sábado, 17 de março de 2018

Masamune Date – Capítulo 1





 Depois que você clica para escolher a rota do Masamune vai aparecer os seguintes diálogos:

Masamune: “Eu não sei como você se sente, mas eu estou interessado em você.”

**Clique em "Yes"** 

Masamune: “Você está me escolhendo?”

Masamune: “Parece divertido. Mas não mude de idéia, está bem?”


Masamune Date – Capítulo 1



❖ Parte 1 



(...Bem, isso apenas aconteceu. É claro, minhas opções para ficar aqui e aceitar o trabalho foram “Sim” e “Sim, meu senhor.”)

(Eu só preciso manter minha cabeça em mim e grudada nos meus ombros.)

Nobunaga ordenou um banquete para celebrar a nomeação da sua nova chatelaine – Eu.

Havia pilhas de comida, adequadas para um daimyo, mas eu não tinha muito apetite.*1

<Lembrança>

Nobunaga: “Então que seja. Eu te nomeio minha chatelaine.”

Nobunaga: “Trabalhe duro e prove seu valor para mim, MC.”

<Fim da lembrança>

(Eu sou a chatelaine do Nobunaga Oda. E isso significa? Como eu tomo conta de um castelo? E das pessoas que moram nele?)

O banquete terminou sem eu ser informada direito. Mitsuhide foi o primeiro a se levantar.

Mitsuhide: “Se você me der licença, meu lorde, eu preciso ir.”

Ieyasu: “Eu também estou indo, Nobunaga.”

(Todos estão saindo para o trabalho, o que eu devo fazer?)

Hideyoshi: “Você parece perdida, MC.”

MC: “Na verdade, Hideyoshi, você não está errado. Eu quero trabalhar, mas eu não sei por onde começar.”

Hideyoshi: “Estou contente por você estar levando isso a sério. Você deve começar com o básico primeiro.”

Hideyoshi: “Se familiarize com o castelo. Mitsunari e eu vamos te mostrar ao redor.”

MC: “Obrigada! Isso vai ser uma grande ajuda.”

Hideyoshi: “E se eu pensar que você está agindo de forma suspeita, o próximo lugar que eu irei te mostrar é a masmorra.”

MC: “Certo. Vamos deixar isso por último.”

(Posso ver que eu não tenho a confiança dos meus colegas de trabalho.)

(Hmmm?)

A minha nuca estava coçando. Alguém estava me encarando.

O olho intenso do Masamune me olhava pensativo.

(Ele está fazendo cara feia. Acho que não tenho a confiança de NINGUÉM.)

Mitsunari: “Podemos ir, MC?”

MC: “Sim, eu acabei aqui.”

Feliz em escapar do olhar do Masamune, eu segui Hideyoshi e Mitsunari para fora.

............................

MC e os outros saíram, fechando a porta atrás deles.

Masamune esperou um momento antes de falar.

Masamune: “Meu lorde, você tem alguma tarefa em particular para a MC?”

Nobunaga: “Nenhuma. A não ser que ela cause problemas, eu estou bem em deixar ela fazer o que quiser. Essa sempre foi minha intenção.”

Masamune: “Pessoalmente, eu acho que seria bom pra ela ter um pouco de problema. É por esse motivo que eu quero recomendar algumas coisas.”

Nobunaga: “Contanto que a vida no castelo não seja interrompida.”

Masamune encolheu os ombros com indiferença.

Masamune: “A propósito, de onde ela veio?”

Nobunaga: “De 500 anos no futuro, se você acreditar nas suas histórias ultrajantes.”

Masamune: “500 anos no futuro?”

Masamune: “Eu não estava errado sobre ela. Isso vai ser divertido.”

................................

MC: “Eu devia ter desenhado um mapa. Esse castelo é enorme!”

Apenas andar ao redor do castelo de Azuchi levou o dia todo. Eu voltei para o meu quarto, exausta.

(Eu não vou me adaptar a esse lugar em um dia ou dois.)

(Aqui é o Período Sengoku, dos estados em guerra. Eu já vi como as atitudes das pessoas são diferentes.)

(Eu vou conseguir, eu sei que vou, mas o dia de hoje me ensinou o quão grande esse obstáculo vai ser.)

Eu achei minha bolsa, ainda colocada no mesmo lugar que a deixei essa manhã.

MC: “Agora, meu emprego dos sonhos está literalmente a 500 anos de distância.”

Eu puxei meu caderno de desenhos e o coloquei próximo á luz. Folhear através dos meus antigos designs me dava paz de espírito.

???: “MC, estou entrando.”

MC: “O que? Quem é?”

*Cap. 1 – (1/10) completo*




❖ Parte 2 



???: “MC, estou entrando.”

MC: “O que? Quem é?”

Masamune abriu a porta do meu quarto.

MC: “Masamune? É tarde da noite, o que você está fazendo—“

MC: “E-espada?!”

Um longo som de “shiiiiink” , quando se saca a espada, ressoou em meus ouvidos.

Eu segurei a respiração. Eu não tinha escolha, com uma ponta bem afiada, de uma espada bem real, apontada no meu pescoço.

(Por que ele está apontando uma espada pra mim?)

Eu me inclinei pra trás, mas a espada do Masamune me seguiu.

Masamune: “Eu tenho uma pergunta pra você.”

A luz da lamparina dançava sobre os traços de guerra do Masamune.

(O que eu fiz?! O que está acontecendo?)


Opções:

1- Ficar calma.
2- Gritar. (escolhida) 
3- Negociar


MC: “Você está louco?! O que você pensa que está fazendo?!”

Masamune: “Eu acho que fui perfeitamente claro.”

(Claro que você não é normal, sim.)

(Okay! Vamos apenas escutar o que ele tem a dizer.)

Masamune estava refletido na lâmina de sua espada afiada, que parecia um espelho.

Masamune: “Eu ouvi que você veio de 500 anos no futuro.”

Masamune: “Agora, isso é uma história ou não?”

MC: “É verdade.”

Masamune me estudou por um momento.

Era claro que ele precisava de mais do que só minha palavra, antes de acreditar em mim.

Então, como a lua revelada pelas nuvens, um sorriso crescente apareceu em seus lábios.

Masamune: “Entendo. Bem vinda ao Japão do passado, MC.”

MC: “Só pra esclarecer, isso significa que eu vou viver?”

