♦ Parte 1 a 5 ♦
❖ Parte 1 ❖
(Eu vou sobreviver meu tempo aqui e voltar para o
presente!)
Determinada a passar os próximos três meses no castelo de
Azuchi, eu me curvei aos lordes guerreiros que estavam ali reunidos.
Miyu: “Eu não vou te decepcionar.”
Nobunaga pegou meu queixo em suas
mãos e o levantou para que meus olhos encontrassem os dele. Ele parecia
satisfeito.
Nobunaga: “Eu planejo cuidar muito bem de você, Miyu."
Miyu: "Hm, obrigada?"
Miyu: "Hm, obrigada?"
(Bem, isso é constrangedor. O que
ele quer dizer com isso? Porque não me parece coisa boa.)
Eu continuei olhando para ele, me
perguntando quando exatamente ele iria me largar. Ele só sorriu ainda mais.
Nobunaga: "Você me diverte, e
eu espero que continue fazendo isso."
Nobunaga: "Eu irei te ver mais
tarde para mais entretenimento, se me der vontade."
(Eu sou algum tipo de diversão aqui no período Sengoku? E eu espero que "mais tarde"
não seja "hoje à noite".)
Hideyoshi: "Lorde Nobunaga, eu
recomendo você manter suas mãos longe dela. Ela é perigosa."
Hideyoshi me encarou com uma
expressão intimidadora em seu rosto.
Miyu: "Eu concordo sobre manter
as mãos longe de mim, mas perigosa? Você não pode estar falando sério."
(Todos aqui estão transbordando de
armas e eu que sou perigosa? Eu acho que devo ter uma lixa de unha na minha
bolsa.)
(Mas esses três meses precisam ser
tranquilos. Me dar bem com todo mundo é importante. Certo?)
Masamune: "Essa é uma careta e
tanta! Pensando profundamente, moça?"
Ieyasu: "Com essa cara?
Acredite, não é nada profundo."
Mitsuhide: "Eu concordo com
nosso lorde. Ela tem umas expressões divertidas. Eu quero brincar com ela
também."
(Ugh! Já era a tentativa de me dar
bem com esses caras!)
Eu tenho certeza que agora eu devo
estar fazendo outra "expressão divertida": a de fúria.
Mitsunari: "Eu acho que o rosto
da Miyu expressa seus pensamentos lindamente."
Ieyasu: "Ela só é ruim em
esconder o que está pensando."
Masamune: "É uma boa mudança
ter alguém por perto que não esconda seus pensamentos."
(Vocês também não estão escondendo
seus pensamentos. Muito menos suas personalidades charmosamente
idiossincráticas.)
Nobunaga finalmente me soltou, mas
ainda me encarava. Eu me senti tão intimidada por isso quanto com os
comentários feitos pelos lordes guerreiros.
(Três meses até a fenda espacial se
abrir. Será que eu vou mesmo aprender a conviver bem com eles nesse tempo?)
Nobunaga: "Hideyoshi, você
realmente vê essa mulher como uma assassina?"
Hideyoshi: "Err, bem,
ela--"
Agora era Hideyoshi cujos
sentimentos conflitantes eram fáceis de ver. Ele rapidamente corrigiu isso.
Hideyoshi: "Nós não podemos
afrouxar nossa defesa."
Hideyoshi: "O incidente em
Honno-ji provou que ainda há um rebelde foragido, procurando tirar a vida do
nosso lorde."
Masamune: "Mitsuhide já está
investigando. Nós encontraremos o culpado logo."
(Eles ainda não sabem quem tentou
matar Nobunaga? Mas então, eu também não sei.)
Hideyoshi: "Mitsuhide, a vida
do Lorde Nobunaga está em jogo. Certifique-se de encontrar o responsável."
Mitsuhide: "Estou fazendo o que
posso. Mas isso me lembra algo."
Mitsuhide: "Falando em inimigos
do nosso lorde, eu ouvi um boato de que o Deus da Guerra ressurgiu dos
mortos."
❖ Parte 2 ❖
Mitsuhide: "Falando em inimigos
do nosso lorde, eu ouvi um boato de que o Deus da Guerra ressurgiu dos
mortos."
