domingo, 16 de dezembro de 2018

Ikemen Sengoku Evento - “A Tragédia de Romiosuke e Julieko” - Nobunaga Oda


< Para ler os capítulos anteriores: Prólogo - Parte 1 - Parte 2 >


✩ Nobunaga Oda 






Depois da peça, eu voltei com o Nobunaga para o seu quarto.

Nobunaga: “Aquela foi certamente uma experiência bizarra que seu amigo fez a gente participar.”

Miyu: “Eu mesma estou sempre pensando de onde é que ele tira essas idéias.”

(Mas eu me diverti. Eu não tenho participado de um teatro desde a escola. E mesmo que Nobunaga não fosse o Romeu, eu pude vê-lo interpretar o herói Momotaro.)

Eu ainda estava sorrindo com a lembrança.

Nobunaga: “É hora de descansar. Vem pra cama, Miyu.”

Miyu: “Claro.”

Nós deslizamos pra dentro do futon juntos. Minha pele estava fria, graças ao clima do outono.

(Nada de errado com um pouco de tempo quietos, apesar que eu não me importaria de conversar mais sobre a peça.)

Eu olhei para o teto; minha mente estava muito agitada pra dormir. Nobunaga abriu os olhos e olhou pra mim.

Nobunaga: “Não consegue dormir?”

Miyu: “Eu estava pensando sobre a peça. Nós costumávamos fazer isso na escola, então é uma grande viagem nostálgica pra mim.”

Miyu: “É claro que, nossos teatros se prendiam a uma história por vez.”

Miyu: “Mas misturar ‘Romeu e Julieta’ com ‘As aventuras de Momotaro’ e ‘Cinderela’ acabou sendo divertido.”

Nobunaga: “Entendo. Você gostava delas?”

Nobunaga rolou para o lado e sorriu pra mim.

Nobunaga: “Eu nunca ouvi falar em nenhuma delas, mas ‘Momotaro’ parece Japonês. É do seu futuro? Você pode me contar?”

(Eu pensei que nós íamos dormir, mas Nobunaga quer ouvir isso, e eu amo como ele ama histórias.)

Miyu: “É bem por volta desse período. Mas te contar mais será spoilers, então, você foi avisado!”

Miyu: “Há muito tempo atrás, um velho homem e uma velha mulher sem crianças que fossem deles próprios, acharam um pêssego gigante, dentro dele havia um garoto--!”

Nobunaga ouvia; eu acabava de chegar na parte onde Momotaro se encontra com seus três amigos animais—

Miyu: “....e ele deu ao macaco, ao cão, e ao faisão um bolinho pra cada um e ordenou que fossem com ele.”

Nobunaga: “Ele não deu pra eles nenhum doce?”

Miyu: “Não, não deu. Isso seria ruim pra eles. Não que bolinhos sejam muito melhor.”

Nobunaga: “Mesmo assim, que estranho ele ter pegado animais como vassalos.”

Miyu: “Eles todos são capazes de fazer coisas que os humanos não conseguem. Talvez seja por isso?”

Nobunaga: “Acho justo. Se falharem com ele, ele pode sempre executá-los—“

Miyu: “Eu não acho que Momotaro executaria seus amigos animais--!”

Nobunaga: “Mas se ele for um bom juiz de caráter, eles terão êxito em sua tarefa e estarão a salvo.”

Miyu: “Eu me sinto um pouco melhor agora. Obrigada.”

(Nobunaga julgando um conto de fadas desse jeito era um assunto de estado!)

Mas eu estava curtindo seu breve comentário. São horas como essa que nossas diferentes visões de mundo me fazem rir.

Nobunaga: “O que aconteceu depois que ele deu os bolinhos para eles?”

Miyu: “Os quatro viajaram para a ilha do demônio, onde todos os demônios viviam.”

Miyu: “Eles lutaram, ganharam suas riquezas, e voltaram pra casa ricos. Todos viveram felizes para sempre.”

Nobunaga: “Eu imagino Momotaro lutando poderosamente contra os demônios.”

Miyu: “Isso ele fez. Embora ele não se compare a um duro lorde guerreiro Sengoku, tenho certeza.”

(Eu estou tão tentada a contar pra ele que ‘O poderoso Nobunaga já havia derrotado os demônios quando Momotaro chegou lá’.)

Eu ri, imaginando Nobunaga roubando o clímax da história—

Nobunaga: “Então, ‘As Aventuras de Momotaro’ chegou ao fim?”