Masamune: “Ter você aqui realmente vai deixar as coisas mais interessantes.”

Como se eu não apresentasse mais ameaça, ele deslizou sua espada de volta na bainha.

(Aquela foi sua única pergunta? Graças a deus foi uma fácil!)

MC: “Minha vez. Por que diabos você precisou apontar uma ESPADA pra mim?”

Masamune: “Aquilo? Sua história foi tão absurda, que eu precisava ter certeza de que você estava falando a verdade.”

Masamune: “É difícil mentir quando se tem uma lâmina na sua garganta.”

(Eu teria dito a você que eu vim do antigo Egito, só pra você NÃO apontar uma espada na minha garganta.)

Mas eu estava mais atordoada do que brava.

(Masamune é louco como o resto deles. Talvez até mais.)

Masamune: “Estou ansioso pra ouvir suas histórias sobre a vida no futuro.”

O olho azul do Masamune viu o caderno de desenho que eu estava segurando com força.

Masamune: “O que é isso?”

Masamune: “Isso são desenhos?”

..............

**Tela de explicação sobre o “Love Gauge” – Aqui o Sasuke aparece e explica sobre a barra de pontos**

*Cap. 1 – (2/10) completo*




❖ Parte 3 



Masamune: “O que é isso?”

Masamune: “Isso são desenhos?”

MC: “Esse é meu caderno de desenho. Está cheio de esboços dos meus designs.”

MC: “Eles são o que eu uso pra fazer roupas.”

Masamune: “Você desenhou isso?”

MC: “Sim, eu desenhei.”

Masamune: “Deixe-me ver.”

Eu entreguei meu caderno de desenho para o Masamune. Ele folheou através das páginas, estudando-as como ele fez comigo.

(Se ele tentar apontar sua espada pra mim de novo, eu saio daqui. Acho que a janela é minha melhor opção.)

Os poucos segundos de terror que o Masamune me deu,  me deixaram suando frio.

Eu o observei, pronta pra pular pela janela se eu visse a mão dele se mover mesmo que uma fração, mas quando ele levantou o olhar dos meus esboços—

Masamune: “Você é realmente talentosa!”

MC: “Sim, bem, você pode pegar—O que?”

(Eu o ouvi direito?)

Masamune: “Alguns são estranhos, até mais do que as roupas que os ocidentais usam, mas eles são chamativos. E você tem um bom olho para as cores.”

Masamune: “Nenhum artesão em nosso tempo seria capaz de aparecer com algo inovador como isso. Você é especial.”

MC: “Obrigada?”

(Eu não esperava que ele gostasse tanto deles.)

(Mas eu posso dizer pelo seu olhar,  que ele não está dizendo isso apenas pra me impressionar.)

Masamune: “Eu gosto do seu estilo. Estou pegando esse aqui!”

Masamune sorriu enquanto arrancava uma folha do meu caderno de desenhos. Meus olhos se arregalaram.

MC: “V-você está simplesmente pegando isso?!”

Masamune: “Não é como se tivesse perdendo alguma coisa.”

(Eu estou! Eu estou especificamente perdendo um dos meus designs pra você!)

Masamune: “Está bem, desculpe por acabar com você desse jeito. Durma um pouco!”

Antes que uma réplica pudesse sair de meus lábios, Masamune já tinha ido.

(Eu. Só. Que?)

(Ele vem até meu quarto, me ameaça, me dá as boas vindas, me elogia, e então pega minhas coisas!)

Eu olhei para o meu caderno de desenhos. Pelo menos o Masamune arrancou a página certinho, ao longo da linha perfurada.

(Esse não é o jovem arrogante que eu me lembro de todos os dramas de samurai. Ou talvez ele seja. Mas ele é simplesmente louco!)

O furação Masamune me deixou devastada.

(Mas ele me elogiou. Não deveria ser grande coisa, mas mesmo assim--)

<Lembrança>

Masamune: “Você é realmente talentosa!”

Masamune: “Eu gosto do seu estilo. Estou pegando esse aqui!”

<Fim da lembrança>

(Até mesmo a entrevistadora para o emprego de design ficou impressionada comigo,  em nível profissional.)

MC: “Eu devo estar louca, mas ouvir o Masamune elogiar meu trabalho foi legal.”

(Provavelmente é o tapa-olho. Qualquer coisa parece legal vinda de um homem com um tapa-olho.)

Em Sengoku, eu encontrei a primeira pessoa que olharia para o meu trabalho com uma admiração completa, irrestrita.

Não era o suficiente pra eu o desculpar por ter apontado uma espada pra mim, mas eu fui capaz de relaxar novamente.

...............................

Na manhã seguinte, após o café da manhã, eu segui as instruções de Hideyoshi e reportei ao Nobunaga.

(Pelos próximos 3 meses, ele será meu chefe.)

(A boa notícia é que, quando eu voltar, eu nunca mais vou ter medo de nenhum outro chefe de novo.)

MC: “Bom dia, Nobunaga. Eu vim para receber uma tarefa.”

Nobunaga: “Você na verdade está aqui para trabalhar. Masamune estava certo sobre você.”

MC: “Masamune? O que ele disse?”

Nobunaga: “Ele não achou que era de sua natureza se esconder nas sombras.”

(O que é isso sobre o Masamune? Foi o Hideyoshi que me falou pra eu te ver.)

O sorriso inexplicável do Nobunaga não me dizia mais nada.

Nobunaga: “Já que você está aqui, eu tenho um serviço pra você.”

*Cap. 1 – (3/10) completo*




❖ Parte 4 



(Eu sinto que estou sendo sacaneada.)

Balançando minha cabeça, eu caminhei através do corredor em direção a residência do Mitsuhide—

Essa manhã, Nobunaga me instruiu a visitar as mansões dos seus vassalos mais importantes.

<Lembrança>

Nobunaga: “Você vai visitar cada um deles e ver se eles têm tudo o que precisam durante a estadia deles em Azuchi.”

<Fim da lembrança>

(Parecia a tarefa perfeita para o primeiro dia. Mas alguém está armando pra mim—alguém incrivelmente óbvio.)

Primeiro eu fui até o Hideyoshi para ver o que ele precisava—

MC: “Okay. Então arrumar alojamentos para o grupo que chegará tarde, e então tudo estará resolvido?”

Hideyoshi: “Sim. Apesar que, MC, antes de você ir—“

Hideyoshi me parou quando eu levantei.