Nobunaga: "Talvez ele seja
imortal afinal."
A sala ficou em silêncio enquanto
todos ponderavam se as palavras do Nobunaga poderiam ser verdade.
Miyu: "O Deus da Guerra? Quem é
esse?"
(Assumindo que eles não estão sendo
literais. E eu espero que não.)
Mitsunari: "É um apelido para o
antigo Lorde de Echigo, Kenshin Uesugi."
Mitsunari: "Ele também é
conhecido como o Dragão de Echigo."
Mitsunari se inclinou para me falar
isso em particular, seu rosto era gentil. Parecia que eu tinha um amigo aqui,
afinal.
Miyu: "Obrigada."
(Então, eles estão falando sobre o
Kenshin.)
........
<Lembrança>
Sasuke: “Meus Lordes, eu voltei. As
forças de Nobunaga acabaram com o incêndio em Honno-ji.”
Kenshin: “Obrigada pela sua investigação, Sasuke. Presumo que
Nobunaga esteja vivo, então?”
<Fim da Lembrança>
.........
(Eu encontrei Kenshin aquela noite.)
(Mesmo lá, eu tive a impressão que
ele não gostava muito do Nobunaga.)
Relembrando dos olhos frios do
Kenshin, eu senti um arrepio.
(Isso pode ser um problema. Sasuke
parece estar trabalhando para o Kenshin. E Kenshin é inimigo do Nobunaga.)
..........
<Lembrança>
Sasuke: “No momento, eu sou empregado do homem que você viu enteriormente.”
<Fim da Lembrança>
..........
Fazia sentido, já que Sasuke salvou
a vida do Kenshin quando ele viajou de volta para o passado.
(Tanta coisa aconteceu aquela noite,
que eu realmente não tinha me tocado que eu me encontrava enlaçada em uma
grande teia emaranhada.)
(Kenshin estava com Shingen, e com
aquele homem, Yuki. Eles também não gostam do Nobunaga.)
(O que os quatro estavam fazendo lá?
E tão perto de Honno-ji também.)
Eu desejava me lembrar melhor da
aula de história, mesmo que as coisas fossem diferentes agora.
Mitsunari: "Miyu? Você está
bem? Me desculpa se essa discussão é muito assustadora pra você."
Miyu: "Está tudo bem Mitsunari.
Eu só estava pensando."
Apesar da minha afirmação, ele
continuou a olhar para mim de forma solidária.
(Eu devo manter em segredo que eu
encontrei Kenshin. Eles já estão suspeitando de mim.)
(Espero que Sasuke venha me visitar
logo para podermos conversar.)
Miyu: "Mitsunari, por que eles
chamam o Kenshin de Deus da Guerra?"
Mitsunari: "Ele é um gênio das
artes militares, que ama guerra e até mesmo luta nas linhas de frente como um
soldado comum."
Mitsunari: "Apesar dos riscos,
ele sobreviveu. Muitos começaram a pensar que ele era imortal. Até ele cair em
batalha."
Opção de escolha: 1- "Ele não é
imortal."
(Nenhum homem é imortal. Mas Kenshin
está vivo pelo milagre da viagem no tempo.)
(E conforme o que ele e o Shingen disseram, talvez eles estejam planejando ir à guerra com Nobunaga.)
Masamune: "Se o louco do Deus
da Guerra está vivo, melhor pra mim."
Hideyoshi: "Masamune, isso NÃO
é melhor. É um problema. Entenda isso."
Hideyoshi: "Mitsuhide, por
quanto tempo você está escondendo essa informação de nós?"
Mitsuhide: "Informação?
Hideyoshi, isso é mero boato. Você espera que eu reporte todo cochicho não
confirmado?"
Hideyoshi: "E o que você tem
feito para saber desses boatos enquanto esteve fora por dias, sozinho?"
Hideyoshi não estava nem mesmo
tentando esconder sua raiva agora.
(Caramba! Esses dois parecem ter um
problema.)
Nobunaga: "Chega,
Hideyoshi."
Hideyoshi: "Meu lorde."
Um comando do Nobunaga e Hideyoshi
ficou quieto.
(Obediência Instantânea. Então esse
é o poder que o lorde tem sobre seus vassalos.)
