sábado, 3 de novembro de 2018

Masamune Date - Capítulo 6



 Ao final desse capítulo tem a tradução da carta que você recebe dele 




❖ Parte 1 


Masamune e eu deixamos a sala de audiência. Lado a lado, nós caminhamos pra fora do castelo de Azuchi.

MC: “Masamune, está tudo bem pra você simplesmente sair do conselho de guerra desse jeito?”

Masamune: “Nós estamos dando uma pausa. Além disso, você é mais importante.”

(Eu sou? Essas palavras são perigosas, sabe.)

Meu coração estava flutuando, mas essa é a oportunidade que eu estava procurando.

MC: “Bem, já que estamos aqui, tem uma coisa que eu estive pensando.”

Masamune pegou meu rosto em suas mãos e se aproximou de mim. Ele me olhou com uma intensidade de tirar o fôlego.

Masamune: “Eu vou ouvir. Apenas me conte.”

MC: “Nós estávamos falando sobre tentar conhecer um ao outro.”

Masamune: “Sim, estávamos.”

MC: “Então, você sabe algum lugar bom pra tomar um café, quero dizer, um chá, enquanto estamos aqui?”

Depois de me olhar de forma curiosa, Masamune concordou e me acompanhou por uma estrada familiar até a cidade do castelo.

(Aqui vamos nós. Um “encontro” com Masamune Date. Hehe. Okay, essas duas palavras na verdade não rimam.)

(NT: “date” em inglês significa encontro. E o sobrenome do Masamune é Date. Mas o “date” do sobrenome do Masamune não tem o mesmo significado da palavra em inglês, entende?! Por isso que a MC diz que as palavras não rimam. É....quando traduz para o português, essa última frase dela perde totalmente o sentido, eu sei. Deve ter ficado confuso. Desculpem. 😓)

Enquanto eu caminhava, minhas expectativas aumentavam, junto com minha empolgação.

..........................

MC: “...E em um encontro, nós comemos, ou bebemos, e conversamos.”

Masamune e eu estávamos sentados em uma mesa ao ar livre, dividindo um prato de pãezinhos doces.

(A comida está boa e o tempo está lindo. É realmente perfeito para um encontro ao ar livre.)

Masamune: “Entendo. Então, como está a comida?”

MC: “Está boa. Muito boa. Essa foi uma ótima escolha.”

Eu sorri pra ele, aproveitando a doçura do pão em minha boca.

Masamune: “Estou contente em ouvir isso.”

Masamune me olhou de forma carinhosa enquanto bebia seu chá.

(Pensando bem, em primeiro lugar, por que Masamune deixou o conselho de guerra?)

(Talvez ele estivesse entediado. Ele freqüentemente faz as coisas por impulso. Bem, eu gosto disso nele.)

(Nós não estamos conversando muito, no entanto. Como eu posso quebrar o gelo?)

Eu olhei ao redor da loja procurando alguma coisa que poderia dar um bom começo de conversa.

MC: “Oh, é um gato.”

Um gato rajado, farejando o ar, se aproximou de nós.

MC: “Coisinha linda. Eu me pergunto se ele é abandonado.”

Masamune: “Eu me pergunto qual é o gosto dele.”

MC: “É, eu—O QUE? Por que você pensaria isso?!”

Masamune: “O que é tão estranho sobre isso? É uma coisa perfeitamente natural de se pensar.”

MC: “Não. A coisa natural de se pensar é ‘Que fofo!’. Eu nunca, nenhuma vez, me perguntei  como seria o gosto de um gato.”

Masamune: “Você pode estar perdendo. E se ele for delicioso?”

(Nossas conversas sempre acabam desse jeito. Bem, pelo menos agora eu sei que isso é uma de suas piadas.)

Masamune se abaixou e pegou uma longa folha de grama. Ele a balançou para o gato rajado, trazendo ela pra mais perto.

MC: “...Você não está tentando pega-lo para descobrir, está?”

Masamune: “Talvez.”

(Não se preocupe gatinho, eu vou te proteger.)

Eu levei minha xícara de chá aos meus lábios, mantendo o olhar atento no Masamune e no gato.

Masamune: “Miau. Miauuuu. Miau Miau!”

Eu quase engasguei com o chá na minha boca.

(Oh meu deus, Masamune, não faça isso enquanto eu estou bebendo!)

Masamune: “Você está bem?”

Eu ainda estava tossindo. O intenso miado do Masamune foi muito fofo pra colocar em palavras.

(Ele estava tentando conversar com o gato?)

Eu tossi para tirar o chá das minhas vias aéreas, e então cai na risada.

MC: “Há, hahahaha! Masamune, você--!”

Masamune: “Do que você está rindo?”


Opções:

1- Provocar ele. (escolhida)
2- Perguntar pra ele.
3- Elogiar ele.


MC: “Masamune, haha, você estava miando! Você parecia tão bobo!”

Masamune: “Eu parecia bobo?”

MC: “Me desculpa! Hahaha! Você parecia fofo na verdade. Muito fofo.”

Minha barriga estava doendo de tanto rir. A expressão chocada do Masamune acabou se transformando em uma careta.

Masamune: “Ei. Já chega, ok?”

(Olha pra ele corando! Isso é fofo também.)

Masamune virou o rosto pra longe de mim, escondendo suas bochechas vermelhas.

Mas as pontas da sua orelha estavam vermelhas também. Quando eu vi aquilo, eu de repente me senti como uma gelatina por dentro.

(Eu realmente me apaixonei por ele.)

(Quando isso aconteceu? Foi algum momento que eu perdi? Ou foi gradativamente, enquanto eu passava um tempo com ele?)

Nós tivemos muitos altos e baixos em tão pouco tempo que nos conhecemos, mas todos aqueles momentos parecem doce de alguma forma.

Masamune se virou pra mim, como se tivesse percebido alguma coisa.

Masamune: “Essa é a expressão. É isso que eu queria ver.”

MC: “Oh?”

O lindo rosto do Masamune demonstrava sua satisfação.

Masamune: “Você parece mais com seu jeito normal.”

Masamune: “Você parecia chateada. É por isso que você quis vir a esse encontro?”

MC: “Eu tinha outros motivos. Mas quando foi que eu pareci chateada?”

Masamune: “Durante o conselho de guerra.”

(Eu estava ficando um pouco nervosa lá, isso é verdade.)

MC: “E foi por isso que você saiu do conselho?”

Masamune: “É. Eu sinto que digo muito isso,”

Masamune: “Mas eu quero te ver sorrir.”

*Cap. 6 – parte (1/10) completa*




❖ Parte 2 


Masamune: “É. Eu sinto que digo muito isso,”

Masamune: “Mas eu quero te ver sorrir.”

