segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Ikemen Vampire ~ VINCENT ~ Capítulo 9

O vídeo traduzido desse capítulo está disponível no YouTube.
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✦ Parte 1


Liriel: "O que foi, Vincent?"

Vincent: "...Você poderia fechar os olhos por um momento?"

Liriel: "Hm? Okay..."

Eu não sabia o que ele ia fazer, mas fechei meus olhos mesmo assim. E senti a mão dele tocar o meu cabelo...

Vincent: "Hm. Tudo bem. Você pode abrir os olhos agora, Liriel."

Eu lentamente abri os olhos e toquei meu cabelo. Havia uma presilha ali.

Liriel: "O que é isso?"

Vincent: "Lembra quando saímos ontem? De dentro da carruagem eu vi ela na vitrine de uma loja."

Vincent: "Eu fui comprá-la antes de comer a pintar."

(Era isso que ele estava fazendo?)

<Lembrança>

Theodorus: "Vincent, vai estar lotado agora, então pode ser que demore um pouco para eu conseguir conversar com o dono."

Vincent: "Eu vou esperar aqui fora até lá. A vista é tão bonita, eu de repente senti vontade de desenhar."

<Fim da Lembrança>

Vincent: "Eu estava certo. É perfeita para você. Muito linda."

Eu podia ver a presilha de flor branca refletida nos olhos azuis do Vincent.

Liriel: "É um presente tão adorável...Tem certeza que posso ficar com ela?"

Vincent: "Eu quero que você fique com ela porque é muito adorável. Você aceita?"

Eu senti meu coração arder docemente enquanto ele me olhava esperançoso.

Liriel: "Claro que aceito. Obrigada. Eu vou usá-la com muito carinho, sempre."

Vincent: "...Que bom. E obrigado por me lembrar, Brush."

Brush: "Squeak!"

Liriel: "Eu me pergunto, como Brush sabia que estava no seu bolso?"

Vincent: "Bem, hum..."

Vincent: "Brush estava no meu quarto hoje de manhã...e ele me viu ensaiando como entregá-la para você."

Vincent: "Eu estava tão nervoso que esqueci completamente."

Brush: "...Chitter."

Vincent: "Eu sou um caso perdido, não é, Brush?"

Vincent riu timidamente, e eu realmente não podia pensar em mais nada no mundo que fosse tão adorável quanto isso.

(...Quem não acharia ele adorável, afinal? Ele é muito amável.)

Enquanto eu olhava para seu sorriso inocente, eu fazia uma oração silenciosa dentro do meu coração.

(Por favor, faça com que esse mundo seja mais gentil com o Vincent, do que o mundo em que ele cresceu.)

Enquanto nós sentávamos juntos na grama sorrindo, não fazíamos idéia do que nos aguardava...Havia muitas coisas que ainda não sabíamos.

Que nossa paz seria destruída, nas mãos de uma pessoa maliciosa, com intenção de nos fazer mal.

Que logo uma tempestade apareceria e balançaria os mares calmos de nosso mundo, o transformando em uma turbulência.

E o motivo pelo qual Vincent havia perdido suas emoções estava escondido profundamente dentro de seu coração.




✦ Parte 2


...Mais tarde naquela noite.

(Estou feliz porque todos gostaram do jantar essa noite.)

(Só mais um prato e então acabo de lavar a louça.)

Eu terminei de enxaguar o prato e desliguei a torneira. Eu havia acabado de começar a guardar a louça limpa quando...

Sebastian: "Você parece estar de bom humor, Liriel."

Liriel: "Kyaaaa!"

De repente, Sebastian apareceu atrás de mim e falou, praticamente me fazendo pular de susto.

Liriel: "Sebastian!! Não me assuste desse jeito!"

Sebastian: "Me desculpe. Eu não pude evitar. Você parecia tão contente."

Sebastian: "Essa presilha está linda em você, Liriel."

Liriel: "Verdade?"

Sebastian: "Sim. Mestre Vincent tem um gosto impecável, como esperado."

(...Como ele sabe que foi o Vincent que me deu?)

Sebastian parecia quase onisciente enquanto olhava em meus olhos.