Nobunaga: "Mesmo se ele estiver
vivo, o Deus da Guerra não pode ser o responsável pelo ataque em
Honno-ji."
Nobunaga: "Ele não mandaria um
assassino às escuras. Ele viria lutar cara a cara."
Nobunaga: "Se esse boato for
verdadeiro, nós vamos precisar nos preparar para a guerra."
Masamune: "Por favor, que isso
seja verdade!"
Masamune: "Eu sempre quis uma
boa, longa e demorada luta com o Deus da Guerra."
(A guerra não deve ter o mesmo
significado para essa multidão de "Lordes Combatentes" que tem para
mim.)
Eu odeio guerra. Eu odeio matança.
Para mim, é uma perda trágica e sem sentido.
Talvez esses homens tenham visto
tanto disso que acabaram ficando insensíveis. Eles nem piscavam.
(Como você supera tirar a vida de
outra pessoa?)
Nobunaga: "Mitsuhide, encontre
provas desse boato."
Mitsuhide: "Como desejar, meu
lorde."
Nobunaga: "Miyu, eu terminei
com você. Faça o que desejar."
(Para começar, eu gostaria de ser
tratada menos como um brinquedo.)
Eu entendia a atitude arrogante vinda
de um verdadeiro lorde, mas não iria ser fácil me acostumar.
Miyu: "Ok, exceto que eu não
sei nada sobre meu trabalho, eu não sei onde ficam as coisas, e eu me mal me
lembro o caminho para o meu quarto!"
Mitsunari: "Eu posso te dar um
tour pelo castelo e pela cidade se quiser."
❖ Parte 3 ❖
Mitsunari: "Eu posso te dar um
tour pelo castelo e pela cidade se quiser."
Miyu: "Verdade? Você faria
isso?"
Eu estava chocada pelo meu desabafo
ter me trazido uma resposta positiva.
Mitsunari: "É claro."
Miyu: "Obrigada de novo,
Mitsunari."
Mitsunari: "Por nada. Se te
deixa feliz, então terei prazer em fazê-lo."
(Quem mandou esse anjo guardião aqui
em baixo para me ajudar? Eu preciso agradecer essa pessoa também.)
O sorriso do Mitsunari era
contagioso e o meu próprio nervosismo desapareceu quando sorri de volta.
Ele me acompanhou para fora da sala
de audiência até a cidade, educadamente explicando as coisas ao longo do
caminho.
.............
Miyu: "Tem tantas pessoas
aqui!"
Mitsunari: "Sim, graças às
políticas comerciais do Lorde Nobunaga."
Mitsunari: "Sem restrição no
fluxo de mercadorias e pessoas, você consegue encontrar qualquer coisa que
quiser em Azuchi."
(Então, ele é mais do que só a
atitude de nobreza. Ele é na verdade um bom lorde para seu povo.)
Olhando ao redor, eu estava
impressionada por Nobunaga ter criado essa animada metrópole medieval.
Mercador: "Oh, Lorde Mitsunari.
É você?"
Um mercador de arroz chamou o
Mitsunari para a frente de uma loja grande.
Mercador: "Estou feliz em te
ver. Eu estava prestes a enviar um mensageiro para você."
Mitsunari: "Bom dia. Tem alguma
coisa que você precisa de mim?"
Mercador: "Eu ouvi informação
de alguns mercadores e imaginei que você gostaria de ouvir."
Mercador: "Ultimamente, o clã
Uesugi tem comprado uma grande quantidade de arroz."
Mitsunari: "Isso é muito
revelador."
Meu ajudante anjo guardião mais uma
vez se transformou em lorde guerreiro, atento ao seu trabalho.
Mitsunari: "Eu gostaria de
ouvir mais sobre isso, mas infelizmente --"
Ele não disse tudo, mas Mitsunari
estava recusando por minha causa.
(Se é sobre a guerra deles, então isso é mais
importante que o meu tour.)
Miyu: "Vai em frente,
Mitsunari. Eu vou ficar bem sozinha."
Mitsunari: "Você tem certeza,
Miyu?"
Miyu: "Sim. E eu sei meu
caminho de volta ao castelo, graças à você."
