sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Ikemen Sengoku Evento - “A Tragédia de Romiosuke e Julieko” - Ieyasu Tokugawa

< Para ler os capítulos anteriores: Prólogo - Parte 1 - Parte 2 >


✩ Ieyasu Tokugawa 






No momento em que a peça tinha acabado, o céu de outono avermelhado combinava com a cor das folhas de outono.

Ieyasu ainda queria coletar ervas medicinais hoje, então eu o segui para o pé da montanha.

Ieyasu: “Você não precisava ter vindo. Vai escurecer logo, sabe.”

Miyu: “Eu não tenho mais nada pra fazer essa noite. Além disso, eu senti vontade.”

Miyu: “Eu posso reconhecer várias plantas, graças a você. E eu pensei que poderia ajudar. A não ser que você não queira.”

Ieyasu: “Não, você pode ajudar. Só...não se perca nas montanhas, ok?”

Miyu: “Não vou.”

(Nós não temos muita luz do dia. Eu preciso ajudar ele a achar o que precisa!)

Permanecendo junto ao Ieyasu, eu vasculhei as gramíneas selvagens pela planta que ele estava procurando.

Miyu: “Ieyasu, são essas? As que você usa para suas pomadas?”

Ieyasu: “Não. Aquelas têm pontos vermelhos nas folhas.”

Miyu: “Oops. Desculpa.”

(Eu devo estar atrasando ele.)

Tarde demais, eu estava questionando minha decisão de ter vindo junto.

Ieyasu: “Identificar ervas é complicado. Mas tem alguns cogumelos ali que são seguros. Você pode pegá-los.”

Miyu: “Claro, eu vou fazer isso.”

(Eu preciso de mais prática. Bem, eu posso pelo menos colher algum jantar para nós.)

Mas quando eu me aproximei dos cogumelos, um sinal vermelho no meio de todo o verde chamou minha atenção.

(Espere. Isso poderia ser--?)

Eu afastei de lado o arbusto para olhar mais de perto as folhas com pontos vermelhos, exceto—

Pássaro: “Quáaaa!!”

Miyu: “AHH!”

Exceto que não eram folhas. Eram as penas de um pássaro muito grande, muito bravo.

Ele saltou, com asas abertas, se debatendo furiosamente no meu rosto. Eu tropecei pra trás, caindo de bunda.

Ieyasu: “Miyu, você está bem?”

Miyu: “Odeio pássaros bravos...!”

Ieyasu: “É só um pássaro? Você se bateu tanto que eu me preocupei que fosse um urso.”

Ieyasu: “Ei, você. Xô. Vai.”

Ieyasu pegou um galho caído e gentilmente moveu a ave, e todo seu mau humor, pra longe.

Ieyasu: “Você está bem?”

Miyu: “Sim. Um pouco chocada.”

Ieyasu: “Não é sua culpa. Eu devia ter prestado mais atenção em você.”

(...Oww!)

Eu senti uma dor aguda no meu tornozelo quando tentei levantar.

Ieyasu: “O que foi? Você torceu seu tornozelo?”

Miyu: “Sim. Mas não está tão ruim. Eu acho que consigo andar.”

Eu sorri com a preocupação dele, mas Ieyasu apenas fez cara feia pra mim.

Ieyasu: “Não tão ruim? Está começando a inchar. Eu devo te levar de volta.”

Ele se abaixou na minha frente.

Ieyasu: “Sobe. Eu vou te carregar de volta.”

(Ao mesmo tempo em que isso seria legal, eu já me sentia mal por ter arruinado seu passeio.)

Miyu: “Você não precisa fazer isso. Eu vou ficar bem se eu apenas andar devagar.”

Miyu: “Além do mais, você ainda não encontrou as ervas que estava procurando. Por que você não fica?”

Ieyasu: “Vamos. Você não precisa dar desculpas quando está machucada.”

Ele encontrou minha mão e a colocou em seu ombro.

Miyu: “...Você tem razão.”

(E você é um amor, Ieyasu.)

Enquanto eu ainda me sentia mal por isso, eu aceitei sua oferta gentil e subi na suas costas.

Miyu: “Caramba, eu estraguei tudo dessa vez. Eu não ajudei, e daí aconteceu isso.”

Ieyasu: “Realmente está tudo bem. Eu me importo muito mais com o que acontece com você do que algumas ervas.”

Ieyasu: “Além do mais, não é como se você tivesse tropeçado. Aquele pássaro assustou você.”

Miyu: “Eu não esperava ver um pássaro no mato. Você sabe o que ele era?”

Ieyasu permaneceu em silêncio, quase como se ele se sentisse mal em me responder.

(Talvez ele não saiba?)

Ieyasu: “...isão.”

Miyu: “Ieyasu, eu não consigo te ouvir.”

Ieyasu: “Faisão. Era um faisão. Um faisão assustou você.”

Miyu: “Aquilo era um Faisão? Eles são maiores do que eu imaginei que seriam.”

Ieyasu: “De todos os pássaros, tinha que ser um da nossa peça. Que tipo de brincadeira doentia a natureza está jogando comigo?”

