quinta-feira, 11 de junho de 2020

Ikemen Sengoku ~ KENSHIN ~ Capítulo 1 (Parte 1 a 5)

O vídeo traduzido desse capítulo está disponível no YouTube.

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♦ Parte 1 a 5 



❖ Parte 1 


(Eu vou sobreviver meu tempo aqui e voltar para o presente!)

Determinada a passar os próximos três meses no castelo de Azuchi, eu me curvei aos lordes guerreiros que estavam ali reunidos.

Miyu: “Eu não vou te decepcionar.”
Nobunaga pegou meu queixo em suas mãos e o levantou para que meus olhos encontrassem os dele. Ele parecia satisfeito.
Nobunaga: “Eu planejo cuidar muito bem de você, Miyu."

Miyu: "Hm, obrigada?"
(Bem, isso é constrangedor. O que ele quer dizer com isso? Porque não me parece coisa boa.)
Eu continuei olhando para ele, me perguntando quando exatamente ele iria me largar. Ele só sorriu ainda mais.
Nobunaga: "Você me diverte, e eu espero que continue fazendo isso."
Nobunaga: "Eu irei te ver mais tarde para mais entretenimento, se me der vontade."
(Eu sou algum tipo de diversão aqui no período Sengoku? E eu espero que "mais tarde" não seja "hoje à noite".)
Hideyoshi: "Lorde Nobunaga, eu recomendo você manter suas mãos longe dela. Ela é perigosa."
Hideyoshi me encarou com uma expressão intimidadora em seu rosto.
Miyu: "Eu concordo sobre manter as mãos longe de mim, mas perigosa? Você não pode estar falando sério."
(Todos aqui estão transbordando de armas e eu que sou perigosa? Eu acho que devo ter uma lixa de unha na minha bolsa.)
(Mas esses três meses precisam ser tranquilos. Me dar bem com todo mundo é importante. Certo?)
Masamune: "Essa é uma careta e tanta! Pensando profundamente, moça?"
Ieyasu: "Com essa cara? Acredite, não é nada profundo."
Mitsuhide: "Eu concordo com nosso lorde. Ela tem umas expressões divertidas. Eu quero brincar com ela também."
(Ugh! Já era a tentativa de me dar bem com esses caras!)
Eu tenho certeza que agora eu devo estar fazendo outra "expressão divertida": a de fúria.
Mitsunari: "Eu acho que o rosto da Miyu expressa seus pensamentos lindamente."
Ieyasu: "Ela só é ruim em esconder o que está pensando."
Masamune: "É uma boa mudança ter alguém por perto que não esconda seus pensamentos."
(Vocês também não estão escondendo seus pensamentos. Muito menos suas personalidades charmosamente idiossincráticas.)
Nobunaga finalmente me soltou, mas ainda me encarava. Eu me senti tão intimidada por isso quanto com os comentários feitos pelos lordes guerreiros.
(Três meses até a fenda espacial se abrir. Será que eu vou mesmo aprender a conviver bem com eles nesse tempo?)
Nobunaga: "Hideyoshi, você realmente vê essa mulher como uma assassina?"
Hideyoshi: "Err, bem, ela--"
Agora era Hideyoshi cujos sentimentos conflitantes eram fáceis de ver. Ele rapidamente corrigiu isso.
Hideyoshi: "Nós não podemos afrouxar nossa defesa."
Hideyoshi: "O incidente em Honno-ji provou que ainda há um rebelde foragido, procurando tirar a vida do nosso lorde."
Masamune: "Mitsuhide já está investigando. Nós encontraremos o culpado logo."
(Eles ainda não sabem quem tentou matar Nobunaga? Mas então, eu também não sei.)
Hideyoshi: "Mitsuhide, a vida do Lorde Nobunaga está em jogo. Certifique-se de encontrar o responsável."
Mitsuhide: "Estou fazendo o que posso. Mas isso me lembra algo."
Mitsuhide: "Falando em inimigos do nosso lorde, eu ouvi um boato de que o Deus da Guerra ressurgiu dos mortos."