Mitsunari: "Me desculpe por não
poder te mostrar mais coisas. Eu prometo compensá-la por isso."
Mitsunari: "Aqui está um pouco
de dinheiro, caso você veja alguma coisa que queira comprar."
Ele me entregou um saco pesado de
moedas. Parecia mais do que o suficiente, julgando pelo o que eu tinha visto.
Miyu: "Você não deveria me dar
isso. Eu não tenho como te pagar de volta."
Mitsunari: "Não tem necessidade
de me pagar de volta."
Mitsunari: "Você é nossa chatelaine.
Aprender sobre Azuchi é parte do seu trabalho."
Mitsunari: "Acho que a melhor maneira de fazer isso é fazendo mais do
que apenas observar. É provar os alimentos e os produtos por você mesma."
Mitsunari: "Isso não é uma mesada, é o tanto necessário para os custos
de vida, que irá ajudá-la enquanto você aprende."
(Ele está dizendo isso, mas ele não
poderia ter preparado tudo antecipadamente. Ele só não quer que eu me sinta
mal.)
Miyu: "Está bem. Mas eu prometo
te devolver o troco essa noite."
(Mitsunari tem razão sobre
experimentar as coisas na cidade.)
Mitsunari: "Eu ficaria feliz se
você usasse tudo, contanto que você se divirta."
Mitsunari: "Só não fique aqui
até tarde. Eu me preocupo com sua segurança, uma mulher andando sozinha a
noite."
❖ Parte 4 ❖
Mitsunari: "Só não fique aqui
até tarde. Eu me preocupo com sua segurança, uma mulher andando sozinha a
noite."
Miyu: "Isso é justo. Farei o
meu melhor. Boa sorte com o trabalho, Mitsunari."
Eu acenei um tchau para ele enquanto
o deixava com o mercador de arroz.
(Onde eu devo ir primeiro? Comida? Compras?)
Eu logo percebi que meu nariz estava
me levando pra uma certa direção.
(...Isso tem um cheiro bom. Ok.
Comida. Definitivamente comida.)
O aroma tentador de algo apetitoso
feito na churrasqueira a carvão, me levou até um pequeno e aconchegante
restaurante.
(Eu acho que comi em um lugar como
esse quando desci do trem em Kyoto.)
(De qualquer forma, eu devo aceitar
o conselho do Mitsunari e provar o prato típico do local.)
Eu passei pela cortina e entrei.
Dono: "Bem vinda ao Shiki.
Sente-se em qualquer lugar disponível."
Miyu: "Obrigada. Esse é um nome
legal."
O velho dono simpático me contou que
foi sua esposa quem escolheu. Foi nomeado em homenagem às quatro estações.
Apropriadamente, o menu era sazonal.
Nesse período teria que ser mesmo, por necessidade.
Mas todos os pratos parecem bons, e
eu estava pensando no que pedir quando ouvi vozes altas.
Ronin 1: "Esse lugar é uma
espelunca!"
(Nossa. Alguém foi criado num
estábulo.)
Eu me virei e vi um par de homens.
Suas roupas gastas e remendadas me diziam que provavelmente eles eram ronin.
Ronin 2: "Você vai pagar por
nos fazer comer essa porcaria, seu velho! Porque com certeza nós não te pagaremos."
Dono: "Clientes, se há algum
problema nós podemos conversar sobre isso..."
Eles apoiaram o dono contra o bar,
encurralando ele.
(O que eles pensam que estão
fazendo? Eles estão indo longe demais!)
Ronin 1: "Nós não estamos
interessados em ouvir nenhum falatório, velho!"
Um deles deu um soco no dono, que
caiu no chão.
Ele ficou deitado ali, gemendo de
dor. Eu levantei em um salto.
(Alguém precisa fazer alguma coisa!)
Miyu: "Você está bem?"
Eu corri para o lado do velho homem,
que estava apertando o estômago, obviamente com dor. Ele tentou esconder de
mim.
Dono: "O-oh, sim. Estou bem.
C-continue...não se preocupe comigo..."
Ronin 1: "Dá o fora mulher!
Isso não é da sua conta."
Miyu: "E você já não tem mais
nenhum assunto com esse homem, então pare."
