domingo, 16 de dezembro de 2018

Ikemen Sengoku Evento - “A Tragédia de Romiosuke e Julieko” - Yukimura Sanada


< Para ler os capítulos anteriores: Prólogo - Parte 1 - Parte 2 >


✩ Yukimura Sanada 







Yukimura: “Essa viagem foi cansativa. Vale o dobro para o teatro.”

Miyu: “Sim. Eu amei atuar com todo mundo, mas aquela cena de perseguição—“

Yukimura e eu estávamos no quarto dele em Kasugayama, pra onde nós voltamos logo depois da peça.

Miyu: “...Ah é. Eu acho que ainda temos o roteiro que Sasuke nos deu. Você deu uma olhada nele?”

Yukimura: “Ainda não. Eu pensei que foi meio estranho ele ter nos dado um roteiro depois da peça ter acabado.”

Eu concordei, relembrando das palavras do Sasuke—

.....

<Lembrança>

Sasuke:  “Aqui. Isso é pra lembrar você, Yukimura, que linguagem não é pra ser usada levianamente.”

Sasuke: “É ‘Romeu e Julieta’. Eu copiei da minha memória. É uma ótima peça sobre guerra e intrigas políticas.”

Sasuke: “Pratique com a Miyu. Eu tenho certeza que será conveniente para negociações com o inimigo e tal. Agora faça isso.”

<Fim da Lembrança>

.....

“Sem Tsundere”, estava escrito no roteiro. Eu me pergunto se o Yukimura sequer sabe o que isso significa.

(Sasuke só está tentando nos ajudar. Mas Yukimura é capaz de interpretar o Romeu?)

(...Eu realmente gostaria de ver isso.)

Yukimura: “...Mas que? Como ISSO é sobre intriga política?”

Miyu: “Você quer dar uma passada nele, de qualquer forma? Ele nos deu isso, afinal de contas.”

Yukimura: “Se você quiser, eu não me importo.”

(Yukimura vai ser meu Romeu?)

Eu queria que ele dissesse as falas românticas do Romeu pra mim. Apesar de eu saber que não ia ser fácil pra ele.

Ele examinou a página e, hesitantemente, começou a ler--

Yukimura: “ Que luz através...ali da janela....se rompe?”

Yukimura: “...Eis minha dama. É meu am-...?!”

Miyu: “Você parou.”

Yukimura: “Cansei! Terminei!”

Miyu: “Você leu UMA linha, Yukimura!”

Ele jogou o roteiro no chão como se fosse particularmente um inseto desprezível.

Yukimura: “Quem precisa de negociações? Se eu ver o inimigo, eu apenas luto com ele no campo de batalha.”

Miyu: “Sim, claro.”

Yukimura: “...Não só isso mal parece japonês, como é estranhamente meloso.”

(Eu não sabia que Yukimura teria ESSA reação tão forte a isso.)

Eu peguei o roteiro do chão e entreguei de volta a ele.

Miyu: “Meloso? Qual é, Yukimura! Você está desistindo muito fácil. É um desperdício de um bom roteiro.”

Yukimura: “Ah, cala a boca. Se você gostou tanto disso, por que não lê sozinha?”

(Isso é cruel! Eu só queria ver você ser um herói romântico!)

Miyu: “ÓTIMO! Eu acho que vou! Eu certamente não vou praticar com você!”

Agarrando o roteiro em meu peito, eu virei e me afastei do Yukimura.

...E fui imediatamente atingida pelo arrependimento.

(Ugh. Nós brigamos pelas coisas mais idiotas. Discutir durante a leitura do Romeu e Julieta!)

(Eu devia ter contado a ele que, honestamente, eu queria encenar uma cena romântica com ele--)

Yukimura: “...Ah, ei, olha. Não fica triste.”

Miyu: “Eu não estou triste—“

Yukimura colocou seus braços ao meu redor, me segurando apertado por trás.

Yukimura: “Romio e...uh, Julieko é uma história de amor, certo? Nós não devíamos brigar durante ela.”

Yukimura: “Me desculpa se fiquei aborrecido com você.”

Miyu: “Me desculpa também.”

Era engraçado, mas sentir ele tão perto curava meus sentimentos machucados.

Yukimura: “Eu não tenho certeza se consigo ler aquelas linhas enquanto estou olhando pra você, mas eu provavelmente posso ler elas por cima do seu ombro.”

Miyu: “Você está disposto a fazer isso?”

Yukimura: “Só dessa vez.”

Miyu: “É bom o suficiente pra mim.”

(Eu quero que a gente compartilhe algo romântico depois daquela briga.)

Eu segurei o roteiro pra nós dois. Yukimura e eu começamos a ler.

Miyu: “Romeu, como vens aqui? Diga-me, e por quê?”

Yukimura: “...Com as asas do amor eu....transvoei esses muros.”

Yukimura: “ Barreira alguma conseguirá deter o amor, e o amor pode realizar tudo o que ousa tentar.”

(...Oh. Ele realmente está fazendo isso.)

