimasa, o daimyo local e aliado do clã Oda, se aproximou de mim.

Ieyasu: “Você é o daimyo?”

Yorimasa: “Sim. Estou honrado além das palavras por ser capaz de hospedar vocês aqui.”

Ele se curvou profundamente, voltando com um sorriso enorme.

Masamune: “Agora calma! Nós é que estamos agradecidos por você nos deixar impor dessa maneira.”

Yorimasa: “Impor? Nada poderia estar mais longe da verdade!”

(Ele é tão adulador quanto me lembro dele.)

Nobunaga: “Chega de cordialidades. Nos leve para onde ficaremos.”

Yorimasa: “Imediatamente!”

Esfregando as mãos juntas, Yorimasa guiou os guerreiros até uma pequena mansão.

..............

Um grupo de homens escondidos nas sombras das árvores assistia o grupo de Nobunaga segurando a respiração.

Kennyo: “Yorimasa fez bem em levá-los sem levantar suspeitas.”

Kennyo: “Agora ele só precisa fazer o resto.”

....................

Yorimasa: “Me desculpe, nossa sala não é grande o suficiente para caber todo mundo. Mas esteja certo que aqueles do lado de fora estão sendo servidos também.”

Yorimasa: “Por favor, relaxem durante sua estadia aqui.”

Nobunaga: “Você fez bem. Eu te elogio.”

Passando pelo corredor, eu me sentei na ponta da sala, olhando pra ela toda.

(Nós estamos só há um dia fora de Azuchi, mas eu quero que os homens descansem o tanto quanto for possível antes da luta.)

(Esse banquete é perfeito para elevar o espírito de todos.)

(Eu tenho que agradecer ao Yorimasa pelo bom trabalho dele.)

Enquanto olhava para a luxuosa comida—

Eu avistei MC no centro da sala, rindo alegremente com Masamune e Ieyasu.

(Hmm?)

MC de repente ficou vermelha e apertou seu estômago.

Eu ignorei a comida e ouvi a conversa deles.

Ieyasu: “O que foi esse som?”

MC: “Q-Quem sabe.”

Masamune: “O estômago dela roncou. Não tem necessidade de esconder isso.”

MC: “Bem, eu só acho que pessoas educadas não gostam de falar sobre isso!”

(E mesmo assim você está gritando tão alto que toda a sala pode ouvir.)

Ieyasu: “Por que você está gritando?”

Masamune: “Não fique envergonhada. Foi um som fofo. Como um gatinho tentando rosnar.”

MC: “Por favor parem de falar nisso!”

(Talvez eu ofereça á ela uma escapatória.)

Nobunaga: “MC, vem aqui.”

MC: “O que é isso? Oh! Nobunaga está me chamando!”

Eu fiz sinal para MC vir. Ela olhou pra mim aliviada.

MC: “Tenho que ver o que ele precisa!”

Ieyasu: “Ela fugiu, Masamune.”

Masamune: “A moça tem estado grudada em Nobunaga como cola ultimamente. Parece que não tem espaço pra eu me infiltrar.”

Ieyasu e Masamune não se sentaram para comer, observando a MC com olhares entretidos.

Ela passou por eles e veio em minha direção.

Então ela se sentou com um suspiro aliviado, virando pra mim ansiosamente.

Nobunaga: “Vocês três pareciam estar tendo uma conversa divertida.”

MC: “Acredite em mim, você não perdeu nada.”

Nobunaga: “De jeito nenhum.”

Nobunaga: “Eu queria ouvir seu estômago roncar como um gatinho também.”

MC ficou muito vermelha, percebendo que eu havia a levado para uma armadilha de brincadeira.

MC: “Eu não sou um espetáculo! Agora come. A comida vai esfriar.”

(Ela é muito divertida.)

Ao redor da sala, os vassalos estavam começando a comer.

Eu, ao invés disso, enchi meu copo, segurando-o na mão enquanto observava a MC.

Nobunaga: “Estou feliz em ter você por perto. Nunca é chato com você aqui.”

Ela não me respondeu. Desviando o olhar, ela começou a comer.

Mas depois de algumas mordidas, ela parou de repente.

No começo, parecia que ela estava tentando limpar sua garganta, então ela a agarrou.

Nobunaga: “MC?”

Os palitinhos dela caíram da sua mão, fazendo barulho ao cair no chão.

Ela caiu pra trás.

Eu me movi por instinto, levando meus braços para pegá-la.

Seu corpo estava amolecido nos meus braços. Eu a trouxe pra perto.

Nobunaga: “MC!”

Apesar de eu gritar, seus olhos só se mexiam pra lá e pra cá, como se não pudessem focalizar.

Eu estava congelado por um arrepio indescritível.

(O que está acontecendo com ela?)

Nobunaga: “MC?! O que foi? MC!”

Seus olhos se fecharam, e meu coração gelado foi perfurado.

Eu entrei em pânico, apertando sua mão e chamando seu nome de novo e de novo.

(Eu não vou deixar isso acontecer!)

(Você não vai morrer enquanto eu estiver aqui!)

*Cap 7 – (5/10) completo*

✶ Na próxima parte: Eu sobrevivi á armadilha de Kennyo, só pra acordar em um pesadelo.
 “Mas não tem diferença entre matar um homem e matar cem.” A voz de Nobunaga era fria.
Mesmo quando eu poderia chegar a um acordo com o horror das suas ações, eu não podia suportar a tristeza.
(Eu fui uma idiota quando pensei que queria passar o resto do meu tempo aqui com o Nobunaga. Eu não percebi o que significava me aproximar dele.)


**O capítulo continua na parte 6 normalmente**


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