Hideyoshi: “Mitsunari, dê a coisa pra ela.”

(“A coisa?”)

Mitsunari: “Aqui está, MC.”

Mitsunari: “Lorde Masamune veio aqui mais cedo e disse para dar isso pra você.”

Mitsunari me entregou um prato de verniz que tinha um bolo de arroz com uma pasta verde grossa no topo.

MC: “Por que o Masamune veio até sua casa com algo pra mim?”

Hideyoshi: “Eu não sei. Foi tudo o que ele disse quando veio essa manhã.”

(Eu acho que comi um desses na minha viagem para Sendai. Eu não sabia que eles tinham isso em Sengoku.)

Era estranho, mas eu estava com fome. Eu mordi um pedaço da guloseima ligeiramente pegajosa.

MC: “Yum! Isso é delicioso!”

A pasta doce de edamame estava suave e cremosa. Sorrindo, eu acabei com o resto.*2

Hideyoshi: “Bem, parece que não é veneno pelo menos. Não um com ação rápida. Nunca se pode contar com o Masamune.”

MC: “Mmph?! Q-que?! Você pensou que estava envenenado?!”

Hideyoshi: “E você foi descuidada o suficiente para comer sem pensar duas vezes.”

Hideyoshi: “Parabéns. Agora eu não acho que você seja uma espiã que apareceu pra pegar Lorde Nobunaga. Pelo menos não uma que seja boa.”

MC: “Nossa....estou tão feliz em ouvir isso.”

Mitsunari: “Mas, Lorde Hideyoshi está certo, MC. Você realmente deveria ter alguém pra testar se tem veneno nas coisas primeiro.”

Mitsunari: “Tente não cometer esse erro da próxima vez que alguém te oferecer comida.”

MC: “Obrigada pelo conselho, Mitsunari. Eu espero nunca precisar disso.”

(O próximo era Ieyasu--)

Ieyasu: “Você realmente veio? Eu pensei que você fosse fraca, mas agora eu vejo que você é só uma tola.”

MC: “Por que? Porque eu vim fazer meu trabalho? O que você está fazendo?!”

Ieyasu empurrou uma espada de madeira na minha direção. Não a ponta. Ele estava oferecendo ela pra mim.

Ieyasu: “Você quer lutar comigo, certo?”

MC: “Uma luta?! Com espadas?! De onde você tirou isso!?”

Ieyasu: “Masamune me entregou a mensagem essa manhã. Eu estava pronto, mas não foi por isso que você veio?”

(MASAMUNE. Você e eu temos que conversar.)

MC: “Por que ele está fazendo isso comigo? Eu não estou paranóica, certo? Isso realmente está acontecendo?”

Eu não podia entender o objetivo insondável que me esperava no fim desse dia cheio de armadilhas.

(Quarto do Mitsuhide. Eu já sei que tem alguma coisa esperando por mim aqui. Está muito perfeito.)

Eu abri a porta, pronta pra qualquer coisa.

MC: “Mitsuhide? Eu vim pra—AHHH!”

Eu fui imediatamente abordada por vinte quilos em um salto impossível.

(Eu não acredito nisso!)

O que quer que fosse que bateu contra meu peito, tirou meu fôlego. Eu cai de bunda no chão.

Pelos suaves, felpudos, encontraram com minha mão. Dois grandes olhos me encaravam.

???: “Mwrraoh!”

MC: “Você não é um gato.”

(Gatos não ficam grandes assim.)

Mitsuhide: “Eu estava me perguntando quem estaria gritando na minha porta.”

MC: “Olá, Mitsuhide.”

MC: “Você....possui tigres?”

Mitsuhide: “Eu? Nunca. Essa coisa pertence ao Masamune.”

MC: “É claro que pertence. Masamune tem um filhote de tigre. Claro.”

Mitsuhide: “Ele esperava que você chegasse aqui logo, então ele colocou o animal dele no meu quarto como armadilha pra você.”

MC: “Depois das duas primeiras armadilhas, não era muito difícil adivinhar.”

Mitsuhide: “As duas primeiras?”

MC: “Eu gostaria de esquecer sobre isso, se não se importa.”

(Mesmo que esse rapazinho ainda seja pequeno, relativamente falando, eu vou precisar ser firme quanto a isso.)

(Masamune não pode manter um tigre como animal de estimação, e ele certamente não pode usar isso para surpreender as pessoas como se fosse uma lata de Silly String.)*3

MC: “Eu quase me esqueci do motivo de estar aqui. Mitsuhide, tem alguma coisa que esteja te causando problemas aqui em Azuchi?”

MC: “Nobunaga me instruiu para ver se alguém precisa de alguma preparação especial, ou se tem algum pedido.”

Mitsuhide: “Não tem nada em particular. Meu feudo é perto, então tudo que eu for precisar é fácil de conseguir.”

MC: “Está bem, obrigada por me deixar saber.”

(Só falta o Masamune agora. Eu tenho muita coisa pra conversar com ele.)

Eu peguei o tigre nos meus braços e me despedi do Mitsuhide com uma reverência breve.

MC: “Vejo você por aí, Mitsuhide.”

Enquanto eu caminhava, eu ouvi o Mitsuhide dizer atrás de mim,

Mitsuhide: “Espero que sim. Porque eu tenho que ver como isso vai terminar.”

*Cap. 1 – (4/10) completo*




 ❖ Parte 5 



MC: “Hey, acalme-se, você. Nós vamos encontrar seu ‘pai’ logo!”

Filhote de tigre: “Mraah!”

O indisciplinado filhote de tigre se recusava a ficar quieto. A hora que eu cheguei na mansão do Masamune, eu estava pronta pra me render.

MC: “Com licença, eu sou a nova chatelaine, MC, e eu vim até aqui pelas ordens do Lorde Nobunaga.”

Um homem, que eu suponho ser o chefe dos vassalos do Masamune, apareceu na porta, curvando sua cabeça respeitosamente pra mim.

Chefe vassalo: “Princesa, nosso lorde te aguarda lá dentro.”

MC: “Obrigada, hm, hein?”

Havia duas fileiras de vassalos, parados em atenção, se alinhando dos dois lados ao longo do corredor.

Cada par que eu passava se curvava em sincronia com meus passos. Era como uma recepção de realeza. Ou uma casa assombrada.

(Primeiro, eu sou uma testadora de veneno, depois uma lutadora de espadas, depois uma domadora de animais, e finalmente uma princesa?)