(As vezes eu acho que ele é bom demais no seu trabalho...)

Sebastian: "Oh, eu quase esqueci! Eu não vim aqui só para te assustar, afinal de contas."

Sebastian: "Eu vim para te entregar uma coisa. Aqui."

Sebastian me entregou uma carta.

Eu olhei para o selo de cera vermelho atrás do envelope.

(Está endereçada ao Vincent e à mim...Mas eu não conheço ninguém nesse mundo. Quem poderia estar escrevendo para mim?)

Eu passei os olhos pelo envelope e vi o nome do remetente.

Liriel: "...William..."

Em certo ponto no corredor, a voz alta de alguém que vinha de um salão, me interrompeu.

???: "Seu klootzak idiota! Você não é só um conquistador, mas também um trapaceiro!!"

(Mas que diabos?!)

Incapaz de resistir à curiosidade de ver o que estava acontecendo, eu corri para dentro do salão.

Arthur: "Theo, assim você me magoa! Eu não trapaceei de jeito nenhum. Eu simplesmente tive mais visão que você."

Theodorus: "Eu não suporto te ver."

Arthur: "Oh, por favor. Eu sei que na verdade você me adora."

Arthur: "Já sei! Que tal se eu ganhar, você tem que dizer 'Eu te amo Arthur'?"

Theodorus: "Então se eu ganhar, você tem que dizer isso pra mim!"




✦ Parte 3


Eu entrei e vi o Theo e Arthur, que pareciam ter uma relação de amor e ódio, discutindo um com o outro.

(Eu pensei que eles estivessem tendo uma briga séria, mas eles só estão jogando xadrez.)

Eu me acostumei a ver os dois jogando juntos no salão depois do jantar.

Arthur me ouviu entrar e fez sinal para eu ir até eles.

Arthur: "Ah, Liriel! Está se sentindo muito sozinha e veio procurar alguém para compartilhar a cama essa noite?"

Liriel: "Sem chance, Arthur. Eu ouvi vocês gritando e vim ver o que estava acontecendo."

Arthur: "Você é tão fria comigo, Liriel. Apesar que eu amo uma mulher boa e teimosa."

Theodorus: "Arthur. Foca no jogo!"

Eu ouvia o barulho das peças de xadrez enquanto continuava.

Liriel: "...Hey. Tem uma coisa que eu queria perguntar para vocês. Há somente onze pessoas vivendo aqui, certo?"

Arthur: "Uh-oh. Não me diga que você bateu a cabeça, Liriel. Eu não gosto de enredos com amnesia...Mas sim, tirando você, há onze de nós."

Liriel: "...Essa carta é algum tipo de pegadinha, então? Quero dizer, olha o nome que está escrito nela."

Arthur: "Pegadinha?"

Liriel: "Aqui diz William Shakespeare. Primeiro eu pensei que ele fosse algum vampiro como vocês e eu apenas não tinha conhecido ele ainda..."

De repente, Theo se levantou bruscamente, quase derrubando o tabuleiro de xadrez ao fazer isso.

Theodorus: "...É uma carta dele? Me dá isso aqui, Hondje!"

Liriel: "T-Theo?!"

Theo arrancou o envelope da minha mão e o abriu, lendo a carta.

Theodorus: "'Vincent, anseio por ver suas novas pinturas.'"

Theodorus: "'Você não viria me visitar em breve? E por favor, traga aquela dama que está ficando na mansão com você.'"

Theodorus: "...Ele está tentando se aproximar do meu irmão de novo."

(...Hã?)

Arthur soltou um suspiro pelo jogo de xadrez agora arruinado, graças ao comportamento abrupto do Theo.

Então ele deu de ombros e olhou na minha direção.

Arthur: "Eu vou explicar porque o Theo está tão atravessado, Liriel."

Arthur: "É verdade que há somente onze vivendo aqui. Mas antes, havia doze."

Liriel: "Que?"

Arthur: "William Shakespeare costumava viver aqui com a gente."

Arthur: "Então sua suspeita inicial estava realmente certa. Ele é um vampiro, assim como nós."