Miyu: “Sim. Você gostaria que eu te contasse ‘Romeu e  Julieta’? Essa foi a base da nossa peça—“

(Agora, essa é uma história que mudaria se Nobunaga fosse Romeu.)

Eu imaginei a cena do balcão, tentando colocar Nobunaga nela.

(Ele se infiltraria na casa do inimigo pra me ver?)

(Na verdade, ele provavelmente iria declarar guerra contra eles. Antes que a cena do baile terminasse!)

Nobunaga: “Você parou de falar. E sobre Romeu?”

Miyu: “Desculpa. Eu só estava pensando.”

Nobunaga: “Deve ter sido algo agradável. Você estava sorrindo.”

(Eu estava?)

Nobunaga passou seus dedos pela minha bochecha, sempre gentil.

A ponta de seus dedos agraciou meus lábios, e eu senti meu coração começar a bater mais rápido.

Nobunaga: “Romeu e Julieta é o tipo de história que te faz sorrir?”

Miyu: “Na verdade é uma tragédia. O final é especialmente triste.”

(Foi você quem me fez sorrir.)

(Mas ele deve estar ficando cansado de me ouvir contar histórias agora.)

Eu apanhei seus olhos, esses impassíveis rubis, quase pretos na escuridão.

Miyu: “Isso não está te aborrecendo, está?”

Nobunaga: “Eu te diria se estivesse. Você está gostando de me contar histórias?”

Miyu: “Sim, claro que estou. É divertido contar.”

Nobunaga: “Então continue. Eu estou gostando disso enquanto você estiver.”

(Eu acho que ele me pediu pra contar histórias porque ele sabia que eu não estava pronta pra dormir.)

Eu estava emocionada. Isso foi uma coisa tão atenciosa da parte dele.

Miyu: “Obrigada, Nobunaga.”

Nobunaga: “Eu não exijo agradecimentos. Me conte quantas histórias você quiser.”

Miyu: “Tudo bem. Então, ‘Romeu e Julieta’ começa com duas famílias em guerra entre eles—“

Nobunaga ouvia com interesse.

Com cada história, eu não podia evitar imaginar Nobunaga como o herói.

(Momotaro. Romeu. O príncipe da Cinderela. Mas nenhum deles se compara ao meu conquistador.)

Nobunaga olhou pra mim quando eu parei.

Nobunaga: “Esse é o fim?”

Miyu: “Não exatamente, mas eu pensei em guardar o resto pra amanhã. Eu quero que você durma.”

Nobunaga: “Você não precisa se preocupar comigo.”

Nobunaga: “Mas suponho que eu posso esperar até amanhã para ouvir a conclusão.”

Ele me abraçou, braços fortes se dobrando ao meu redor, e eu finalmente senti o chamado do sono.

Miyu: “Não há nenhum conto de fadas protagonizado por ninguém como você, Nobunaga.”

Miyu: “E mesmo assim, seu trabalho será falado por gerações por vir....tenho certeza.”

(Eu sei que é um fato, na verdade. Seu nome é conhecido por todo o mundo.)

Nobunaga: “Se eles fizerem contos sobre mim, eu espero que você apareça neles.”

Miyu: “Eu? Eu não fiz nada que corresponda às suas conquistas.”

Nobunaga: “Você está sempre ao meu lado. Não será uma história sobre mim se você não estiver lá.”

Miyu: “Nobunaga, obrigada por dizer isso.”

Suas palavras me aqueceram.

Eu me aninhei perto dele, até estarmos próximos o bastante para nos beijar.

Nosso futon caloroso e a noite fria fora da nossa cama desapareceram quando seus lábios gentilmente abriram os meus.

O gosto do seu beijo, sentir sua respiração, e a repercussão de seus suspiros, todos faziam meu coração palpitar.

Depois que nosso beijo chegou ao fim, ele falou comigo em um tom baixo, íntimo.

Nobunaga: “Meu conto é unificar esse país com você ao meu lado. Isso é tudo.”

(Isso não seria só um conto Nobunaga, será a verdade.)

Através do véu do sono, eu vi o olhar amoroso que ele me deu.

(Não é de admirar que eu veja Nobunaga em toda história.)

(Eu as contei da minha memória, e me apaixonar por ele foi uma das melhores memórias da minha vida.)

Nenhum herói fictício precisaria capturar meu coração de novo.

Nobunaga havia me encantado e me dado felicidade duradoura. Não há conto melhor que esse—


**Fim**


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