(O que Masamune está aprontando?!)

Quando cheguei no fim do corredor, a porta se abriu diante de mim.

Masamune: “Bem vinda, MC.”

Eu fui atraída pra dentro pelo sorriso charmoso e distraído do Masamune. Ele se sentou como um lindo príncipe.

Masamune: “Parece que o Shogetsu achou uma amiga.”

Masamune: “Normalmente ele não deixa as pessoas o segurarem. Ele arranha e morde, esse gato imprudente.”

(Shogetsu. Escrito como “lua brilhante”, penso eu. Só de olhar para o Masamune posso dizer que o tema dele é a lua.)

MC: “Essa é mais uma razão pela qual você não pode mantê-lo!”

Masamune: “Que? Por que?”

MC: “Porque ele é um tigre! Ele é um bebê agora, mas não será por muito tempo!”

MC: “Ele me tirou o fôlego. E se ele machucar ou matar alguém? Tigres não são animais de estimação!”

Eu andei até o Masamune e larguei Shogetsu no colo dele.

Masamune parecia atordoado.

Ele não disse nada. Seu único, maravilhoso, olho azul estava arregalado.

(Que! Você não tem direito de me olhar desse jeito. Eu não apontei uma espada para o seu pescoço ou mantenho um animal letal!)

(E mesmo assim, ele realmente está chocado. Oh, está bem.)

MC: “Olha, como chatelaine, nós não podemos ter nenhum ‘gato imprudente’ à solta. Apenas tenha certeza de não deixar seu gatinho se perder.”

Eu estava saindo antes de me lembrar que não havia realmente terminado aqui. Masamune saiu do seu estado de espanto.

Masamune: “Entendo.”

MC: “Bem, ótimo.”

Mesmo sentado, Masamune parecia alto. Seu único olho estava intensamente fixado em mim.

Então ele deixou escapar outro de seus deliciosos sorrisos.

Masamune: “Você me surpreendeu novamente. Eu sabia que não estava errado sobre você.”

MC: “Okay?”

Masamune: “Você me deu uma bronca antes mesmo de dizer oi!”

Masamune: “Eu gosto dessa ousadia. Não é a única coisa que gosto, no entanto.”

MC: “Hum, okay. E, olá. Mas, Masamune, nós precisamos—“

Masamune pegou meu pulso e me derrubou pra perto dele.

Seu sorriso crescente, seu olho vívido. Aquele tapa-olho. Meu cérebro estava me dando sinais que não estavam relacionados ao trabalho.

Agora ele estava próximo, e parado muito perto de mim.

Havia um brilho em seu olho, e eu achava impossível desviar o olhar dele.

Masamune: “Está tudo bem, gatinha. Eu não vou deixar você se perder.”


**Sasuke aparece explicando sobre o “Love Challenge” **


❖ Na próxima parte: (Isso foi um cara meloso sendo simpático, ou Masamune estava flertando comigo?)
Eu já estava cheia do Masamune quando Nobunaga me mandou em uma missão!
Mas o conselho do Masamune foi surpreendentemente efetivo. “Só é assustador se você disser pra si mesma que é. Agora, isso é assustador?”

*Cap. 1 – (5/10) completo*




❖ Parte 6 



Masamune: “Está tudo bem, gatinha. Eu não vou deixar você se perder.”

Eu encarei o olho do Masamune. Ele estava perto. A sua mão ao redor da minha estava quente. E uma parte de mim sentia que agora um bom momento para miar.

Mas Shogetsu, seu filhote de tigre, vagou pelo quarto antes de sair pela porta que eu tinha entrado.

MC: “Eu posso cuidar de mim mesma, obrigada. Era do seu tigre que eu estava falando. O que acabou de fugir?”

Eu pensei em sair de toda essa situação sozinha, mas era igualmente tentador ficar ali com o Masamune.

MC: “E também, nós precisamos conversar sobre essa manhã. Que diabos foi aquilo?!”

Masamune: “Antes de eu responder isso, eu sou sua última parada por hoje?”

MC: “Sim. Agora, sobre minha pergunta—“

Masamune: “Ótimo. Isso deve nos dar tempo suficiente.”

Masamune: “Deixe-me te levar de volta. Eu te falo no caminho.”

Masamune: “Kojuro, estou saindo! Você e os rapazes cuidem do lugar enquanto eu estiver fora.”

Kojuro, o homem que me deixou entrar, e as duas fileiras de vassalos no corredor, todos responderam afirmativamente com entusiasmo.

Masamune ficou de pé, e eu me levantei com ele.

MC: “Eu estou confortável com o castelo agora. Eu posso voltar sozinha.”

MC: “Então, quando quiser soltar minha mão, eu vou só—“

Masamune: “Não seja tímida. Vamos. Eu prometo que não mordo.”

MC: “Não, eu falo sério!”

Mas como se estivéssemos ligados por algemas invisíveis, eu não podia ficar longe dele. 
Masamune me levou pelo centro da cidade de Azuchi.

Masamune: “Olha para esse céu, MC.”

(Eu devo também desistir da minha mão e apenas curtir por agora.)

Masamune: “A propósito, eu tenho tudo o que preciso em minha mansão.”

MC: “Certo, eu ia te perguntar isso!”

(Masamune fez eu me esquecer completamente do meu trabalho.)

MC: “Você sabia o porquê eu estava indo te ver?”

Masamune: “Fui eu que disse ao Nobunaga pra te dar esse trabalho em primeiro lugar.”

MC: “Você teve a idéia pra essa tarefa? Por que?”

Masamune: “Você parecia apreensiva sobre o tamanho do castelo de Azuchi. Agora você conhece todas as mansões.”

(Eu pensei mesmo que foi uma boa maneira de passar meu primeiro dia no trabalho.)

MC: “E aqueles truques foram uma maneira de fazer eu me lembrar de todos?”

Masamune: “Há! Não, eu armei eles pra que você não ficasse entediada.”

Masamune: “Você gostou deles? Eu queria presentes que fizessem você se sentir bem vinda.”


Opções:

1- “Aquilo não era presente.” (escolhida) 
2- “Sentir bem vinda?”
3- “Você foi longe demais.”


MC: “Eles foram mais como pegadinhas do que presentes.”

Masamune: “Você pode confessar que se divertiu, sabe.”

MC: “Não, realmente não!”