Esse homem lindo, selvagem, com esse olho feral e cabelos—

Essa criatura imprevisível que exala perfeição e capacidade, fez do seu objetivo me fazer feliz.

(E eu sou feliz, quando estou com você. Mas eu quero mais.)

E eu estava pensando estar pronta pra isso.

(Eu ainda não sei o que o Masamune quer, mas é sobre isso que é esse encontro. Descobrir.)

Um sentimento que agora eu entendia, era amor transbordando de dentro de mim, e com algo a mais: desejo.

MC: “Masamune?”

(Eu acho que agora finalmente é a hora certa.)

MC: “Então, outra coisa acontece durante um encontro, se as coisas tiverem indo bem—“

Meu coração estava batendo muito forte, e minhas mãos tremendo.

Eu coloquei a mão em sua manga.

Masamune: “É? O que acontece?”

Era impossível desviar o olhar desse homem que havia se tornado tão importante pra mim.

Eu me aproximei e me estiquei em direção a ele. Ele até mesmo tinha um cheiro maravilhoso.

E então eu o beijei, seus lábios eram como uma calorosa seda contra os meus.

(Tradutora: Aqui tem coragem! 😏)

Foi um momento curto o que compartilhamos. Calor se espalhava através de mim, onde antes estava o nervosismo.

Eu me afastei um pouquinho, analisando ele por um momento para ver sua reação.

Masamune estava olhando pra mim como se tivesse sido atingido por um raio.

(Você gostou? Não gostou? Eu gosto dos seus beijos!)

MC: “É isso que acontece. Nós, uhm, beijamos.”

Minha respiração estava ficando rápida.

(Masamune não está dizendo nada. Ele sempre tem algo pra dizer.)

Mas então ele sorriu, o mais doce e carinhoso dos sorrisos.

Ele envolveu seus braços ao meu redor e me puxou de volta.

Masamune: “Você me deixou sem palavras.”

(Oh, eu acho que sim! Isso é uma coisa boa, certo?)

Masamune: “Você está sempre me impressionando, gatinha. Agora eu realmente não posso te deixar ir.”

Masamune estava exalando aquela confiança perfeita e selvagem mais uma vez.

MC: “Você faz parecer como se eu fosse sua presa.”

Masamune: “Presa. Não é uma palavra ruim.”

Masamune: “Eu me pergunto qual será o gosto dessa gatinha?”

(Eu sinto que acabei de acordar o tigre!)

Masamune colocou suas mãos em meu rosto, acariciando seu grosso polegar por ele.

Eu não havia percebido até agora como suas mãos eram quentes. Quente como o tipo de calor que você quer por todo seu corpo.

MC: “Eu te disse, eu nunca pensei em comer gatos.”

Masamune: “Eu vou experimentá-la e te digo qual o seu sabor.”

Ele se aproximou, e dessa vez eu estava esperando por isso.

Com um sorriso, aqueles lábios apaixonantes, famintos, caíram sobre os meus.

Seus lábios e sua língua brincavam  sobre os meus, como esconde-esconde, acariciando-os, até que eu estava impacientemente procurando pelos lábios dele também.

(Quando você ama alguém, o beijo tem um gosto diferente.)

Não faltou a selvageria do nosso primeiro beijo. Não, de fato somente ganhou mais riqueza devido ao despertar dos meus sentimentos.

(Eu não preciso que o Masamune me ame da maneira que eu amo ele agora.)

(Eu não vou pressionar um relacionamento sendo que o que eu amo nele é o fato de ele ser tão selvagem e livre.)

Nossos lábios se separaram e eu estava ofegante, toda quente.

Masamune: “Ela tem o sabor muito doce. É uma pena que eu não posso dividir.”

Ele passou as línguas pelos seus lábios em um movimento devagar e dolorosamente sensual.

(É uma pena que ele não entenda o quanto loucamente atraída por ele eu estou.)

Masamune enrolou uma mecha do meu cabelo ao redor dos seus dedos, puxando suavemente. Eu senti uma eletricidade correr através de mim.

Ela parecia satisfeito como um gato, apreciando minhas reações.

Masamune: “Eu realmente te dei aquele vestido, por falar nisso. Você não foi buscá-lo.”

MC: “Oh, é verdade.”

(Tantas coisas aconteceram desde então, eu acabei esquecendo.)

Masamune: “Vá pegá-lo amanhã à noite.”

(É quase como se ELE estivesse me convidando para um encontro agora. Mas não tenho certeza.)

Masamune deslizou o dedo pela minha bochecha, e minha expiração de repente se tornou uma forte inspiração.

MC: “Só para estarmos de acordo, você chamaria esse convite agora de encontro?”

(É assim que parece ser uma presa? Ser atraída pelo seu predador, mesmo que você saiba que isso deve te levar a ser comida viva?)

Masamune: “Eu não sou experiente. Isso é com você.”

Masamune riu suavemente, mostrando um raro constrangimento. Mas o que eu vi foi esperança de que isso poderia funcionar—

Masamune: “Eu vou estar lá a noite toda. Não se esqueça de passar por lá.”

*Cap. 6 – parte (2/10) completa*




❖ Parte 3 


O conselho foi encerrado não muito depois que Masamune e MC saíram.

Assim que acabou, Mitsuhide andou pelo caminho familiar que levava às masmorras do castelo.

Mitsuhide: “Eu não lutaria. Você não vai sair. E há maneiras muito melhores de que você gastar essa energia.”

Espião: “Grr—“

A masmorra era desconfortavelmente fria, mesmo no meio da tarde.

O homem preso cerrou os dentes, olhando para o Mitsuhide, que simplesmente puxou uma cadeira na porta da cela e se sentou.

Espião: “Que os fogos do inferno queimem essa sua língua, cão do Nobunaga!”

Mitsuhide: “Ora, ora, isso é jeito de falar com um amigo?”

Mitsuhide: “Afinal de contas, como um sacerdote que deu as costas para sua fé, você estará no inferno também. Nós deveríamos tentar nos entender melhor.”

Mitsuhide: “Não vai demorar muito até que o seu líder, Kennyo, termine aqui também.”

O sorriso fino do Mitsuhide brilhava como arame farpado.

Mitsuhide: “Eu, pelo menos, sou grato a você. Muitos dos seus predecessores falharam em me providenciar qualquer informação útil.”

Mitsuhide: “Mas você? Você me trouxe isso.”

Mitsuhide levantou uma carta que ele havia apreendido do homem que ele capturou.

Mitsuhide: “Estou espantado com a precisão com que Kennyo previu os movimentos do Kenshin e do Takeda.”

Espião: “É claro que ele previu.”

O falso elogio que Mitsuhide fez ao Kennyo encorajou o prisioneiro. Ele deu uma curta e orgulhosa risada.

Espião: “Você pensou que houvesse somente poucos de nós? Mestre Kennyo tem espiões em todo lugar, incluindo aqueles vigiando Takeda e Kenshin.”