Ele ficou particularmente mal humorado.

(Aposto que ele está chateado sobre a peça.)

(Não só foi barulhento e cheio de gente, como Ieyasu só pegou uma pequena parte.)

Miyu: “Sabe, agora que eu vi um, faisões são bem legais. Eles são pássaros lindos. E vermelhos!”

Miyu: “Cara, eu queria ter interpretado um faisão! O faisão roubou totalmente o show—“

(Eu sinto que estou exagerando. Calando a boca agora.)

Ieyasu: “...Não é isso, Miyu.”

Miyu: “Você não está chateado porque aquele pássaro te lembrou da peça?”

Ieyasu: “Não. Poxa, você não percebeu?”

Ele se virou pra mim, parecendo arrependido.

Ieyasu: “Estou chateado porque o animal que eu interpretei te assustou e te machucou.”

Ieyasu: “...Sabe, quando eu deveria ser o único a proteger você...”

Miyu: “Aww, Ieyasu.”

(Ele está sempre preocupado comigo, mesmo quando ele não consegue dizer isso.)

A confissão dele me fez sorrir.

Miyu: “Bem, o bom faisão me protegeu do faisão malvado.”

Miyu: “E ele só atacou porque eu o assustei, aposto.”

Ieyasu: “Ou talvez deu uma olhada em você e pensou que fosse uma boba.”

Miyu: “Você não acha que o faisão teria realmente me derrotado em uma batalha?”

Ieyasu: “Tudo bem se ele fizesse isso. Eu te salvaria de qualquer pássaro malvado. Ou qualquer outra coisa.”

Miyu: “...Eu sei.”

(Eu realmente não preciso ser protegida de um mero pássaro, mas estou feliz em saber que Ieyasu estará lá por mim.)

Apoiando minha bochecha em suas costas surpreendentemente forte, eu de repente me senti aquecida e segura.

Acima de nós, as copas das árvores estavam pintadas com cores brilhantes.

Miyu: “Essa parte da floresta é bonita.”

Ieyasu: “Eu preferia ter vindo aqui e olhado as folhas do que atuar em uma peça idiota.”

Miyu: “Você gosta de observar as folhas de outono?”

Ieyasu: “...Eu só quis dizer que preferia ficar aqui sozinho com você.”

Miyu: “Eu também. Estou feliz por compartilharmos isso.”

Ieyasu: “....Só pra que você saiba, eu disse isso porque eu preferia NÃO atuar com aqueles lunáticos que não colaboram.”

Sorrindo, eu garanti pra ele que seus sentimentos ultra-contrários estavam seguros comigo.

(Mesmo que ele não esteja disposto a admitir isso, eu estou feliz por estar aqui com ele.)

Miyu: “Sabe, nós não precisamos nos apressar pra voltar, Ieyasu. Eu meio que estou gostando disso.”

Ieyasu: “...Mm, o que você está dizendo?”

Miyu: “Err, ok, é egoísta pedir, já que você não conseguiu achar suas ervas graças a mim, e então—“

Eu fiquei preocupada de ter falado demais. Mas Ieyasu me mostrou um doce sorriso.

Ieyasu: “Não, eu só queria dizer que se você também se sente dessa forma, eu provavelmente vou andar bem devagar, pra continuar te segurando.”

Miyu: “Verdade?”

Ieyasu: “...Você vai dizer ‘não’ agora?”

Miyu: “De jeito nenhum. Eu definitivamente quero fazer isso durar.”

Ieyasu: “Então sem mais desculpas, e sem voltar atrás, também.”

Miyu: “Por mim tudo bem—Oh!”

De repente Ieyasu me beijou.

Aquele toque suave ficou comigo.

E quando eu olhei pra ele em prazerosa surpresa, ele sorriu de volta, com as bochechas coradas.

Ieyasu: “O que é esse olhar?”

Miyu: “Bem, você me ‘bicou’ nos lábios.”

(E foi realmente amável.)

Ieyasu: “Eu sou um faisão, afinal de contas.”

Miyu: “Você está bem com isso agora?”

Ieyasu: “Quem disse que eu não estava? Se eu tive algum problema com a peça, foi esse—“

Ele estava ainda mais corado. Quando ele se virou pra frente de novo, eu vi que suas orelhas estavam um vermelho denunciador.

Ieyasu: “...Ter que lutar com todo mundo por você, quando tudo o que eu queria fazer era te beijar. Isso foi um problema.”

Miyu: “Isso é verdade?”

Ieyasu: “Sim. Mas agora a peça acabou, e eu posso ter você toda pra mim.”

Ieyasu: “...Eu não preciso de um narrador pra te dizer o quanto eu te quero.”

(Eu sinto o mesmo--)

E eu estava feliz que Ieyasu e eu compartilhávamos esse mesmo amor e desejo.

Valorizando esse sentimento no meu coração, eu descansei em suas costas enquanto ele lentamente me carregava em direção a casa—


**Fim**



(Tradutora: Espero que tenham gostado.😊 Boa semana pra todos.😘)

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