(Nós podemos ficar nesse argumento em círculo o dia todo.)

Sejam quais fossem as reclamações que eu apresentasse ao Masamune, entrava por um ouvido e saía pelo outro.*4

(Eu deveria provavelmente arrancar essa página desse livro. Apesar que, isso me lembra do meu pobre caderno de desenhos!)*5

(Bom, por bem ou por mal, parece que fiz um amigo aqui. Se é que eu posso chamá-lo disso.)

Aldeão 1: “Olha! É o Lorde Masamune!”

Aldeão 2: “E essa é a linda princesa de que todos estão falando? Eles fazem um amável casal!”

(Um casal, hein? Se eles apenas soubessem.)

Em favor deles, andando de braços dados, nós provavelmente parecemos mesmo um casal.*6

(Romance e namoro, especialmente, devem ser outra das coisas que mudaram em 500 anos.)

MC: “Essa foi uma resposta muito curta, por falar nisso. Com certeza não precisava de toda essa caminhada.”

MC: “Por que você simplesmente não me disse na sua casa?”

Masamune: “Hmm? Eu pensei que já tivesse respondido isso.”

MC: “Não. Tenho certeza que não.”

Masamune: “Bem, quando você quer saber alguma coisa no futuro, você simplesmente fica parada e conversa sobre isso?”

MC: “Geralmente sim.”

Masamune: “Para mim, a ação é a maneira mais confiável de obter uma resposta honesta de alguém.”

(Certo. Aquela primeira noite, com a espada. Honestamente, eu prefiro conversar.)

Masamune: “Além disso, está um dia adorável. Bom para se exercitar.”

MC: “Não posso negar isso.”

(Masamune é permanentemente configurado em “alta velocidade”. Eu devia ter percebido isso do nosso passeio a cavalo na primeira noite.)

(Não é meu ritmo, mas talvez não seja tão ruim.)

Enquanto nós caminhávamos, eu olhei para o Masamune, medindo qual seria a melhor forma de lidar com ele daqui em diante.

(Ele é só otimista? Será que ele sabe o que faz e não está possivelmente incomodando outras pessoas?)

MC: “Você é um tipo de homem bem diferente.”

Masamune: “Isso é um elogio, certo?”

MC: “Nesse caso, sim. É um elogio.”

(Masamune parece ter muito prazer pela vida, enquanto ignora cegamente as regras. Eu acho isso admirável.)

MC: “Eu acabei de perceber. Esse não é o caminho para o castelo de Azuchi.”

Masamune: “Certamente não é.”

Masamune: “Desde que nós dois estamos aproveitando isso, eu pensei que poderíamos ir a alguns lugares da cidade.”

MC: “E de quantos lugares nós estamos falando?”

Masamune: “Bem, você é de 500 anos no futuro.”

Masamune: “Que tal 500 paradas para mostrar a você como é a vida no nosso tempo?”

(Ele não pode estar falando sério. Certo?!)

*Cap. 1 – (6/10) completo*




❖ Parte 7 



Nós olhamos tecidos, almoçamos, brincamos na beira do rio com algumas crianças, passeamos pelo jardim, jantamos—

A hora que nós estávamos no caminho de volta ao castelo de Azuchi, eu estava bem certa de que já tinha visto a cidade toda pelo menos duas vezes.

(Que dia. Eu não me lembro de ter tido um dia assim. Nunca.)

Eu estava tão focada em ir embora que não tinha dado atenção às pessoas, às coisas, às paisagens do Japão do século 16.

Masamune: “Isso é tudo de Azuchi. Cidades de 500 atrás não são tão ruins, são?”

Pela maneira como Masamune falava, eu sabia que ela já sabia a resposta.

MC: “É verdade. Elas não são tão ruins.”

(E talvez você não seja tão ruim também, Masamune.)

MC: “Obrigada pelo passeio. Eu me diverti.”

Masamune: “Não precisa me agradecer, gatinha. Eu só faço aquilo que tenho vontade.”

(Eu, uh, percebi!)

Sorrindo, Masamune passou seu longo dedo pelo meu rosto.

Foi um toque estranhamente carinhoso. E eu não tinha certeza do que fazer com isso.

Masamune: “Venha me ver a qualquer hora. Você é sempre bem vinda.”

Com isso, Masamune soltou minha mão.

(Ele estava segurando ela na maior parte do dia enquanto me levava de lugar a lugar.)

Eu senti uma onda refrescante no meu pulso. Fez eu perceber como minha mão estava quente.

Masamune: “Vejo você por aí.”

Mostrando um sorriso animado, Masamune voltou pelo caminho que tínhamos vindo.

(Isso foi um cara meloso sendo simpático, ou ele estava flertando? Ele definitivamente parecia estar flertando na mansão dele!)

(Ainda tem muita coisa que eu não sei sobre Sengoku. E Masamune é um enigma mais profundo ainda.)

Eu decidi que era melhor não interpretar nada sobre aquela carícia até eu ter um conhecimento melhor dos costumes locais.

Mas eu sabia que não havia odiado aquilo.

..........................

Eu dormi bem, e acordei me sentimento revigorada na manhã seguinte.

Curiosa, eu abri minha cópia do “Guia de viagem para os Lordes guerreiros mais quentes do Japão.”

(Masamune Date, o dragão de um olho! Aqui vamos nós!)

“Com seu tapa-olho sexy, ele de destaca entre os Lordes guerreiros de Sengoku. Ele pode fazer de tudo, desde cozinhar até matar!”

(Que introdução! Vamos continuar lendo. “Uniu a região Norte de Oshu com 23 anos de idade!” Essa é uma parte enorme do país!)

(“Fundou a cidade de Sendai, incluindo muitas das suas tradições culinárias!” Para um espírito tão livre, ele deixou uma grande marca!)

Eu tentei comparar Masamune com o homem no guia de viagens. Tudo que eu podia ver em comum no momento era o tapa-olho sexy.

Foi quando eu percebi que alguém estava me chamando através da porta.

Mitsunari: “MC? Você está de pé?”

MC: “Sim, Mitsunari. O que foi?”

Mitsunari: “Lorde Nobunaga está te chamando. Ele está pedindo para que você venha até a sala de audiência.”

Quando cheguei, fui recebida com a mesma reunião impressionante de Nobunaga Oda e seus lordes guerreiros.

(Masamune está aqui também. Eu não vejo Mitsuhide, no entanto.)