✦ Parte 4


(Eu não sabia que havia outros vampiros além dos que vivem aqui na mansão...Apesar que eu acho que isso faz sentido.)

Liriel: "Mas por que ele não mora mais aqui?"

Arthur: "Eu não faço a menor idéia. Shakespeare veio para essa mansão muito antes de qualquer um de nós."

Arthur: "Parece que alguma coisa aconteceu entre ele, o Leonardo e le Comte, mas nenhum deles fala uma palavra sobre isso."

Arthur: "Mas deve ser por isso que ele mantém distância dos moradores dessa mansão. Exceto pelo Vincent."

Liriel: "Por que Vincent?"

Arthur: "Vincent é um anjo, sabe."

Opção de escolha: 3 - Grandes mentes pensam da mesma forma.

Liriel: "Wow, grandes mentes pensam da mesma forma, Arthur! Eu sempre achei que Vincent fosse um perfeito anjo..."

Arthur: "Eu sei, eu sei! Aquele sorriso deixa todo mundo na palma da mão dele..."

Theodorus: "Podemos voltar ao assunto aqui?"

Arthur: "Oh, desculpe, desculpe. Eu me perdi na diversão."

Arthur: "...De qualquer forma, voltando ao assunto, já que Vincent é tão anjo, ele trata todo mundo gentilmente."

Arthur: "Então, aparentemente, ele vai até a casa do Shakespeare visitá-lo com uma certa freqüência."

Liriel: "Oh. Então é por isso que o Theo está com tanto ciúme?"

Theodorus: "Eu não estou com ciúmes! Meu irmão pode ser amigo de quem ele quiser. É só que...eu não confio naquele homem."

Arthur: "Eu concordo com o Theo. Ele e eu somos ótimos julgadores de caráter."

Arthur: "Os motivos do Shakespeare com relação ao Vincent -- ou qualquer um, neste caso -- não são claros."

Arthur: "Então eu particularmente não me importo com esse sujeito."

(É bem incomum o Theo e o Arthur concordarem em alguma coisa...)

Liriel: "...Mas se ele é um amigo do Vincent, eu gostaria de conhecê-lo também."

Liriel: "E se ele já esteve lá várias vezes e nada aconteceu, com certeza ele é inofensivo."

Theodorus: "...Hondje. Você está sendo inocente, mesmo para uma cachorrinha."

Arthur: "Ora, ora, Theo. Não precisa insultar ela. Ela pode fazer o que quiser."

Theodorus: "...Tá bom. Mas eu quero que você volte imediatamente se sentir qualquer perigo. Entendeu?"

Theo colocou a mão na testa e suspirou depois que Liriel saiu do local.

Arthur: "Não fique tão angustiado, Theo. Vincent pode proteger ela se acontecer alguma coisa."

Arthur: "Você e eu sabemos o quanto ele é forte, apesar da carinha inocente."

Theodorus: "Então você acha que alguma coisa pode acontecer?"

Arthur: "Nada é certo nesse mundo, Theo. Mas vamos nos preparar para qualquer coisa, só por garantia."

Theodorus: "...Sim. Não custa nada ser cuidadoso."

Arthur brincava com uma peça de xadrez em sua mão, levando-a na altura dos olhos e a examinando.

Era uma rainha. A peça que podia se mover em qualquer direção no tabuleiro. A peça mais poderosa.

Então ele deu um peteleco na peça com os dedos, como se dissesse que ela era o próprio Shakespeare.




✦ Parte 5


Alguns dias depois, Vincent e eu fomos visitar Shakespeare na casa dele, que era em Paris.

Shakespeare: "Meus graciosos visitantes! Por obséquio, entrem!"

Shakespeare: "Há muito tempo desejava conhecê-la, Liriel."

Vincent: "Will, eu trouxe a minha nova pintura. Você disse que queria ver, certo?"

Shakespeare: "Oh, que beleza! É um pássaro azul voando através do céu azul, não é?"

Vincent: "Sim. Eu vi esse pássaro enquanto eu esperava a Liriel em uma tarde no jardim."