Espião: “Logo nós iremos atraí-los para atacar Azuchi, onde Kennyo vai pessoalmente pegar o demônio, a cabeça do Nobunaga!”

Mitsuhide: “Entendo. É bom saber.”

Mitsuhide: “Eu sabia que você e eu nos tornaríamos bons amigos. Afinal de contas, você acabou de confirmar tudo o que eu precisava saber.”

O espião percebeu tarde demais como ele foi facilmente enganado pelo Mitsuhide.

Os olhos do Mitsuhide se estreitaram.

Mitsuhide: “Kennyo pode ter reunido todos os canalhas que ele pôde para formar seu exército, mas eles são desorganizados demais.”

Mitsuhide: “Eu me perguntava o que deu a ele coragem pra pensar que sua ralé poderia desafiar Lorde Nobunaga.”

Mitsuhide: “Ele estava planejando usar sua rede de inteligência para impulsionar Takeda e Kenshin a agirem.”

Mitsuhide: “Oh, olha isso. Agora eu estou compartilhando também. Não que você vá fazer muito uso da minha informação aqui.”

O sorriso desapareceu do rosto do Mitsuhide. O espião estremeceu quando um olhar mais frio que uma lâmina brilhante tomou o seu lugar.

Mitsuhide: “Eu não esperava que Kennyo fosse capaz de prever os movimentos do Kenshin tão precisamente, no entanto.”

Mitsuhide: “Está na hora de fazer nosso próprio movimento.”

........................

Naquela noite, no quarto do Mitsuhide—

Masamune e Ieyasu ouviam cuidadosamente, ambos sérios, enquanto Mitsuhide passava as informações para eles.

Masamune: “Entendo.”

Ieyasu permaneceu quieto, compreensão implícita visível em seus delicados traços.

Masamune: “Eu pensei que Uesugi e Takeda estavam nessa só pela luta.”

Masamune: “Mas parece que foi aquele ex-monge que os provocou para que ele pudesse  lucrar com os esforços deles.”

Mitsuhide: “Esse não foi um resumo ruim, pra você.”

Masamune: “Então por que você chamou nós dois aqui?”

Ieyasu: “Eu posso entender o porque.”

Mitsuhide: “Ieyasu, você nunca decepciona. Eu gostaria de pedir a vocês dois que participem da parte mais perigosa do conflito que está por vir.”

Agora foi Masamune quem ficou em silêncio.

*Cap. 6 – parte (3/10) completa*




❖ Parte 4 


No dia após o Mitsuhide ter colocado seu plano em ação, eu estava tendo outra lição de tiro ao alvo—

Mitsuhide: “Você melhorou, MC.”

MC: “Obrigada.”

(Eu mal podia pegar o rifle no primeiro dia. Eu nunca imaginaria que seria capaz de atirar do jeito que estou fazendo!)

Eu tive mais de dezenas de aulas de tiro com o Mitsuhide até agora, entre minhas tarefas normais.

Ele ensinava como um espartano, sem mimos, mas o resultado final era que eu não tinha mais problemas em transportar, carregar, e atirar com o rifle.

Ieyasu: “Não fique super confiante. Você ainda tem um longo caminho a percorrer.”

Ieyasu, meu colega de classe em tiros, olhou pra mim por cima de seu próprio rifle.

MC: “Bem, não é como se eu planejasse usar isso, então eu não me importo em ficar no ‘melhorado’.”

Ieyasu olhou pra mim como se dissesse “Não foi isso que eu quis dizer”.

(Eu sei aonde você quer chegar, e eu sei que todos estão tensos com a guerra que está se aproximando.)

(Guerra. Mesmo com toda a conversa sobre isso, eu não consigo imaginar.)

Mitsuhide: “As coisas não são sempre da maneira que planejamos.”

Mitsuhide: “Pegue o que eu te ensinei e mantenha em mente, pois pode chegar o momento em que você terá que usar isso.”

Mitsuhide: “Se você não tiver o conhecimento,  você não terá nada a dizer sobre o assunto de qualquer maneira.”

Mitsuhide se aproximou, pegando o rifle de mim.

Havia algum peso secreto em suas palavras, escondido naquela voz baixa.

Mitsuhide: “A vida pode envolver muitas escolhas. E essas escolhas irão moldar você.”

MC: “Hum, sim, eu acho que você está certo.”

Ieyasu: “Se vier uma escolha de atirar em alguém ou não, a MC não vai aguentar.”

Mitsuhide: “Isso preocupa você?”

Ieyasu: “Por que eu me preocuparia com isso?”

(Ieyasu na verdade parecia zangado.)

Durante todas nossas lições juntos, Mitsuhide e Ieyasu nunca demonstraram essa tensão um com o outro.

(Eu sinto que tem alguma coisa a ver comigo e com a guerra. O que esses dois sabem?)

As preocupações deles, admitidas ou não, estavam me afetando. Eu os desconsiderei.

Eu me concentrei em esfregar minhas mãos para trazer alguma sensibilidade. Elas estavam dormentes por conta de todos os tiros.

(Eu estou aprendendo isso para defesa pessoal. Realisticamente, isso pode significar ter que atirar em alguém já que ameaças não significam muito nesse período de tempo.)

(Mas se eu tiver que atirar em alguém, ele pode ser seriamente ferido, ou morrer.)

MC: “Ieyasu está certo.”

MC: “Eu realmente estou agradecida por tudo o que você me ensinou, Mitsuhide.”

MC: “Mas eu ainda duvido que eu possa atirar em alguém. Se aparecesse uma situação de vida ou morte, eu não acho que poderia dar o tiro.”

Os dois homens fixaram seus olhos em mim.

(Eu estava meio que esperando alguma coisa que não fosse um silêncio constrangedor.)

Mas havia somente o som do vento nos campos, nossas nuvens de fumaça de pólvora se dissipando.

(Os dois estão super sérios hoje.)

Ainda assim, alguma coisa me dizia que eu deveria somente ter aceitado o silêncio deles e deixado do jeito que está.

Enquanto o sol estava se escondendo por trás das montanhas, eu me despedi do Mitsuhide e do Ieyasu.

Era hora de visitar o Masamune.

(O dia passou rápido.)

<Lembrança>

Masamune: “Eu realmente te dei aquele vestido, por falar nisso. Você não foi buscá-lo.”

Masamune: “Vá pegá-lo amanhã à noite.”

<Fim da lembrança>

Encontro ou não, eu estava animada na expectativa de vê-lo hoje a noite.

(Estou mal vestida? Talvez eu devesse ter me limpado? Então de novo, eu não quero deixá-lo esperando.)

Enquanto eu caminhava pelo corredor familiar de sua mansão, eu o avistei a frente.

(Alí está meu tigre faminto.)