(Ele estava travado antes, mas está ficando melhor conforme acompanha.)

Eu estava ouvindo a poesia de Shakespeare ser falada suavemente em meu ouvido pelo meu amor verdadeiro. As batidas do meu coração pulsavam com uma doce excitação.

Yukimura: “...'A troca do voto fiel do teu amor pelo meu’. – Julieta, a próxima fala é sua.”

Miyu: “Oh! Hum, certo. Obrigada.”

Eu rapidamente procurei onde nós paramos. Yukimura riu.

Yukimura: “Hehe, você está envergonhada, não está?”

Miyu: “Psh. Não mais do que você.”

Yukimura: “Nah, muito mais do que eu.”

Eu senti minhas bochechas ficarem quentes.

(Estou vermelha. Dou esse crédito a ele. Mas não é por vergonha.)

Miyu: “Eu não pensava que você fosse levar isso a sério, Yukimura.”

Yukimura: “Quando comecei a ler isso, eu pude meio que entender o que Romeu estava pensando.”

Miyu: “Eu não imaginaria isso.”

Yukimura: “Eu não sou tão cabeça dura, sou?”

Miyu: “Não é isso. Eu só nunca imaginei que você iria gostar de uma história de amor.”

(Eu pensei que ele diria que era ridícula.)

Yukimura me segurou um pouco mais apertado.

Yukimura: “O que eu posso dizer? Eu me apaixonei por você, não foi?”

(Oh!)

Meu coração deu um pulo ao ouvir ele finalmente falar a vontade sobre o amor.

Yukimura: “Quero dizer, nós nos encontramos como esses dois. Não percebendo que estávamos em lados opostos.”

Miyu: “Você está certo.”

(Apesar de sermos inimigos, nós amamos um ao outro.)

Eu me lembrei da primeira vez que nos encontramos. Como nos aproximamos. E quando nós descobrimos a verdade—

(Nossa própria história ficou próxima de acabar em tragédia.)

(O fato de nós estarmos vivos juntos nesse tempo é verdadeiramente um milagre.)

Meu coração ardeu de lembrar, mas ardeu de uma maneira boa.

Quanto mais eu lia as falas da Julieta, mais elas se encaixavam.

Miyu:Dei-te o meu amor antes que tu o pedisses e ainda assim daria novamente.”

Miyu: “Minha generosidade é tão ilimitada como é o mar, meu amor tão profundo quanto. Quanto mais amo a ti mais amor tenho, porque ambos são infinitos.”

As palavras fluíam de mim como se fossem minhas; Eu estava dizendo ao Yukimura na minha própria voz, o quanto eu o amava.

Eu ouvi e senti sua respiração se prender.

E apesar de eu ter esperado, ele não falou.

Miyu: “Romeu? É sua fala.”

Yukimura: “...É, Eu não estou afim de ler roteiros. Não mais.”

O roteiro caiu de nossas mãos enquanto Yukimura pegava minha bochecha.

Ele me virou para olhar pra ele; Eu vi um olhar quente em seus olhos.

Yukimura: “Além do mais, eu não sou Romeu, eu sou Yukimura. Mesmo se ler isso é supostamente para melhorar minha atuação, ou seja o que for—“

Yukimura: “Eu quero te dizer com minhas próprias palavras o quanto eu amo você.”

(...O que você disse agora soa melhor pra mim do que Shakespeare.)

As palavras do Yukimura podem não ser poesias, mas ele sabia como atingir diretamente meu coração.

Seu olhar nadou pelo quarto antes de voltar plenamente pra mim.

Yukimura: “Então, não seja Julieta quando me disser algo amoroso. Seja você mesma.”

Miyu: “Está bem. Eu farei isso.”

Nós olhamos um para o outro, e nós dois rimos.

Miyu: “É mais fácil te dizer como eu me sinto naturalmente, de qualquer forma.”

Yukimura: “Além disso, eu não acho que as palavras ‘Yukimura, você é um grande idiota!’ aparecem em algum lugar aqui nesse roteiro.”

Miyu: “Quando foi que eu disse isso?!”

Yukimura: “Oh, você disse. Muito. E essa é a Miyu que eu mais amo.”

Miyu: “Yukimura. Seu grande idiota. Eu te amo.”

De fato, meu coração estava cheio de amor.

(Nós não somos muito parecidos com Romeu e Julieta.)

A história deles acabou em tragédia. A nossa estava caminhando em direção a um futuro brilhante. Eu tinha certeza disso.

Yukimura me fazia acreditar nisso.

Yukimura: “Eu queria dizer algo poético agora, mas não consigo pensar em nada especial.”

Yukimura: “Mas ei, é o que eu sinto, então talvez seja bom o suficiente?”

Yukimura: “...Eu te amo, Miyu.”

Miyu: “Eu também te amo, Yukimura.”

(Isso é poesia pra mim.)

Nós deixamos as palavras para trás, expressando o amor que sentíamos com um beijo romântico—




**Fim**


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