❖ Parte 2 

Mitsuhide: "Falando em inimigos do nosso lorde, eu ouvi um boato de que o Deus da Guerra ressurgiu dos mortos."
Nobunaga: "Talvez ele seja imortal afinal."
A sala ficou em silêncio enquanto todos ponderavam se as palavras do Nobunaga poderiam ser verdade.
Miyu: "O Deus da Guerra? Quem é esse?"
(Assumindo que eles não estão sendo literais. E eu espero que não.)
Mitsunari: "É um apelido para o antigo Lorde de Echigo, Kenshin Uesugi."
Mitsunari: "Ele também é conhecido como o Dragão de Echigo."
Mitsunari se inclinou para me falar isso em particular, seu rosto era gentil. Parecia que eu tinha um amigo aqui, afinal.
Miyu: "Obrigada."
(Então, eles estão falando sobre o Kenshin.)
........
<Lembrança>
Sasuke: “Meus Lordes, eu voltei. As forças de Nobunaga acabaram com o incêndio em Honno-ji.”
Kenshin: “Obrigada pela sua investigação, Sasuke. Presumo que Nobunaga esteja vivo, então?”
<Fim da Lembrança>
.........
(Eu encontrei Kenshin aquela noite.)
(Mesmo lá, eu tive a impressão que ele não gostava muito do Nobunaga.)
Relembrando dos olhos frios do Kenshin, eu senti um arrepio.
(Isso pode ser um problema. Sasuke parece estar trabalhando para o Kenshin. E Kenshin é inimigo do Nobunaga.)
..........
<Lembrança>
Sasuke: “No momento, eu sou empregado do homem que você viu enteriormente.”
<Fim da Lembrança>
..........
Fazia sentido, já que Sasuke salvou a vida do Kenshin quando ele viajou de volta para o passado.
(Tanta coisa aconteceu aquela noite, que eu realmente não tinha me tocado que eu me encontrava enlaçada em uma grande teia emaranhada.)
(Kenshin estava com Shingen, e com aquele homem, Yuki. Eles também não gostam do Nobunaga.)
(O que os quatro estavam fazendo lá? E tão perto de Honno-ji também.)
Eu desejava me lembrar melhor da aula de história, mesmo que as coisas fossem diferentes agora.
Mitsunari: "Miyu? Você está bem? Me desculpa se essa discussão é muito assustadora pra você."
Miyu: "Está tudo bem Mitsunari. Eu só estava pensando."
Apesar da minha afirmação, ele continuou a olhar para mim de forma solidária.
(Eu devo manter em segredo que eu encontrei Kenshin. Eles já estão suspeitando de mim.)
(Espero que Sasuke venha me visitar logo para podermos conversar.)
Miyu: "Mitsunari, por que eles chamam o Kenshin de Deus da Guerra?"
Mitsunari: "Ele é um gênio das artes militares, que ama guerra e até mesmo luta nas linhas de frente como um soldado comum."
Mitsunari: "Apesar dos riscos, ele sobreviveu. Muitos começaram a pensar que ele era imortal. Até ele cair em batalha."
Opção de escolha:  1- "Ele não é imortal."
(Nenhum homem é imortal. Mas Kenshin está vivo pelo milagre da viagem no tempo.)
(E conforme o que ele e o Shingen disseram, talvez eles estejam planejando ir à guerra com Nobunaga.)
Masamune: "Se o louco do Deus da Guerra está vivo, melhor pra mim."
Hideyoshi: "Masamune, isso NÃO é melhor. É um problema. Entenda isso."
Hideyoshi: "Mitsuhide, por quanto tempo você está escondendo essa informação de nós?"
Mitsuhide: "Informação? Hideyoshi, isso é mero boato. Você espera que eu reporte todo cochicho não confirmado?"
Hideyoshi: "E o que você tem feito para saber desses boatos enquanto esteve fora por dias, sozinho?"
Hideyoshi não estava nem mesmo tentando esconder sua raiva agora.
(Caramba! Esses dois parecem ter um problema.)
Nobunaga: "Chega, Hideyoshi."
Hideyoshi: "Meu lorde."
Um comando do Nobunaga e Hideyoshi ficou quieto.
(Obediência Instantânea. Então esse é o poder que o lorde tem sobre seus vassalos.)
Nobunaga: "Mesmo se ele estiver vivo, o Deus da Guerra não pode ser o responsável pelo ataque em Honno-ji."
Nobunaga: "Ele não mandaria um assassino às escuras. Ele viria lutar cara a cara."
Nobunaga: "Se esse boato for verdadeiro, nós vamos precisar nos preparar para a guerra."
Masamune: "Por favor, que isso seja verdade!"
Masamune: "Eu sempre quis uma boa, longa e demorada luta com o Deus da Guerra."
(A guerra não deve ter o mesmo significado para essa multidão de "Lordes Combatentes" que tem para mim.)
Eu odeio guerra. Eu odeio matança. Para mim, é uma perda trágica e sem sentido.
Talvez esses homens tenham visto tanto disso que acabaram ficando insensíveis. Eles nem piscavam.
(Como você supera tirar a vida de outra pessoa?)
Nobunaga: "Mitsuhide, encontre provas desse boato."
Mitsuhide: "Como desejar, meu lorde."
Nobunaga: "Miyu, eu terminei com você. Faça o que desejar."
(Para começar, eu gostaria de ser tratada menos como um brinquedo.)
Eu entendia a atitude arrogante vinda de um verdadeiro lorde, mas não iria ser fácil me acostumar.
Miyu: "Ok, exceto que eu não sei nada sobre meu trabalho, eu não sei onde ficam as coisas, e eu me mal me lembro o caminho para o meu quarto!"
Mitsunari: "Eu posso te dar um tour pelo castelo e pela cidade se quiser."          