(Sobre o que é isso?)

Eu me sentei no fundo, perto do Mitsunari.

Nobunaga: “Estão todos aqui. Hideyoshi, dê a eles o relatório.”

Hideyoshi: “Sim, meu lorde.”

(Isso não parece uma reunião normal. Alguma coisa aconteceu.)

Hideyoshi: “Essa manhã nós recebemos um certo pedaço de informação.”

Hideyoshi: “O daimyo Yoshitoshi, um antigo vassalo do Takeda, agora servindo nosso lorde, fez um pacto com o restante do clã Uesugi      
  .”
(...Seria mal-educado pedir pra ele repetir isso, certo?)

Eu me virei para o Mitsunari e dei a ele um olhar de “interpretação por favor”. Mitsunari respondeu silenciosamente.

Mitsunari: “Um dos nossos novos jurados aliados, Lorde Yoshitoshi, tem enviado mensagens para um inimigo do Lorde Nobunaga.”

Mitsunari: “As mensagens indicam que Lorde Yoshitoshi é suscetível a uma revolta.”

MC: “Uma revolta.”

Nobunaga: “Eu não vejo motivos para esperar até que ele nos traia. Hideyoshi, Ieyasu, Masamune.”

Nobunaga: “Traga o número de tropas necessárias para descobrir a verdade, e tomem qualquer medida que vocês julguem apropriadas.”

Hideyoshi: “Sim, meu lorde!”

Ieyasu: “Eu entendo.”

Masamune: “Talvez nós iremos ver alguma ação!”

(Um possível traidor e a ameaça de revolta. Parece um grande problema.)

Nobunaga: “MC, fique pronta. Você vai com eles.”

MC: “Que? Por quê? O que devo fazer?! Cumprimentar seus funcionários e perguntar se eles precisam de alguma coisa?”

Nobunaga: “Você é meu amuleto da sorte. Vá com eles, e traga sucesso para a missão deles.”

(Certo. Eu não sou só chatelaine. Eu sou o trevo de quatro folhas do Nobunaga.)

<Lembrança>

Nobunaga: “Você será meu amuleto da sorte enquanto unifico essa nação e tudo que estiver além dela.”

MC: “Você me quer por perto porque estou com sorte?”

<Fim da lembrança>

(Isso pode ser o que o Nobunaga quer, mas eu não tenho certeza que estou confortável com isso.)

MC: “Isso parece uma situação para guerreiros. E eu não sou um guerreiro, então eu acho que vou recusar dessa vez—“

Hideyoshi: “Não desobedeça uma ordem direta do nosso lorde. Agora embrulhe suas coisas para ficar pronta para partir, MC.”

(Qual é!)

E então eu fui recrutada para essa missão de descoberta, quer eu goste ou não.

Algumas horas depois—

Felizmente, as criadas sabiam o que empacotar pra mim.

Eu ainda me destacava no meio do grupo de samurais armados e montados.

Hideyoshi: “MC, para de ficar ao redor. Você está no caminho.”

(Se eu prometer ser um incômodo, você me deixa pra trás? Por favor?)

Mas Hideyoshi não parecia que estava com humor para ouvir minhas reclamações.

Masamune: “Com quem a moça vai?”

Hideyoshi: “Com quem pegá-la, eu suspeito.”

Hideyoshi: “Masamune, Eu não quero que você vá como um louco do jeito que você faz. Essa é uma missão delicada. Seja cuidadoso.”

Masamune: “Eu não posso te prometer isso, Hideyoshi. Eu tenho que fazer as coisas do meu jeito.”

Masamune: “MC sabe disso, certo, MC?”

MC: “Você pode dizer que eu tenho visto alguma evidência—Uou!”

Masamune me pegou com seus braços fortes e me colocou no seu cavalo.

MC: “Hey!”

*Cap. 1 – (7/10) completo*




❖ Parte 8 



MC: “Hey!”

Eu estava no ar por um momento, antes de eu me encontrar sentada de lado na sela com Masamune, bem presa entre seus braços.

MC: “Isso significa que eu vou com você, Masamune?”

(Só de lembrar nossa velocidade no caminho de volta de Honno-ji para Azuchi está fazendo minha cabeça girar.)

MC: “Posso talvez trocar com outra pessoa?”

Masamune: “Qual o problema, moça?”

MC: “Eu fico enjoada no cavalo. E da última vez que nós cavalgamos juntos, você correu muito rápido.”

Masamune: “Oh, isso é tudo? Bem, nós estávamos com pressa daquela vez.”

(É um alívio ouvir isso! Eu honestamente pensei que ele sempre cavalgasse rápido daquele jeito!)

Hideyoshi: “Isso é tudo então. Vamos partir. Ieyasu, você está pronto?”

Ieyasu: “A qualquer hora.”

(Estar aqui com esquadrão de homens, todos de armadura, realmente parece Sengoku.)

Sengoku—a palavra diz tudo. O país todo em guerra. Mas esse não era um romance de guerra.

(Pensar na batalha real, na violência real, e pessoas reais morrendo, é mais assustador do que pensei.)

Masamune: “Nós seremos sua vanguarda. Vejo você quando chegar lá!”

MC: “Nós não iremos todos juntos?”

Hideyoshi: “Masamune, eu acabei de te dizer pra não agir da sua—“

Masamune: “Segura firme, MC.”

Rédeas em mão, Masamune deu um rápido comando verbal. De repente, eu estava flutuando.

O cavalo preto ergueu suas pernas da frente saindo em galope, correndo como o vento.

MC: “Eu pensei que nós íamos devagar--!”

(Tão rápido! Estou tremendo! Eu vou cair!)

O vento sussurrava em meus ouvidos. Eu me curvei bem firme, desesperada pra ficar.

Eu estendi pra trás uma mão tremendo e agarrei o tórax do Masamune. Ele riu.

MC: “Você disse que ia devagar!”

Masamune: “Eu não disse isso!”

Masamune: “Eu só disse que nós estávamos com pressa daquela vez.”

Masamune: “Eu não disse que nós não estaríamos com pressa agora!”

(Eu te odeio!!)

Nós continuamos aumentando a velocidade. Eu me encolhi mais, segurando mais firme.

Então, eu ouvi a voz do Masamune. Eu a senti, quente em meus ouvidos.

Masamune: “Relaxa, MC. Está tudo bem.”