Ronin 1: "Você quer brigar com
a gente, garotinha?"
(Na verdade, não. Especialmente--)
(...Especialmente agora que eu vi
que os dois estão carregando espadas!)
(Isso é ilegal -- no meu tempo. Oh,
deus. Eles ao menos já tem polícia aqui?)
(Estou presa em uma sociedade sem
leis e louca por guerras. E eu não faço idéia de como sair dessa! Eu odeio o
período Sengoku!)
Ronin 2: "Agora que eu dei uma
olhada melhor nela, ela é uma coisinha bonita, não é?"
Ronin 1: "Você está certo.
Retiro o que eu disse. Fique. Vamos ser amigos."
Os olhos dos ronin passaram por mim
de cima a baixo, de uma maneira repugnante.
Miyu: "Você não faz meu tipo.
Seja para amigo ou para outra coisa."
Ronin 1: "Eu só estava pensando
que uma mulher poderia ser uma boa companhia. Vem com a gente. Você vai mudar de
idéia logo."
Miyu: "Me solta! Para!!"
Ele agarrou meu braço. E então, uma
voz ecoou mais alta que a minha. Fria e cristalina como a primeira neve do
inverno.
???: "Pare."
Ronin 1: "Você quer tentar
alguma coisa com a garota que--eeek!?"
Uma lâmina tão prateada e elegante
quanto o homem que a empunhava, estava agora apontada para o pescoço do ronin.
Kenshin: "Tarde demais. Toda
sua gritaria arruinou minha bebida."
(É o Kenshin Uesugi!)
A surpresa ao vê-lo fez com que eu
me esquecesse do medo por um segundo.
(Por que ele estaria aqui, bebendo
em um bar em Azuchi?)
Ronin 2: "Q-quem você pensa que
é?"
Kenshin: "Eu não dou meu nome
para ronin vagabundo. Dê o fora daqui. Vai."
Kenshin: "Ou fique. E pague por
ter estragado meu sakê. Com suas vidas."
❖ Parte 5 ❖
Kenshin: "Ou fique. E pague por
ter estragado meu sakê. Com suas vidas."
A ponta brilhante da espada do
Kenshin refletia os rostos cada vez mais pálidos dos ronin.
Ronin 1: "D-droga! Ok. Tá
bom!"
Kenshin: "Espera."
A espada do Kenshin se tornou uma
barreira mortal na frente dos homens que fugiam.
Com a lâmina mais uma vez em seu
pescoço, o ronin soltou um grito covarde de medo.
Ronin 1: "O que é?! Nós estamos
indo!!"
Kenshin: "Sem pagar a
conta?"
(Eu nem teria pensado nisso. Isso
foi...muito legal da parte dele.)
Ronin 2: "E-está bem. Nós vamos
pagar. Só para de implicar com cada coisa pequena que nós fazemos!"
O segundo pegou algumas moedas de
cobre e as jogou maldosamente no chão.
Ronin 2: "Ta aí! Feliz
agora?"
Kenshin: "...Isso paga a
comida."
Kenshin: "Mas não paga o
ferimento ao dono."
Ronin 1: "Ferimento? Qual é!
Nós só...cutucamos ele um pouquinho."
Kenshin: "Entendi. Então eu vou
cutucar você só um pouquinho com a minha espada e então ficamos quites?"
(Acho que olho por olho, dente por
dente era pra ser uma metáfora!)
Mas Kenshin estava sério sobre sua
ameaça. E ele estava sorrindo.
Havia uma beleza sobrenatural em seu
rosto. Mas essa transcendência não alcançava seus olhos.
Seus olhos eram muito reais. Muito
humanos. E muito mortais.
Ronin 1: "Ok! Nós pagaremos
você! Ou ele! Ou quem você quiser!"
Uma quantidade maior de moedas de
cobre se juntaram às primeiras no chão.
Kenshin: "Agora vão. E não
voltem nesse estabelecimento novamente."
Ronin 2: "...Foi a tigela de
noodles mais cara que eu já comi..."
Os dois ronin fugiram.
Kenshin: "Covardes."
(Kenshin estava ameaçando eles com
verdadeira violência, mas ele salvou o dono.)
(E ele também me salvou.)