❖ Parte 3 

Mitsunari: "Eu posso te dar um tour pelo castelo e pela cidade se quiser."
Miyu: "Verdade? Você faria isso?"
Eu estava chocada pelo meu desabafo ter me trazido uma resposta positiva.
Mitsunari: "É claro."
Miyu: "Obrigada de novo, Mitsunari."
Mitsunari: "Por nada. Se te deixa feliz, então terei prazer em fazê-lo."
(Quem mandou esse anjo guardião aqui em baixo para me ajudar? Eu preciso agradecer essa pessoa também.)
O sorriso do Mitsunari era contagioso e o meu próprio nervosismo desapareceu quando sorri de volta.
Ele me acompanhou para fora da sala de audiência até a cidade, educadamente explicando as coisas ao longo do caminho.
.............
Miyu: "Tem tantas pessoas aqui!"
Mitsunari: "Sim, graças às políticas comerciais do Lorde Nobunaga."
Mitsunari: "Sem restrição no fluxo de mercadorias e pessoas, você consegue encontrar qualquer coisa que quiser em Azuchi."
(Então, ele é mais do que só a atitude de nobreza. Ele é na verdade um bom lorde para seu povo.)
Olhando ao redor, eu estava impressionada por Nobunaga ter criado essa animada metrópole medieval.
Mercador: "Oh, Lorde Mitsunari. É você?"
Um mercador de arroz chamou o Mitsunari para a frente de uma loja grande.
Mercador: "Estou feliz em te ver. Eu estava prestes a enviar um mensageiro para você."
Mitsunari: "Bom dia. Tem alguma coisa que você precisa de mim?"
Mercador: "Eu ouvi informação de alguns mercadores e imaginei que você gostaria de ouvir."
Mercador: "Ultimamente, o clã Uesugi tem comprado uma grande quantidade de arroz."
Mitsunari: "Isso é muito revelador."
Meu ajudante anjo guardião mais uma vez se transformou em lorde guerreiro, atento ao seu trabalho.
Mitsunari: "Eu gostaria de ouvir mais sobre isso, mas infelizmente --"
Ele não disse tudo, mas Mitsunari estava recusando por minha causa.
(Se é sobre a guerra deles, então isso é mais importante que o meu tour.)
Miyu: "Vai em frente, Mitsunari. Eu vou ficar bem sozinha."
Mitsunari: "Você tem certeza, Miyu?"
Miyu: "Sim. E eu sei meu caminho de volta ao castelo, graças à você."
Mitsunari: "Me desculpe por não poder te mostrar mais coisas. Eu prometo compensá-la por isso."
Mitsunari: "Aqui está um pouco de dinheiro, caso você veja alguma coisa que queira comprar."
Ele me entregou um saco pesado de moedas. Parecia mais do que o suficiente, julgando pelo o que eu tinha visto.
Miyu: "Você não deveria me dar isso. Eu não tenho como te pagar de volta."
Mitsunari: "Não tem necessidade de me pagar de volta."
Mitsunari: "Você é nossa chatelaine. Aprender sobre Azuchi é parte do seu trabalho."
Mitsunari: "Acho que a melhor maneira de fazer isso é fazendo mais do que apenas observar. É provar os alimentos e os produtos por você mesma."
Mitsunari: "Isso não é uma mesada, é o tanto necessário para os custos de vida, que irá ajudá-la enquanto você aprende."
(Ele está dizendo isso, mas ele não poderia ter preparado tudo antecipadamente. Ele só não quer que eu me sinta mal.)
Miyu: "Está bem. Mas eu prometo te devolver o troco essa noite."
(Mitsunari tem razão sobre experimentar as coisas na cidade.)
Mitsunari: "Eu ficaria feliz se você usasse tudo, contanto que você se divirta."
Mitsunari: "Só não fique aqui até tarde. Eu me preocupo com sua segurança, uma mulher andando sozinha a noite."