Masamune: “Abandone seu medo. Olhe onde você está. Divirta-se.”

MC: “Mas eu vou cair!”

Masamune: “Qual é, você realmente acha que eu deixaria você cair? Agora, olha pra frente. Sinta o vento.”

**CG:





MC: “Eu sinto—“

Eu me senti eufórica. O vento passava, refrescando meu rosto, ao mesmo tempo em que a respiração do Masamune o aquecia.

Eu relaxei, ainda segurando no Masamune, mas facilitando ao invés de lutar contra ele.

Masamune: “Você não pode aproveitar a vida se passar o tempo todo se encolhendo com medo, escondendo seus olhos.”

MC: “Nós estamos indo tão rápido, no entanto!”

Masamune: “Só é assustador se você disser pra si mesma que é. Agora, isso é assustador?”

Masamune cutucou minha bochecha com seu queixo, insistindo meus olhos para frente.

MC: “...É lindo.”

Masamune: “Isso aí, moça.”

Meu coração estava palpitante no meu peito.

O por do sol espalhava raios dourados pelo campo. O cheiro doce de grama e flores silvestres saudava meu nariz.

MC: “Isso é incrível!”

(Eu nunca tinha o visto o mundo nessa velocidade.)

Os arredores passavam por mim num instante, se misturando, se combinando, em um lindo círculo de cores.

Masamune: “A vida não é mais divertida desse jeito?”

*Cap. 1 – (8/10) completo*




❖ Parte 9 



Masamune: “A vida não é mais divertida desse jeito?”

As palavras do Masamune foram a chave para acabar com meu medo.

(Você não pode aproveitar a vida se escondendo, hein?)

O vento acariciava meu rosto enquanto eu sorria.

MC: “Sim. É divertido!”

Masamune: “Ótimo. Então vamos aumentar a diversão e ir ainda mais rápido.”

MC: “Não, não! Isso é divertido o suficiente! Não vá mais rápido!”

Masamune: “Shhhh. Aproveite isso.”

(Oh cara--)

Eu ouvi Masamune rir enquanto ele aumentava a velocidade.

...........................

Eu não tinha idéia de quão longe de Azuchi nós estávamos. Mas o sol tinha se posto durante nossa viagem, e nós corremos debaixo das estrelas brilhantes.

Finalmente, nós chegamos na residência do daimyo, Yoshitoshi.

Hideyoshi: “Droga, Masamune! Eu te disse pra não ir na frente por conta própria.”

Masamune: “Desculpa, desculpa, força do hábito.”

Ieyasu: “Você está mentindo sobre estar arrependido.”

(Foi divertido, mas eu definitivamente senti meu tempo de vida encolher àquela hora.)

Apesar do ritmo alucinante do Masamune, Hideyoshi, Ieyasu, e o resto dos homens nos alcançaram rapidamente.

Nós todos paramos na frente do portão da residência palaciana.

MC: “É aqui onde Yoshitoshi mora?”

Hideyoshi: “Sim. E nós não vamos sair até ele se confessar.”

Depois de falar com um criado, nós fomos levados a uma sala espaçosa, onde um homem com roupas ricas nos aguardava.

Hideyoshi: “Diga-nos. O que você escreveu nessa carta é verdade?”

Hideyoshi: “Se isso for tudo um mal entendido, nós guardaremos tudo e te deixaremos em paz agora.”

Yoshitoshi continuava com seus lábios fortemente apertados.

Eu não sabia se eu poderia dizer aquilo tão calmamente na nossa frente como ele fez.

(Eu vou ser sincera, eu me sinto fora do lugar aqui.)

Ieyasu: “Nós temos relatos de que você está explorando a população, confiscando o dinheiro deles.”

Ieyasu: “O que você iria fazer com todo o dinheiro? Comprar armas para a sua revolta?”

Yoshitoshi continuava teimosamente em silêncio.

Masamune: “Isso está levando uma eternidade. Eu digo que nós simplesmente o matamos.”

(Eu acho que o Masamune está fazendo o papel de policial ruim?)

Mas Masamune parecia mortalmente sério enquanto colocava as mãos em sua espada.

Ainda assim, funcionou. Yoshitoshi imediatamente quebrou seu silêncio.

Yoshitoshi: “É-é tudo verdade. Tudo que eu escrevi na carta é verdade.”

Hideyoshi: “Isso é um começo.”

Hideyoshi: “Agora, por que você traiu seu lorde?”

Yoshitoshi: “Eu só jurei lealdade ao Nobunaga porque eu acreditava que meu verdadeiro lorde estava morto! Mas o Lorde Shingen Takeda ainda está vivo!”

Hideyoshi: “Que?!”

Yoshitoshi: “Não é só o Lorde Shingen. Kenshin Uesugi está vivo também! Ele está abrigando o Lorde Shingen.”

Yoshitoshi: “Eu era leal a eles antes do Nobunaga! Estou simplesmente me aliando ao meu lado apropriado!”

Ieyasu: “Shingen Takeda e Kenshin Uesugi ainda estão vivos?”

Masamune: “Que notícia mais interessante.”

(Não era novidade pra mim, desde que Sasuke me contou. Parece que é realmente uma mudança no jogo para todos os outros, no entanto.)

Yoshitoshi: “Vocês estão chocados, mas é a verdade.”

Yoshitoshi: “Talvez seja a hora de vocês 3 reconsiderarem onde depositam sua lealdade? Nobunaga é fraco! Ele não é páreo para eles!”

Hideyoshi: “Você está satisfeito com essas serem suas últimas palavras?”

Hideyoshi se levantou, rosto frio como aço.

Hideyoshi: “Porque nada do que você disser vai importar quando você for executado em frente ao nosso lorde por traição.”

Yoshitoshi: “N-Não se ele e vocês forem completamente esmagados primeiro!”

Yoshitoshi assobiou. Era um sinal.

Dezenas de homens armados atacaram de todas as entradas, cercando a sala.

MC: “Pessoal? Eu tenho um mau pressentimento sobre isso.”

O pequeno número de homens que trouxemos saltaram e sacaram suas próprias armas.

Ainda assim, nós estávamos claramente em menor número. Mas Masamune parecia satisfeito.

Masamune: “Você não precisa se preocupar, moça.”

MC: “Nós devemos, eu não sei, correr?”

Masamune: “Não seja ridícula. Não há motivos pra correr.”