Meu coração bateu como um bicho de estimação ansioso pra brincar ao avistar o Masamune.

Eu avancei na direção dele.

MC: “Masamune!”

Masamune: “MC?”

*Cap. 6 – parte (4/10) completa*




❖ Parte 5 


MC: “Masamune!”

Masamune: “MC?”

Logo em frente a porta do seu quarto, Masamune parou e se virou em minha direção.

Masamune: “Você está um pouco adiantada.”

(Eu pensei que ele gostaria disso.)

(Masamune parece tenso essa noite. Eu não acho que já tenha visto ele desse jeito.)

MC: “Masamune, está tudo bem? Você parece assustado.”

Masamune: “É algo que você consiga cheirar em mim, gatinha?”

MC: “É intuição.”

Masamune: “Você quer ir de gatinha á intuição? Ok, intuição.”

O humor do Masamune estava estranhamente em falta essa noite. Ele acariciou minha cabeça à distância.

Masamune: “Eu vou precisar que você vá pra casa assim que pegar seu vestido.”

MC: “Masamune, o que há de errado?”

Eu me aproximei pra olhar pra ele. Quando fiz isso, Masamune de repente prendeu a respiração.

Ele parecia assustado.

MC: “Você não está bem, está?”

Masamune: “Esse cheiro. Você fede a pó.”

MC: “Pó? Você quer dizer pólvora? Eu acabei de voltar da aula de tiro com o Mitsuhide.”

Masamune: “Isso explica.”

Masamune: “Mantenha a distância. Eu não quero ter nada a ver com esse fedor de morte.”

A palavra “morte” se prendeu na minha mente. Pólvora. Algo estava se formando em minha cabeça.

Masamune: “Eu vou pegar o seu vestido. Você fica aqui.”

MC: “Masamune, espera.”

MC: “Espera! Você não esta bem.”

Eu o segui pra dentro do quarto. Ele parou tão de repente que eu quase trombei com ele.

Masamune: “MC.”

Ele rosnou, sua voz como um animal encurralado.

Masamune: “Eu disse pra você ficar lá.”

Eu encontrei sua cara feia. Seus olhos irritados. Meus próprios olhos de arregalaram ao ver ele desse jeito.

Palavras, fragmentos de conversas veio em minha mente.

Palavras que Masamune havia dito pra mim: “Você ainda está viva? Mostre-me que você está viva.”

E palavras que o Ieyasu havia dito pra mim: “O que faz um homem ser capaz de atirar no próprio pai?”

Masamune: “Fique longe de mim.”

Eu não me movi. Eu não achava que poderia possivelmente deixá-lo agora.

Masamune: “Está bem então.”

(Masamune, do que você precisa?)

Ele me respondeu, uma mão segurando meu queixo e me puxando na direção dele. Nós ficamos ali, minhas costas pressionada contra a parede do seu quarto.

Masamune: “Se você não vai fazer nada, eu vou te devorar por inteiro.”


**Love Challenge**

- Premium: 400 coins
Normal: 150 coins ou 5000 gold.

(NT: Vou continuar com a história Bônus Normal.)




❖ História Bônus – Normal 



Masamune: “Fique longe de mim.”

Eu não me movi. Eu não achava que poderia possivelmente deixá-lo agora.

Masamune: “Está bem então.”

(Masamune, do que você precisa?)

Ele me respondeu, uma mão segurando meu queixo e me puxando na direção dele. Nós ficamos ali, minhas costas pressionada contra a parede do seu quarto.

Masamune: “Se você não vai fazer nada, eu vou te devorar por inteiro.”

(Eu não sei o que tem de errado com ele hoje. Eu tenho um pressentimento. Mas--)

Masamune: “Você não vai fugir?”

MC: “Não. Eu vou ficar.”

Masamune estava um pouco selvagem, um pouco animalesco. Eu senti como se ele pudesse de repente se virar e me morder com aqueles grandes caninos—

MC: “O que mudou você, Masamune?”

Ele pressionou meu corpo mais forte contra a parede. Contra o corpo dele. Seu olhar estava positivamente primitivo.

Masamune: “Eu não sei.”

E então, ele mordeu meu lábio. O beijo sensual foi feroz, havia uma ponta de dor nele, mas eu estava bem.

De fato, eu estava bem. Eu gostei. Esse beijo foi tão diferente dos outros.

Eu gemi em prazer. Masamune se aproximou mais, inalando bruscamente minha respiração quente.

Masamune: “Você está respirando. Você ainda está respirando.”

MC: “Sim. Sim, eu estou.”

Masamune: “Você tem pulso. Seu coração ainda está batendo.”

Masamune colocou os lábios contra meu pescoço, os deslizando ao longo da minha pulsação. Ele começou a me beijar.

(Parte de mim quer isso, sim, mas o que eu quero mais é que Masamune fique bem. Eu não quero que ele se arrependa disso.)

A moldura de madeira da parede estava apertando minhas costas. Eu decidi dizer isso alto, para acordá-lo.

MC: “Masamune, está doendo.”

Aquele olho animalesco se virou pra mim, arregalado.

A luz selvagem desapareceu dos seus olhos, substituída por um tranqüilo e calmo azul. Masamune riu, como se estivesse deixando algo sair.

Masamune: “Me desculpa. Doeu, não é? Me desculpa.”

Masamune: “Foi por isso que eu quis te manter longe.”

MC: “E eu ainda te disse que ficaria.”

Masamune: “Mas você não poderia esperar isso de mim.”

(Eu estava preparada, e eu tinha controle da situação. Mas o mais importante é que eu queria ajudar.)

Masamune correu os dedos gentilmente pelo meu pescoço.

MC: “Então, por que você, hum, me mordeu?”

Masamune começou a falar, hesitante.

Masamune: “Eu precisava saber que você ainda estava viva.”

MC: “Você me perguntou isso antes, apesar de eu ter pensado que você só estava me provocando. Posso ver agora que é mais sério que isso.”

Ele se afastou de mim e inclinou contra a parede ao meu lado.

Masamune: “Isso provavelmente vai parecer loucura, mas às vezes eu não tenho certeza se a pessoa que eu estou olhando está viva.”

Masamune: “Quando alguém está vivo seu corpo ainda está quente, e às vezes eu só preciso sentir esse calor para ter essa confirmação.”

MC: “Por que?”

(Eu nunca vi o Masamune tão desesperado como ele estava agora a pouco.)

Masamune: “Porque alguém pode estar com você em um minuto e no outro você se vira e ela se foi.”

Masamune: “É especialmente ruim quando eu sinto cheiro de pólvora. Porque—“

MC: “É por causa do seu pai?”

Masamune: “Você ouviu sobre isso?”

O olho do Masamune caiu, seu olhar não estava fixo em nada.

(Então é verdade.)

