quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Mitsuhide Akechi (Mini História de Evento)

Ikemen Sengoku Evento -  'Você é Tão Provocador'
< Prólogo: Parte 1 - Parte 2 >


✩ Mitsuhide Akechi 







(Droga. Como pode a tira da minha sandália quebrar na pior hora possível?)

Eu estava voltando do mercado com uma pilha enorme de tecido.

(Meus braços estão cheios carregando minhas compras, como eu vou conseguir arrumar isso?)

Suspirando pra mim mesma, eu me agachei para olhar melhor meu pé.

Mitsuhide: “Ora, essa não é uma garota qualquer. É a Liriel.”

Liriel: “Mitsuhide!”

Eu olhei pra cima e encontrei seu rosto pálido olhando pra mim com uma expressão divertida.

Mitsuhide: “Ah, então a tira da sua sandália decidiu quebrar logo quando você estava carregando um punhado de pacotes?”

Mitsuhide: “Que azar. Apesar que isso parece exatamente o tipo de coisa que aconteceria com você.”

Analisando a situação de imediato, Mitsuhide foi direto me provocar.

(Ele é um maldoso como sempre.)

Liriel: “Está tudo bem! Eu vou achar uma solução.”

Mitsuhide: “Não seja teimosa. Deixa eu carregar suas coisas pra você.”

(Hm? Ele está se oferecendo pra ajudar?)

Liriel: “Tem certeza?”

Mitsuhide: “Sim.”

Quando ele se abaixou, a linha de visão do Mitsuhide ficou no mesmo nível que a minha.

E quando nossos olhares se cruzaram, meu coração acelerou.

Mitsuhide: “Aqui, vamos.”

(Hã?)

De repente, ele pegou meu corpo todo em seus braços.

(Espera, por que--?)

Liriel: “Mitsuhide, me põe no chão!”

Mitsuhide: “Wow, essa bagagem com certeza fala demais.”

(Quando ele disse que carregaria minhas coisas, ele quis dizer que iria me carregar junto com elas?)

Mitsuhide: “Cuidado. Continue segurando esses tecidos. Eles são importantes pra você, certo?”

Liriel: “É, mas—“

Quando eu quase derrubei meus tecidos, ele os pegou com destreza e os empilhou de volta nos meus braços.

(Ser carregada desse jeito é meio vergonhoso, mas eu estou agradecida pela ajuda.)

Quando nós começamos a andar, eu escondi meu rosto contra o peito do Mitsuhide.

Liriel: “Hm, então, obrigada.”

Liriel: “Você diz umas coisas bem maldosas às vezes. Mas na verdade você é bem gentil, Mitsuhide.”

Mitsuhide: “Eu não estou fazendo isso pra ser gentil.”

Mitsuhide: “Você ficará me devendo por isso, só pra você saber.”

(Eu devo a ele? Mas na verdade eu nem pedi pela ajuda dele em primeiro lugar!)

O sorriso interesseiro que ele me deu fez com que minhas palavras ficassem presas na garganta.

Mitsuhide: “E quanto mais você demorar pra me retribuir, mais juros vai ter que incluir.”

Liriel: “Eu vou te retribuir! Deixa eu te retribuir agora mesmo!”

Mitsuhide: “Oh?”

Assim que eu deixei escapar essas palavras, eu sabia que tinha cometido um erro.

............................

(Bem, aqui estamos nós. Mas eu realmente não sei o que fazer depois.)

Liriel: “Então, o que exatamente você quer que eu faça?”

Mitsuhide: “Eu não tenho certeza. Não pensei muito sobre isso.”

Sentando de frente pra mim, Mitsuhide se esquivou da minha pergunta encolhendo os ombros.

Liriel: “Mas foi você que me trouxe para o seu palácio!”

Mitsuhide: “É que foi tão engraçado quando você ficou toda nervosa por causa da minha provocação, que eu não pude evitar.”

Mitsuhide: “E sua falta de auto-preservação é uma verdadeira maravilha.”

(Arght, não consigo pensar em uma resposta pra isso.)

Mitsuhide: “Bem, já que você me seguiu até aqui tão obedientemente, talvez eu deva te tratar como um cachorrinho perdido.”

Liriel: “Um cachorrinho?”

Eu senti um calor crescer nas minhas bochechas quando ele se inclinou pra frente e olhou profundamente em meus olhos.

Mitsuhide: “Liriel—“

Ele chamou meu nome em um tom incrivelmente doce e meu coração acelerou.

Liriel: “O que foi?”

Com um sorriso nunca oscilante em seu rosto, ele estendeu a palma da sua mão direita pra mim.

Mitsuhide: “Aperta.”

Liriel: “Hã—“

(Ele está realmente me tratando como um cachorro?)