❖ Parte 4 

Mitsunari: "Só não fique aqui até tarde. Eu me preocupo com sua segurança, uma mulher andando sozinha a noite."
Miyu: "Isso é justo. Farei o meu melhor. Boa sorte com o trabalho, Mitsunari."
Eu acenei um tchau para ele enquanto o deixava com o mercador de arroz.
(Onde eu devo ir primeiro? Comida? Compras?)
Eu logo percebi que meu nariz estava me levando pra uma certa direção.
(...Isso tem um cheiro bom. Ok. Comida. Definitivamente comida.)
O aroma tentador de algo apetitoso feito na churrasqueira a carvão, me levou até um pequeno e aconchegante restaurante.
(Eu acho que comi em um lugar como esse quando desci do trem em Kyoto.)
(De qualquer forma, eu devo aceitar o conselho do Mitsunari e provar o prato típico do local.)
Eu passei pela cortina e entrei.
Dono: "Bem vinda ao Shiki. Sente-se em qualquer lugar disponível."
Miyu: "Obrigada. Esse é um nome legal."
O velho dono simpático me contou que foi sua esposa quem escolheu. Foi nomeado em homenagem às quatro estações.
Apropriadamente, o menu era sazonal. Nesse período teria que ser mesmo, por necessidade.
Mas todos os pratos parecem bons, e eu estava pensando no que pedir quando ouvi vozes altas.
Ronin 1: "Esse lugar é uma espelunca!"
(Nossa. Alguém foi criado num estábulo.)
Eu me virei e vi um par de homens. Suas roupas gastas e remendadas me diziam que provavelmente eles eram ronin.
Ronin 2: "Você vai pagar por nos fazer comer essa porcaria, seu velho! Porque com certeza nós não te pagaremos."
Dono: "Clientes, se há algum problema nós podemos conversar sobre isso..."
Eles apoiaram o dono contra o bar, encurralando ele.
(O que eles pensam que estão fazendo? Eles estão indo longe demais!)
Ronin 1: "Nós não estamos interessados em ouvir nenhum falatório, velho!"
Um deles deu um soco no dono, que caiu no chão.
Ele ficou deitado ali, gemendo de dor. Eu levantei em um salto.
(Alguém precisa fazer alguma coisa!)
Miyu: "Você está bem?"
Eu corri para o lado do velho homem, que estava apertando o estômago, obviamente com dor. Ele tentou esconder de mim.
Dono: "O-oh, sim. Estou bem. C-continue...não se preocupe comigo..."
Ronin 1: "Dá o fora mulher! Isso não é da sua conta."
Miyu: "E você já não tem mais nenhum assunto com esse homem, então pare."
Ronin 1: "Você quer brigar com a gente, garotinha?"
(Na verdade, não. Especialmente--)
(...Especialmente agora que eu vi que os dois estão carregando espadas!)
(Isso é ilegal -- no meu tempo. Oh, deus. Eles ao menos já tem polícia aqui?)
(Estou presa em uma sociedade sem leis e louca por guerras. E eu não faço idéia de como sair dessa! Eu odeio o período Sengoku!)
Ronin 2: "Agora que eu dei uma olhada melhor nela, ela é uma coisinha bonita, não é?"
Ronin 1: "Você está certo. Retiro o que eu disse. Fique. Vamos ser amigos."
Os olhos dos ronin passaram por mim de cima a baixo, de uma maneira repugnante.
Miyu: "Você não faz meu tipo. Seja para amigo ou para outra coisa."
Ronin 1: "Eu só estava pensando que uma mulher poderia ser uma boa companhia. Vem com a gente. Você vai mudar de idéia logo."
Miyu: "Me solta! Para!!"
Ele agarrou meu braço. E então, uma voz ecoou mais alta que a minha. Fria e cristalina como a primeira neve do inverno.
???: "Pare."
Ronin 1: "Você quer tentar alguma coisa com a garota que--eeek!?"
Uma lâmina tão prateada e elegante quanto o homem que a empunhava, estava agora apontada para o pescoço do ronin.
Kenshin: "Tarde demais. Toda sua gritaria arruinou minha bebida."
(É o Kenshin Uesugi!)
A surpresa ao vê-lo fez com que eu me esquecesse do medo por um segundo.
(Por que ele estaria aqui, bebendo em um bar em Azuchi?)
Ronin 2: "Q-quem você pensa que é?"
Kenshin: "Eu não dou meu nome para ronin vagabundo. Dê o fora daqui. Vai."
Kenshin: "Ou fique. E pague por ter estragado meu sakê. Com suas vidas."