Miyu: "Hm. Obriga--"
Mas minhas palavras foram cortadas
pelo som metálico do Kenshin embainhando sua espada.
Kenshin: "Quanto eu te
devo?"
Ele nem sequer olhou na minha
direção.
(Hey? Eu sei que você pode me ver.
Eu sei que você me ouviu apesar do som dramaticamente alto que você fez ao
guardar sua espada.)
Dono: "Você me salvou, você não
me deve nada."
Kenshin: "Não foi minha
intenção."
Kenshin: "Aqui. Isso deve ser o
suficiente pelo sakê. Pegue."
Kenshin graciosamente tirou algumas
moedas de suas roupas e as colocou na mão do dono.
Dono: "Obrigado."
Kenshin: "Tenha um bom
dia."
(Ele está indo embora? Eu ainda nem
agradeci. Bem, acho que vou ter que seguir ele então!)
Kenshin praticamente fugiu do restaurante.
Eu corri atrás dele.
..............
(Ele não é rápido só com aquela
espada, ele é rápido para andar também!)
Miyu: "Hey! Espera aí, ok?!"
Quando ele entrou em um beco, eu o
alcancei. Dessa vez ele me ouviu com certeza e se virou.
Kenshin: "Você me seguiu?"
Kenshin: "Por que? O que você
quer?"
Ele olhou para mim, e seu olhar era
intimidador.
(Eu acho que ele não me reconheceu
de Honno-ji. Provavelmente é melhor assim, considerando todas as coisas.)
Miyu: "Eu só queria te
agradecer, é isso."
Miyu: "Você me salvou lá.
Então, obrigada."
Kenshin: "Como eu disse para o
proprietário, aquela não foi minha intenção."
Kenshin: "Você arrumou briga
com eles. Se você se mete em problemas, você não deve contar com os outros para
te tirar deles."
Miyu: "Mas eu não estava
tentando arrumar briga. Eu queria que eles parassem de machucar aquele velho
homem, só isso."
Kenshin: "Então você não estava
pensando nas consequências de suas ações."
Miyu: "Não é isso também. Eu
não esperava que minhas ações fossem ter a consequencia que elas tiveram."
(As pessoas não sacam espadas de
onde eu venho. Dito isso, eu
acho que eu preciso mesmo me adaptar à minha situação atual.)
Kenshin chegou mais perto, e ele
parecia ainda mais impressionante. Tão friamente perfeito quanto uma estátua
cortada em mármore.
Mas se ele foi esculpido em pedra,
foi à imagem de um líder. Uma imagem para inspirar. E para alertar. Eu me
encolhi para trás.
Kenshin: "Espera. Me mostre o
seu rosto."
(Uh oh! Talvez ele me reconheça?)
Entretanto, diante daquele estranho
carisma, eu não tive muita escolha a não ser olhar para ele.
Kenshin me olhou.
(Os olhos dele. São de cores
diferentes.)
Eu pensei que era estranho o fato do
meu cérebro decidir focar naquilo.
Seu rosto era perfeitamente
simétrico, exceto pelos seus olhos heterocromáticos. Isso dava uma qualidade
assustadora à sua beleza.
Eu estava muito fascinada para
desviar o olhar.
Kenshin: "Foi o que pensei.
Você é a mulher que estava fugindo de Honno-ji aquela noite."
Kenshin: "Sasuke disse que te levaria
de volta para sua vila. Por que você está em Azuchi?"
(Ele me reconheceu e se lembrou de
tudo sobre nosso encontro.)
Miyu: "...Por motivos."
Kenshin: "Me conte quais são
esses motivos."
❖ Próxima parte:
A convicção do Kenshin, de que ele
só se sente vivo em batalha, parecia perigosa para mim.
"Você pode tentar olhar ao
redor. Há muitas coisas divertidas no mundo." Mas ele parecia incapaz de
entender.
Nos despedimos, e deveria ter
acabado ali. Até que os ronin do Shiki voltaram--!
*Capítulo 1 – ( parte 1 a 5) completo*
Traduzido por Lu Uesugi (许墨Lucien's wife) ♥
Amei ♡
ResponderExcluirObrigada! ( ˘ ³˘)♥
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