Masamune: “Mas cuidado com a cabeça. Não iria querer que ela saísse voando dos seus ombros.”

*Cap. 1 – (9/10) completo*




❖ Parte 10 



Masamune: “Mas cuidado com a cabeça. Não iria querer que ela saísse voando dos seus ombros.”

(Parece um bom conselho!)

(Você tem dicas de como evitar que isso aconteça?)

Masamune, Hideyoshi, Ieyasu, e nossos poucos guardas, estavam cercados e em pouco número. E eu nem mesmo tinha uma arma!

Yoshitoshi: “Eu sabia que vocês viriam aqui, então eu preparei para entregar suas cabeças ao Kenshin como um presente.”

Hideyoshi: “Eu não sabia que você tinha esse monte de soldados. Onde os conseguiu?”

Yoshitoshi: “Essa informação importa para um homem morto?”

O grupo de soldados armados, irritados, estavam avançando em nossa direção.

(Sério, o que eu vou fazer? Todas as saídas estão bloqueadas. Eu simplesmente estou aqui parada indefesa, no meio de uma luta?)

Eu olhei ao redor por uma saída, por alguma coisa que eu pudesse usar como arma, ou um bom lugar para me esconder.

Então eu avistei Masamune. Ele não estava preparando sua arma, ele estava encarando o grupo de soldados inimigos.

(Eu meio que esperava que o Masamune já estivesse lutando.)

Masamune: “Você aí! Sim, você.”

Homem: “E-Eu?”

Masamune chamou um dos homens que estava nos cercando.

Masamune: “Você está encolhido. Você está nessa luta pra vencer ou não?”

Eu não tinha certeza se o Masamune estava tentando reanimar nossos inimigos ou se ele na verdade tinha um plano.

Mas ele estava certo. A espada do homem tremia em suas mãos.

Masamune: “Você está segurando sua espada toda errada. Você vai morrer rápido desse jeito. É isso que você quer?”

Homem: “Q-Quem quer morrer por um homem como o lorde Yoshitoshi?!”

Homem: “E-Eu nem mesmo sou um guerreiro! Sou um fazendeiro!”

A voz do homem estava tremendo.

Homem: “Eu fui forçado a vir aqui! Ele disse que eu precisaria lutar por ele ou ele tomaria minha terra e mataria minha família!”

(O que está acontecendo? Masamune, você sabia?)

Homem: “Ele tomou toda a colheita de arroz também, nos deixando sem nada pra comer.”

Homem: “Ele tormenta nossas mulheres e crianças, e deixa os ladrões roubarem o pouco que nos restou!”

Homem 2: “S-sim! Daimyo! Você é o pior!”

Homem 3: “Nós não vamos desistir de nossas vidas por você!”

Yoshitoshi: “Que?! Vocês estão se voltando contra mim!”

Mais dois homens se juntaram, apontando suas espadas em Yoshitoshi.

As ações deles inspiraram metade do grupo a se virar contra o daimyo.

(Então a maior parte desses homens são fazendeiros que Yoshitoshi intimidou. E eles estão furiosos!)

Masamune: “Estou começando a gostar desses caras.”

Ieyasu: “Você sabe que você tornou mais difícil distinguir com quem lutar, certo?”

Ieyasu: “...Você tinha que se intrometer.”

Masamune: “Tudo o que eu fiz foi dar ao rapaz um pequeno empurrão na direção certa.”

Mas Ieyasu estava certo. Metade da sala estava contra nós, e a outra metade contra a primeira metade.

Mesmo assim, eu estava impressionada pela estratégia do Masamune. Eu comecei a me perguntar se nós poderíamos sair completamente do conflito apenas conversando.

Yoshitoshi: “O que são camponeses a não ser ferramentas para seu lorde!”

Yoshitoshi: “É minha decisão quando e onde suas vidas insignificantes terminam!”

(Okay, eu nunca gostei desse cara, agora eu quero um tridente!)

(Não consigo nem entender porque o Nobunaga queria ele como aliado!)

Masamune: “Bem, aqui vamos nós.”

Um estranho sorriso frio foi parar no rosto do Masamune.

Enquanto ele se virava em direção ao Yoshitoshi, um arrepio desceu minha espinha.

Eu não podia explicar o porquê, mas havia algo assustador nas palavras do Masamune. Ameaçador. Definitivamente.

Masamune: “Parece que você não é adequado para ser um líder.”

Hideyoshi: “Hey, Masamune—“

O protesto do Hideyoshi não impediu Masamune de sacar sua espada.

Ela saiu da sua bainha brilhante com o mesmo som ameaçador que fez quando ele a apontou pra mim no meu quarto.*7

Masamune: “Ele acabou de confessar a traição, certo? E como ele disse, é o lorde que determina se você vive ou morre. Suas regras.”

Masamune: “E foi falado para nós tomarmos qualquer medida que julgássemos necessária.”

(Masamune--?)

A voz do Masamune continuava com um tom de satisfação, e isso, mais do que suas palavras, fez meu sangue gelar.

Minha mente começou a gritar, do jeito que faz quando alguém está pra morrer em um filme de terror.

(Quem é esse?)

Eu sentia como se estivesse olhando para um homem completamente diferente. Meus batimentos estavam repugnantemente baixos.

Masamune: “Se vocês quiserem viver, larguem suas armas e voltem para suas fazendas agora.”

Masamune: “Quanto ao restante? Faça um único movimento e vocês morrem.”


❖ No Próximo Capítulo: Masamune parecia impressionado. “Você se manteve em seus princípios. Você nunca deve se desculpar por isso.”
Eu tive minha primeira prova do que Masamune, o lorde guerreiro, era capaz. Mas ele tinha uma maneira de me tranqüilizar.
(Assim como antes, ele fez meu nervosismo desaparecer.)



**Fim do Capítulo 1**


Notas de tradução

     1 - Daimyo é um senhor de terras, senhor feudal. 

2 - Edamame é um grão de soja verde, ou seja, a soja não madura, que ainda está dentro da vagem. É muito consumido no Japão.)

3 - Silly String é um brinquedo que é vendido em latas de aerosol .Quando você pressiona o bico ele dispara uma seqüência de espuma em forma de corda.


Um comentário:

  1. Aaaaaaaaah faz tanto tempo que espero essa rota e finalmente ela está aqui, ai vou chorar de emoção.
    Eu amo o Masamune gente, serião ele é meu crush numero 3

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