❖ Parte 5 

Kenshin: "Ou fique. E pague por ter estragado meu sakê. Com suas vidas."
A ponta brilhante da espada do Kenshin refletia os rostos cada vez mais pálidos dos ronin.
Ronin 1: "D-droga! Ok. Tá bom!"
Kenshin: "Espera."
A espada do Kenshin se tornou uma barreira mortal na frente dos homens que fugiam.
Com a lâmina mais uma vez em seu pescoço, o ronin soltou um grito covarde de medo.
Ronin 1: "O que é?! Nós estamos indo!!"
Kenshin: "Sem pagar a conta?"
(Eu nem teria pensado nisso. Isso foi...muito legal da parte dele.)
Ronin 2: "E-está bem. Nós vamos pagar. Só para de implicar com cada coisa pequena que nós fazemos!"
O segundo pegou algumas moedas de cobre e as jogou maldosamente no chão.
Ronin 2: "Ta aí! Feliz agora?"
Kenshin: "...Isso paga a comida."
Kenshin: "Mas não paga o ferimento ao dono."
Ronin 1: "Ferimento? Qual é! Nós só...cutucamos ele um pouquinho."
Kenshin: "Entendi. Então eu vou cutucar você só um pouquinho com a minha espada e então ficamos quites?"
(Acho que olho por olho, dente por dente era pra ser uma metáfora!)
Mas Kenshin estava sério sobre sua ameaça. E ele estava sorrindo.
Havia uma beleza sobrenatural em seu rosto. Mas essa transcendência não alcançava seus olhos. 
Seus olhos eram muito reais. Muito humanos. E muito mortais.
Ronin 1: "Ok! Nós pagaremos você! Ou ele! Ou quem você quiser!"
Uma quantidade maior de moedas de cobre se juntaram às primeiras no chão.
Kenshin: "Agora vão. E não voltem nesse estabelecimento novamente."
Ronin 2: "...Foi a tigela de noodles mais cara que eu já comi..."
Os dois ronin fugiram.
Kenshin: "Covardes."
(Kenshin estava ameaçando eles com verdadeira violência, mas ele salvou o dono.)
(E ele também me salvou.)
Miyu: "Hm. Obriga--"
Mas minhas palavras foram cortadas pelo som metálico do Kenshin embainhando sua espada.
Kenshin: "Quanto eu te devo?"
Ele nem sequer olhou na minha direção.
(Hey? Eu sei que você pode me ver. Eu sei que você me ouviu apesar do som dramaticamente alto que você fez ao guardar sua espada.)
Dono: "Você me salvou, você não me deve nada."
Kenshin: "Não foi minha intenção."
Kenshin: "Aqui. Isso deve ser o suficiente pelo sakê. Pegue."
Kenshin graciosamente tirou algumas moedas de suas roupas e as colocou na mão do dono.
Dono: "Obrigado."
Kenshin: "Tenha um bom dia."
(Ele está indo embora? Eu ainda nem agradeci. Bem, acho que vou ter que seguir ele então!)
Kenshin praticamente fugiu do restaurante. Eu corri atrás dele.
..............
(Ele não é rápido só com aquela espada, ele é rápido para andar também!)
Miyu: "Hey! Espera aí, ok?!"