<Lembrança>

Ieyasu: “Eu não entendo o que faz um homem ser capaz de atirar no próprio pai.”

<Fim da lembrança>

(Se Ieyasu não tivesse me contado, eu não saberia sobre o que seria isso.)

MC: “Eu ouvi sobre você atirar nele, mas há mais do que isso, não é?”

Masamune: “Deve ter sido o Ieyasu que te contou.”

Eu concordei. Masamune suspirou.

Masamune: “Foi durante minha campanha para unificar Oshu. Nós não pudemos acertar as coisas com um dos nossos clãs rivais. Eles se recusaram a desistir do poder.”

Masamune: “Meu pai já havia se retirado. Eles o sequestraram, planejando usá-lo como refém para me influenciar.”

Masamune: “Quando eu os alcancei eu atirei nele e no sequestrador. Se eu tivesse no lugar do meu pai, eu teria ordenado para que ele atirasse em mim também.”

Masamune: “Eu não sinto nenhuma culpa. Eu estava cumprindo o último pedido do meu pai: preservar a terra que ele passou a vida toda protegendo.”

(Isso não pode ser verdade. Se você realmente não sentisse nenhuma culpa, então você não ficaria daquele jeito com o cheiro de pólvora.)

<Lembrança>

Masamune: “Eu tenho responsabilidades como governante de Oshu, líder do clã Date, e vassalo do Lorde Nobunaga.”

Masamune: “Se for preciso, eu mato qualquer um. Até mesmo você.”

Masamune: “Nesses tempos caóticos, você precisa em que acreditar. Algo pelo qual matar, e algo pelo qual você morra.”

Masamune: “Sabendo que sua vida, ou de qualquer um, pode terminar a qualquer momento.”

<Fim da lembrança>

As palavras de antes do Masamune ecoavam nos meus ouvidos.

MC: “Você fez aquelas duas coisas. E você fez um bom trabalho, mas deve ter sido doloroso pra você.”

(Deve ter sido tão repentino, tudo tão inesperado. É por isso que o Masamune precisa ter certeza de que as pessoas ao redor dele ainda estão vivas.)

(Ele não teve tempo de aceitar essa decisão e de processar tudo isso ou não.)

Masamune: “Eu só precisei continuar seguindo em frente. Caso contrário o sacrifício do meu pai teria sido em vão. Isso vale até hoje.”

Mas até agora ele estava engolindo sua culpa. A maneira como ele falou era uma fina aparência.

(Eu continuava tentando analisar o que fazia os lordes guerreiros de Sengoku serem tão diferentes.)

(Mas a verdadeira resposta é que eles são pessoas normais, tristes e marcadas por toda perda.)

(Eles só não têm tempo de lamentar por essa perda. Eles têm que continuar seguindo em frente. Eles são andarilhos feridos.)

Eu peguei a mão do Masamune, colocando seus dedos ao redor do meu pulso.

Masamune: “MC?”

MC: “Aqui está meu pulso. Toda vez que precisar senti-lo, você pode fazer isso.”

MC: “Se você precisar de prova que eu estou viva, eu vou te ajudar a provar isso.”

Masamune: “Obrigado.”

Os dedos do Masamune se apertaram. A necessidade que eu tinha dele me tocou quando nosso calor se misturou e cresceu com força.

(Eu não posso tornar a luta do Masamune mais fácil, pelo menos não em combate.)

(Mas talvez eu possa ajudá-lo de outro jeito. Dando a ele uma maneira de expressar sua dor e aceitar sua perda.)

(Estar lá pra ele, para que ele possa seguir em frente sem ser marcado pela dor do arrependimento.)

Masamune sempre pegou minha mão e me guiou por aí. Agora, eu pego a dele. Talvez algum dia, nós daremos as mãos de uma maneira diferente, de uma maneira carinhosa.

Com nossas mãos juntas, dedos com dedos, eu fiz essa promessa.

*Cap. 6 – parte (5/10) completa*


❖ Na próxima parte: A hora da batalha estava aqui, e eu precisava tomar uma decisão—
(E se Masamune morrer? E se eu nunca mais vê-lo de novo?)
Ele iria partir logo. Ansiosamente, eu fiz  uma proposta a ele.
Masamune respondeu com uma condição. “Se você vier, terá que vir preparada pra matar.”




❖ Parte 6 


(Eu não posso tornar a luta do Masamune mais fácil, pelo menos não em combate.)

(Mas talvez eu possa ajudá-lo de outro jeito. Dando a ele uma maneira de expressar sua dor e aceitar sua perda.)

(Estar lá pra ele, para que ele possa seguir em frente sem ser marcado pela dor do arrependimento.)

Masamune e eu ficamos daquela maneira, mão com mão por um momento, e pela primeira vez eu senti uma conexão real.

Então ele pareceu se lembrar de alguma coisa.

Masamune: “O vestido! Eu disse pra você vir aqui pelo vestido. Espere, eu vou pegá-lo.”

MC: “Obrigada, eu tinha esquecido ele também.”

Masamune pegou um grande pacote azul da parte de trás do quarto.

(Estou feliz. Por ver ele melhor, e também por isso.)

Meu desenho que Masamune havia gostado tanto e seu esforço se juntaram para criar essa linda peça.

MC: “Agora eu só preciso de alguém pra vestir isso.”

Masamune: “Eu ainda não entendo o porquê você não vai vestir ele.”

MC: “Bem, seria a primeira vez que eu visto algo meu.”

Masamune: “Eu vou deixar você decidir o que fazer com ele. O vestido é seu.”

Masamune: “Mas eu adoraria te ver nele.”

(Ele adoraria me ver nele? Nesse caso, talvez eu o use.)

MC: “Quer saber, eu vou considerar isso.”

Eu peguei o lindo vestido embrulhado nos braços, e sinceramente, eu não podia esperar pra admirar os detalhes novamente.

Masamune: “A propósito, o que aconteceu com aquele desenho que eu pedi pra você?”

MC: “Oh! O desenho!”

Eu despertei das fantasias que eu estava tendo sobre o vestido.

(Aquele pobre pergaminho.)

MC: “Ele, bem, meio que foi arruinado.”

(Ao contrário de mim, Masamune, Sasuke, e Yukimura, o desenho NÃO sobreviveu ao nosso encontro na pousada e na chuva.)

E simplesmente não parecia certo dar ao Masamune um desenho amassado.

Eu ainda o tinha comigo, no entanto. Com todo o perigo, estava começando a parecer que ele era um amuleto da sorte, então eu continuei com ele.

Eu peguei a folha agora toda mole e amassada do bolso do meu kimono e ofereci ao Masamune.

Masamune: “Não parece tão arruinado.”

MC: “Mas você não pode fazer dele um pergaminho de parede agora.”

Masamune: “Você pode desenhar outro pra mim.”