Eu não gostei disso, mas eu tinha prometido a ele que iria retribuir.

Então, eu coloquei minha mão em cima da dele.

Liriel: “Aqui, feliz?”

Mitsuhide: “Wow, eu não achei que você fosse realmente fazer isso.”

Liriel: “Arght. Você ainda está me provocando?”

Mitsuhide: “Não fica brava. A sua agradabilidade é uma de suas qualidades mais charmosas.”

(Ele está me chamando de charmosa agora? Ele ainda deve estar me provocando.)

Mitsuhide: “Aqui, bons filhotes ganham carinho na cabeça.”

(Ah--)

Frustração se espalhava pelo meu peito enquanto ele acariciava meu cabelo.

Liriel: “Por favor, para de fazer essas coisas.”

Mitsuhide: “Você não gosta disso?”

(Não é que eu não goste, na verdade, mas isso faz eu me sentir confusa.)

(Ele está sempre me provocando e me enrolando em seus caprichos.)

Mesmo assim, de alguma forma, o toque gentil dos seus dedos me fazia enlouquecer por dentro.

Liriel: “Você é tão malvado.”

Mitsuhide: “Você disse isso antes, também.”

Quando ele afastou sua mão, eu escolhi ignorar a ponta de decepção que eu senti.

Mitsuhide: “Entendo. Bem, já que você está visitando minha casa, eu vou te alimentar com algumas guloseimas.”

Liriel: “Guloseimas? Você realmente não precisa se incomodar com isso.”

Mitsuhide: “É só uma coisa que recebi como presente. E eu não ligo pra doces de qualquer forma.”

Mitsuhide se levantou e pegou uma caixa da prateleira.

Abrindo a tampa, Mitsuhide tirou um dos doces da caixa.

Mitsuhide: “Abra, Liriel.”

(Ele não está planejando me alimentar?)

Mitsuhide: “Vou te alimentar eu mesmo.”

Liriel: “Você vai continuar me tratando como um cachorrinho, hein?”

Mitsuhide: “Bem, eu acho isso surpreendentemente divertido.”

Mitsuhide: “E esse parece ser um preço baixo a pagar para você acertar seu débito comigo.”

(Ele tem razão. Eu posso imaginar o Mitsuhide vindo com maneiras muito mais humilhantes de me fazer pagar.)

Liriel: “Ok. Me alimente.”

Já decidida, eu me aproximei da mão do Mitsuhide.

Mitsuhide: “Fica.”

Liriel: “Ah—“

O seu comando apressado me fez congelar sem pensar duas vezes.

Mitsuhide: “Você ficou bem obediente.”

Liriel: “Mitsuhide?”

Mitsuhide: “Boa garota. Aqui está seu doce.”

Mitsuhide falou de novo antes que eu tivesse tempo pra argumentar.

Liriel: “Caramba—“

Eu olhei pra ele enquanto pegava o doce da mão dele com a boca.

Mitsuhide: “Não encare. Você deveria estar agradecida de saber que você está me mantendo entretido.”

(Ele é incorrigível.)

Ele penteou suavemente meus cabelos com seus dedos e o calor continuou a crescer em meu peito.

(Ele realmente parece estar gostando disso.)

E por alguma razão, o olhar em seu rosto fazia cócegas no meu estômago.

(Parece que eu na realidade me tornei o animal de estimação do Mitsuhide.)

Liriel: “Você realmente deveria parar de provocar quem quer que seja, sempre que quiser.”

Mitsuhide: “Quem quer que seja, sempre que quiser? Você está enganada.”

Mitsuhide: “Eu não faço isso com ninguém a não ser você.”

Liriel: “Só comigo?”

Mitsuhide: “Sim. Porque você é tão fofa.”

A doçura na voz dele se espalhou em mim como veneno.

(Não, eu não posso deixar ele me seduzir.)

Liriel: “Fofa—como um cachorrinho, você quer dizer?”

Mitsuhide: “Sim, é isso.”

(Eu sabia.)

Quando uma dor aguda atingiu meu peito,

O rosto do Mitsuhide ficou sério.

Mitsuhide: “Mas, não—um cão não faria uma cara como essa.”

Liriel: “Mitsuhide?”

Ele tocou minha bochecha quente e encontrou meu olhar.

Mitsuhide: “O jeito que você olha pra mim, a maneira como você reage ao meu toque—faz com que seja difícil resistir.”

Mitsuhide: “Eu devia estar feliz por simplesmente admirar um cão obediente de longe.”

Mitsuhide: “Então, por que é que às vezes eu quero mais de você do que isso?”

(Por que ele está me olhando desse jeito?)

Os olhos do Mitsuhide piscavam com um calor perigoso.

Um calor que fazia emoções confusas se agitarem na boca do meu estômago.


**FIM**




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