Quando ele entrou em um beco, eu o alcancei. Dessa vez ele me ouviu com certeza e se virou.
Kenshin: "Você me seguiu?"
Kenshin: "Por que? O que você quer?"
Ele olhou para mim, e seu olhar era intimidador.
(Eu acho que ele não me reconheceu de Honno-ji. Provavelmente é melhor assim, considerando todas as coisas.)
Miyu: "Eu só queria te agradecer, é isso."
Miyu: "Você me salvou lá. Então, obrigada."
Kenshin: "Como eu disse para o proprietário, aquela não foi minha intenção."
Kenshin: "Você arrumou briga com eles. Se você se mete em problemas, você não deve contar com os outros para te tirar deles."
Miyu: "Mas eu não estava tentando arrumar briga. Eu queria que eles parassem de machucar aquele velho homem, só isso."
Kenshin: "Então você não estava pensando nas consequências de suas ações."
Miyu: "Não é isso também. Eu não esperava que minhas ações fossem ter a consequencia que elas tiveram."
(As pessoas não sacam espadas de onde eu venho. Dito isso, eu acho que eu preciso mesmo me adaptar à minha situação atual.)
Kenshin chegou mais perto, e ele parecia ainda mais impressionante. Tão friamente perfeito quanto uma estátua cortada em mármore.
Mas se ele foi esculpido em pedra, foi à imagem de um líder. Uma imagem para inspirar. E para alertar. Eu me encolhi para trás.
Kenshin: "Espera. Me mostre o seu rosto."
(Uh oh! Talvez ele me reconheça?)
Entretanto, diante daquele estranho carisma, eu não tive muita escolha a não ser olhar para ele.
Kenshin me olhou.
(Os olhos dele. São de cores diferentes.)
Eu pensei que era estranho o fato do meu cérebro decidir focar naquilo.
Seu rosto era perfeitamente simétrico, exceto pelos seus olhos heterocromáticos. Isso dava uma qualidade assustadora à sua beleza.
Eu estava muito fascinada para desviar o olhar.
Kenshin: "Foi o que pensei. Você é a mulher que estava fugindo de Honno-ji aquela noite."
Kenshin: "Sasuke disse que te levaria de volta para sua vila. Por que você está em Azuchi?"
(Ele me reconheceu e se lembrou de tudo sobre nosso encontro.)
Miyu: "...Por motivos."
Kenshin: "Me conte quais são esses motivos."

 Próxima parte:
A convicção do Kenshin, de que ele só se sente vivo em batalha, parecia perigosa para mim.
"Você pode tentar olhar ao redor. Há muitas coisas divertidas no mundo." Mas ele parecia incapaz de entender.
Nos despedimos, e deveria ter acabado ali. Até que os ronin do Shiki voltaram--!

*Capítulo 1 – ( parte 1 a 5) completo*

Traduzido por Lu Uesugi (Lucien's wife)  

2 comentários:

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