Masamune: “Quanto a esse, eu vou guardá-lo com prazer.”

MC: “Mesmo que ele esteja parecendo mais um lenço de papel de que um desenho?”

Masamune: “Hmm? É algo que você desenhou. Isso é tudo que importa pra mim.”

Masamune abriu o papel amassado e olhou pra ele com o olhar carinhoso.

Masamune: “Quando eu vi seus desenhos da primeira vez, eu pensei ter algo especial neles.”

Masamune: “O que foi que você disse? Por que você estava pensando em como outra pessoa iria parecer enquanto você desenhava?”

Ele cuidadosamente dobrou o papel e o guardou ao lado do peito.

(Eu estava pensando em como você parecia enquanto eu estava desenhando, Masamune.)

Quanto a mim, eu tinha certeza que eu parecia lisonjeada, por causa de como o Masamune parecia satisfeito.

........................

Enquanto isso, naquela tarde, no castelo Kasugayama—

O castelo era um formigueiro de atividades, enquanto as preparações para a guerra estavam sendo feitas.

Yukimura: “Está tudo no relatório. Os lordes guerreiros do Nobunaga, as tropas de campanha, e os suprimentos deles.”

Kenshin: “Nós estamos iguais com relação à força das tropas, o que é perfeito.”

Kenshin: “A verdadeira emoção virá quando os dois lados tiverem que dar tudo de si, ensanguentados e exaustos, pela vitória.”

Kenshin: “Estou certo, Shingen?”

Shingen: “Certo da cabeça? Não. Mas isso não é novidade.”

*Cap. 6 – parte (6/10) completa*




❖ Parte 7 


Shingen: “Sua paixão por batalha é uma verdadeira doença, Kenshin.”

Shingen: “Yukimura, como está indo a construção daquela fortificação perto de Azuchi?”

Yukimura: “Nós estamos absolutamente setenta por cento completos.”

Kenshin: “Setenta é o suficiente. O resto é tudo artilharia. Shingen, eu vou enviar minhas tropas pra lá.”

Kenshin: “Eles estão todos animados para ser a vanguarda no nosso ataque a Azuchi.”

Shingen: “Parece um exército cheio de você. Esse é um pesadelo que eu não preciso.”

Shingen: “Yukimura, vai com ele. Comece as transferências de operações para a nova fortificação.”

Shingen: “Eu vou tomar a liderança da unidade de reserva.”

Yukimura: “Sim, Lorde Shingen!”

Muitas horas depois daquela reunião, ao entardecer—

Espiões chegavam para trazer informação ao Kennyo sobre Kenshin e Yukimura e o movimento de suas tropas.

Kennyo: “Está começando.”

Um vento forte estava soprando, lamentando assustado à inevitável guerra cruel que estava por vir.

Kennyo: “Tudo o que desejaram logo será de vocês.”

Mercenários e ladrões ansiosos por dinheiro, companheiros monges caídos jurando por vingança, e marginais procurando a emoção da luta—

Kennyo olhou para seu exército e riu, satisfeito.

Kennyo: “Seu julgamento está próximo, Nobunaga.”

..............................

Naquela tarde—

O próprio ar parecia eletrificado na sala de audiência. Está desse jeito desde manhã.

Nobunaga: “Graças aos esforços do Mitsuhide, os objetivos do Kennyo foram esclarecidos.”

Nobunaga: “Ele planeja usar as forças Uesugi-Takeda para nos cercar em um duplo envolvimento.”

MC: “...Isso significa que nós vamos ser atacados por dois lados, certo?”

Mitsunari: “Correto. É também conhecido como ataque tenaz.”

Eram táticas reais no conselho, e eu estava tendo que aprender novos termos tão rápido quanto eles estavam os jogando.

(Shingen Takeda claramente odeia o Nobunaga, sem contar que o Kennyo tentou assassiná-lo.)

(Nobunaga está só rolando em inimigos.)

Mitsunari: “O número total de tropas que a aliança Uesugi-Takeda pode por em campo é aproximadamente igual ao número de tropas que nós podemos.”

Mitsunari: “Entretanto, se nós levarmos as forças de Kennyo em conta—“

Mitsunari: “Nós estaremos em uma situação precária, mesmo com nossas vantagens defensivas e conhecimento do terreno.”

(Isso é ruim.)

Nobunaga: “Parece que até mesmo a MC percebeu a gravidade da nossa situação.”

Eu tenho certeza que parecia preocupada. Mas apesar de ter exposto isso, o próprio Nobunaga vestia um sorriso confiante.

Nobunaga: “Eu já recebi conselho do Mitsuhide quanto a sua estratégia. Todos entendem suas partes.”

Todos: “Sim, meu lorde.”

(Exceto eu. O que é essa estratégia que o Mitsuhide inventou?)

Aparentemente era necessário saber. E eu não precisava saber. Obrigada chefe.

Nobunaga: “Mitsuhide, eu quero que você e o Hideyoshi peguem suas forças e patrulhem  as montanhas sudoeste onde Kennyo está escondido.”

Ambos: “Sim, meu lorde.”

Nobunaga: “Masamune, Ieyasu, vocês vão arrasar a fortificação Uesugi-Takeda ao norte e atrasar o avanço deles em Azuchi.”

Masamune: “Entendido.”

Ieyasu: “...Sim, meu lorde.”

MC: “Estão todos se separando?”

Mitsuhide: “Se nós tivéssemos pegado Kennyo antes disso, nós teríamos tempo de destruir Uesugi e Takeda.”

Mitsuhide: “Mas agora que eles e Yukimura Sanada estão em movimento, nós somos forçados a isso.”

Mitsuhide: “Com dois inimigos, nós precisamos de dois grupos para derrotá-los.”

MC: “Não, eu entendi isso, é só que—“

(Se separar é que faz todo mundo ser morto em um filme de terror. Talvez o perigo envolvido é o que fez todo mundo estar no limite.)

(Mitsuhide parece um planejador cuidadoso. Ele obviamente pensou nisso. Mas isso realmente vai ser o suficiente?)

Hideyoshi: “Masamune, Ieyasu, vocês provavelmente vão encontrar com o Kenshin na linha de frente.”

Hideyoshi: “Tomem cuidado. Ele é merecedor do apelido dele de deus da guerra.”

(O deus da guerra?!)

*Cap. 6 – parte (7/10) completa*




❖ Parte 8 


(O deus da guerra?!)

Masamune: “Bem, eu nunca lutei com um deus antes, mas eu estou acostumado com seu território. Echigo e Oshu são vizinhos.”

Masamune: “Kenshin pode ser um deus, ou só um fantasma, mas Oshu vai estar em perigo se eu perder pra ele.”

Masamune: “Se eu o ver em batalha, eu arranco a cabeça dele fora. Vou fazer um corte puro, apropriado para um deus.”