Shakespeare: "...Há uma forte paixão nesta pintura, de fato. Ver isso me enche de inspiração."

Uma torta de cereja e chá nos aguardava na mesa banhada pelo sol.

Shakespeare fez sinal para nos sentarmos. Ele e Vincent sorriram e conversaram por um tempo.

Enquanto eu tomava meu chá, eu não pude deixar de dar várias olhadas no William Shakespeare.

A primeira coisa que chamou minha atenção nele foram seus olhos de diferentes cores -- um âmbar brilhante e o outro tingido de vermelho. ...Com sangue?

(Estou um pouco cautelosa com ele depois do que Arthur e Theo disseram.)

Entretanto, Shakespeare parecia ter um comportamento bem suave e amigável. Ele agia como um perfeito cavalheiro.

(Vincent sorria e parecia feliz, também.)

Shakespeare: "...Algo está errado, minha boa dama?"

Liriel: "Ah, me perdoe!"

Shakespeare me olhou curioso quando me viu encarando ele, e eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas de vergonha.

Shakespeare: "Não, perdoe-me. Você veio até aqui e ainda assim toda minha atenção está focada unicamente no pintura do Vincent."

Shakespeare: "Permita-me servir outro bule de chá."

Liriel: "Está tudo bem! Não precisa se incomodar."

Shakespeare sorriu e ignorando meus protestos, andou até a cozinha.

Shakespeare: "Oh, não! Que pena..."

Vincent: "O que foi, Will?"

Shakespeare: "Parece que estou sem folhas de chá. Eu devo sair e comprar mais. Voltarei logo."

Vincent: "Eu posso ir comprar para você."

Shakespeare: "...Oh?"

Vincent: "Você queria encontrar a Liriel e conversar com ela, certo? Então eu vou."

Shakespeare: "Uma ação como um anjo! Muitos agradecimentos, meu querido amigo."

Vincent: "Claro...Liriel, eu volto logo."

Vincent gentilmente deu um tapinha na minha cabeça e então saiu para comprar o chá.

(Vincent me deixou sozinha...)

Shakespeare: "Parece que somos só nos dois agora."

Shakespeare se sentou na minha frente e uniu seus dedos, descansando seu queixo em cima das mãos unidas.

Shakespeare: "Devemos 'conversar', então?"

Quando ele me olhou com seus olhos de cores diferentes , eu senti uma onda de ansiedade.

Shakespeare: "Não há necessidade de ficar nervosa."

Shakespeare: "...Eu sou um vampiro, mas não te preocupes - minha garganta não tem sede de teu sangue."

Liriel: "...Eu não estou preocupada com isso. Eu só estava me perguntando sobre o que você gostaria de conversar."

Shakespeare: "É uma preocupação muito saudável e doce, de fato. Talvez uma pergunta minha sirva bem para deixá-la à vontade."

Shakespeare: "Você e Vincent são amantes?"

Liriel: "...Não. Somos somente amigos próximos."

Shakespeare: "Verdadeiramente? Eu teria apostado qualquer coisa que a flecha do amor tivesse atingido vocês dois."

Shakespeare: "Vincent nunca demonstrou interesse pelo amor antes, e aqui estava eu achando que Vênus havia sorrido sua bênção para ele portanto."

Shakespeare: "Eu me preocupo com esses assuntos, como amigo dele. Embora ele possa estar zangado comigo por me intrometer assim ..."

Shakespeare cobriu sua boca com a mão e riu.

(...Ele certamente não parece uma pessoa perigosa, ou alguém que eu deveria ter medo.)

Ver ele rir daquele jeito acalmou meus nervos e eu comecei a relaxar.

Shakespeare: "Agora, querida dama, tens você algo para me perguntar?"




✦ Resumo do Capítulo 10:

Sozinha com o Shakespeare, seus olhos brilhavam.
Ele me contou sobre uma certa crença dele.
E é algo muito chocante, de fato.
'As pessoas acham que matei alguém em prol de minhas peças.'




✧༺♥༻∞ Fim do Capítulo 9 ∞༺♥༻✧


 Traduzido por:  Lu Uesugi ʕ •ᴥ•ʔ☆









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