(Masamune parece confiante. Animado até.)

Eu gostaria de ter essa confiança dele.

<Lembrança>

Masamune: “Nesses tempos caóticos, você precisa em que acreditar. Algo pelo qual matar, e algo pelo qual você morra.”

Masamune: “Sabendo que sua vida, ou de qualquer um, pode terminar a qualquer momento.”

Masamune: “Quando alguém está vivo seu corpo ainda está quente, e às vezes eu só preciso sentir esse calor para ter essa confirmação.”

Masamune: “Porque alguém pode estar com você em um minuto e no outro você se vira e ela se foi.”

<Fim da Lembrança>

(Masamune está preparado para lutar e morrer pela sua causa.)

(Se ele for morrer no campo de batalha, tenho certeza que ele não terá nenhum arrependimento. Mas eu não estou pronta pra aceitar a morte dele.)

De fato, o pensamento dele morrendo me corta o coração.

Mitsuhide: “MC, você vai ficar pra trás com o Lorde Nobunaga.”

Mitsunari: “É mais seguro pra você aqui.”

MC: “Obrigada vocês dois por se preocuparem com minha segurança.”

Eu podia dizer que eles estavam preocupados comigo. Mas na verdade, eu estava tão preocupada assim como todo mundo.

Mitsuhide: “Velocidade é a chave nesse ataque, mas o mais importante é o sigilo. Todos, fiquem constantemente alertas.”

..........................

(Todos partem amanhã.)

Primeiro houve um aumento nas mensagens. Agora, armas entram e saem do arsenal em grande velocidade.

(Eu estive pensando que as coisas ficaram bem ocupadas ultimamente. É por esse motivo então.)

Eu saí com todos depois da reunião ter acabado, mas logo eu estava sozinha no corredor com meus pensamentos.

(Masamune vai partir para a batalha amanhã.)

(E se ele morrer? E se eu nunca mais ver ele de novo?)

Masamune: “O que é essa cara sombria?”

MC: “Masamune.”

Eu me virei e vi ele sorrindo seu usual sorriso despreocupado.


Opções:

1- “Parece perigoso.” (escolhida)
2- “Isso é divertido pra você?”
3- “Vai começar logo.”


MC: “Essa batalha que está vindo vai ser perigosa?”

Masamune: “Essa é uma pergunta engraçada. Existe uma batalha que não seja perigosa?”

Eu acho difícil dar a ele uma resposta superficial.

Masamune: “Você está com medo?”

MC: “Estou. Mas eu pareço ser a única.”

(O pensamento continua vindo em minha cabeça. E se alguma coisa acontecer com você enquanto eu não estiver lá?)

(Eu estive em uma batalha. Bem, foi mais um conflito, e é esse o ponto: Eu não posso imaginar o quão perigoso isso vai ser.)

Não tem como eu saber se o Masamune voltará a salvo.

Não importa como, eu simplesmente não conseguia me tranquilizar de que tudo ficaria bem.

(Eu quero ir com ele. Eu quero estar ao lado dele e ajudá-lo.)

MC: “Masamune, o que você diria se eu pedisse pra ir com você?”

Eu deixei escapar, mas sabia que era isso que eu queria assim que terminei de dizer.

Masamune: “Eu diria que se for isso que você decidiu, então tudo bem.”

MC: “Verdade? Você não vai insistir que eu fiquei aqui, segura?”

(Eu tinha certeza que ele ia me falar não. Que eu ficaria no caminho dele.)

Masamune: “Sim, verdade. Mas eu tenho que ser honesto com você.”

Masamune: “Se você vier comigo pra batalha, você terá que vir preparada pra matar.”

(Oh.)

Masamune: “No campo de batalha, seus ideais só vão fazer com que você e os outros sejam mortos.”

Masamune: “E eu tenho absoluta certeza que você sabe disso, mas eu também não vou prometer te proteger.”

*Cap. 6 – parte (8/10) completa*




❖ Parte 9 


Masamune: “No campo de batalha, seus ideais só vão fazer com que você e os outros sejam mortos.”

Masamune: “E eu tenho absoluta certeza que você sabe disso, mas eu também não vou prometer te proteger.”

MC: “Eu entendo.”

(Masamune tem coisas mais importantes pra proteger do que minha vida, ou até mesmo a dele. Oshu e Nobunaga. Essas são as prioridades dele.)

(Eu não vou junto sem entender isso.)

Masamune: “Dito isso, seria um prazer ter uma apanhadora-de-daimyo veterana ao meu lado.”

Masamune: “Eu acho que você se provará útil, assumindo que encontraremos qualquer daimyo para você brigar.”

MC: “Você realmente acha isso hilário, não é?!”

Masamune: “Receio que sim. Desculpe.”

Masamune deu um tapinha carinhoso no meu ombro e saiu.

(Eu tenho que estar preparada pra matar.)

........................

Ieyasu: “Masamune, o que você está pensando?”

Depois de se separar da MC, Masamune virou a esquina só pra encontrar Ieyasu esperando por ele.

Masamune: “O que eu estou pensando sobre o que?”

Ieyasu: “Sobre encorajar a MC desse jeito.”

Ieyasu: “E se alguma coisa acontecer com ela? O que você faria?”

Masamune: “Eu superaria e continuaria seguindo em frente. O mesmo que eu faria com qualquer outro.”

Ieyasu: “Talvez você devesse dar um tempo e pensar seriamente sobre o que ela significa pra você.”

Ieyasu resmungou chateado e deu as costas para o Masamune, se retirando.

Masamune: “O que a MC significa pra mim?”

......................

Naquela tarde—

Eu deixei o castelo mais barulhento que o normal pra trás e me dirigi ao arsenal.

(Eu tomei a decisão de ir com o Masamune, e fazer o que for preciso para ajudá-lo.)

(Mas quando eu olho pra essas armas, eu ainda não me sinto “pronta”.)

Eu peguei o rifle com o qual eu estava treinando e suspirei. Foi quando a porta se abriu atrás de mim.

???: “Princesa?”

MC: “Oh, você é—“

*Cap. 6 – parte (9/10) completa*




❖ Parte 10 


Yojiro: “Princesa? Eu não esperava te encontrar aqui.”

MC: “Oh, Yojiro. Eu não te vejo desde que estava machucado. Você está melhor?”

Yojiro: “Bem melhor, obrigado.”

MC: “Você vai com o Masamune dessa vez, então?”

Yojiro: “É. Dessa vez eu vou estar agindo como um guarda, não um batedor. É por isso que estou aqui para colocar a armadura.”

(Guarda do Masamune? Eu imagino que o Yojiro tem estado com o Masamune o suficiente pra ter visto boa parte das batalhas.)

MC: “Yojiro, você tem medo de batalha?”

Mas a resposta que eu recebi foi diferente do que eu esperava.

Yojiro: “Bem, pra ser honesto, sim. Eu prefiro não lutar se não for preciso.”

(Todos os vassalos do Masamune parecem sempre tão dispostos. Achei que nenhum deles tivesse problemas para encontrar sua determinação.)

MC: “Então por que você está indo?”

Yojiro: “Porque eu acredito no Lorde Masamune e em seu objetivo de fazer um futuro melhor pra todos nós.”

Yojiro: “Lorde Masamune mostra sua determinação em tudo que ele faz, e eu quero que ele siga o caminho que ele acredita.”

Yojiro: “Eu sei que alguém como eu não será de muita utilidade pra ele. Mas sempre existe a chance de eu poder ajudá-lo se eu tiver com ele.”

Yojiro reuniu seus equipamentos e deixou o arsenal com um sorriso brilhante. Eu senti minha hesitação se dissipar.

(É verdade. Se eu não estiver por perto, eu nunca vou ter a chance de ajudar.)

(E eu nunca vou encontrar minha determinação se eu sentar aqui e me culpar por isso. Eu tomei minha decisão!)

(Eu escolhi ajudar o Masamune de qualquer maneira que eu puder.)

....................

Na manhã seguinte, nos arredores do castelo de Azuchi, a cavalaria montada se reunia em preparação para a partida.

Ieyasu: “MC?”

Masamune: “Moça!”

Eu customizei meu kimono para facilitar a movimentação e vim carregando o mais leve que podia.

Parados na frente das tropas, Ieyasu e Masamune olhavam pra mim surpresos.

Masamune: “Você decidiu vir junto?”

MC: “Sim. Eu até mesmo consegui a permissão do Nobunaga.”

(Na verdade, eu deixei uma carta pra ele dizendo que eu iria e que “ele não seria incomodado pela minha partida.” Quase isso, certo?)

Masamune: “E você está pronta pra matar?”

MC: “Eu não sei.”

Masamune: “Você não sabe?”

(Eu ainda estou assustada como nunca de entrar em uma batalha de verdade. E eu não posso dizer o que vou fazer quando uma briga real acontecer na minha frente.)

Eu firmei meu pé e dei um sorriso confiante ao Masamune.

MC: “Mas eu estou pronta pra te ajudar no campo de batalha. É por isso que eu estou aqui.”

Ele olhou pra mim com um espanto silencioso outra vez.

Então um sorriso relutante apareceu no rosto do Masamune.

Masamune: “Eu esqueci que estou lidando com a moça mais corajosa das forças de Oda.”

MC: “Eu tenho sua permissão pra ir junto?”

Masamune: “Seria bondade te recusar porque estou preocupado com você. Mas eu não sou tão bondoso.”

Masamune me ofereceu sua mão.

Colocando minha mão na dele, eu o deixei me ajudar a subir no cavalo. Seus braços se envolveram ao meu redor.

Masamune: “É sua decisão. Você pode acabar se arrependendo.”

MC: “Não mais do que eu me arrependeria por ficar.”

Eu peguei Ieyasu olhando pra mim.

Ieyasu: "Você pode acabar se machucando também.”

(Ieyasu?)

Com um olhar amargo, Ieyasu se virou para suas próprias tropas.

(Tradutora: *coração partido*)

Masamune: “Guerreiros de Oshu!”

Masamune pegou as rédeas e virou seu cavalo para encarar seus vassalos.

Masamune: “Alguns de vocês já devem ter ouvido, mas dessa vez nosso inimigo é muito forte. Ele se denomina deus da guerra.”

Masamune: “Eu não vou culpá-los se quiserem desistir agora. Então, o que me dizem?”

Sua voz poderosa ecoava pelo campo silencioso.

Masamune: “Aquele de vocês idiota o suficiente pra lutar com unhas e dentes para agarrar a vitória pelo bem de Oshu e o futuro dessas terras, sigam-me!”

Seus vassalos soltaram um rugido entusiasmado com suas palavras.

Yojiro: “Nós te seguiremos em qualquer campo de batalha, Lorde Masamune!”

Guarda do Masamune 1: “Graças ao nosso lorde sempre fazer coisas arriscadas, nós estamos acostumados com problemas perigosos!”

Guarda do Masamune 2: “E também, é difícil sentir a pressão da batalha quando ele diz isso enquanto segura a princesa no colo!”

Risadas eclodiram dos soldados.

(Mesmo a caminho de uma batalha perigosa, Masamune e seus homens vivem com o mesmo vigor que eles sempre tem.)

Eu estava tocada por essa estranha cena alegre. Fazia com que a possibilidade de um combate de vida ou morte parecesse alegremente distante.

Masamune: “Parece que eu estou realmente liderando um bando de idiotas para a batalha!”

Kojuro: “Alguns dizem que semelhante atrai semelhante, meu lorde.”

Masamune: “Cuidado, Kojuro.”

Masamune: “MC, tem alguma reclamação sobre minha velocidade? Melhor por pra fora antes que eu comece.”

MC: “Nós estamos com pressa, certo? Vamos correr como se estivéssemos com pressa!”

Masamune: “Eu gosto desse espírito! Vamos!”

Masamune: “Todo mundo, vocês ouviram a princesa! Corram!”

Com o chamado do Masamune, nós começamos a correr rapidamente. O vento assobiava nos meus ouvidos.

Eu mantive meus olhos fixos a frente, assim como Masamune havia me ajudado a fazer.

(É minha primeira batalha. Eu não sei o que espera por mim. Tudo o que posso fazer é o melhor que puder.)

(Seja o que for acontecer, agora que eu decidi ir junto, estou preparada para não me arrepender.)

❖ Na próxima parte: Nós tivemos um momento de paz antes da grande batalha. Faíscas de amor piscavam vivas e brilhavam suavemente, assim como os brilhantes em nossas mãos.
(Ele não pode nem mesmo saber o quanto eu gosto dele. É injusto que ele possa fazer isso tão facilmente.)
Masamune acariciou meu rosto. “Você sabe o que você está parecendo agora?”


**Capítulo 10 completo**

❖ CARTA 


Título: Algum Conselho

Você disse que queria vir junto. Tudo bem. Eu vou te receber como uma aliada e te tratar como um de meus vassalos.

Mas tenha isso em mente: se alguma coisa acontecer lá, minha primeira prioridade será sempre manter minhas responsabilidades. Eu não posso prometer proteger você.

Você vai para a batalha, então você tem que estar preparada para fazer o que for preciso para sobreviver, MC.

Esse é o melhor conselho que posso dar a você.

P.S. Eu escrevi essa carta em uma mesa dobrável, então é por isso que ela parece ruim. Minha escrita não é normalmente desleixada desse jeito. Quando você terminar de ler essa carta, queime ela. Não guarde.

Masamune




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