(Cenário: Hall de entrada)
Axel: “Fuka, tem um momento?”
Fuka: “O que foi?”
Axel: “Eu gostaria que você levasse isso para o don.”
Antes que ela pudesse responder, Axel entregou a ela a caixa
de madeira que ele estava segurando.
Era mais pesado do que parecia, fazendo Fuka cambalear.
Axel: “Toma cuidado para não derrubar isso.”
Ela acenou com a cabeça enquanto Axel a apoiava pelos
ombros.
Fuka: “O que tem aqui?”
Axel: “Eu não posso dizer nada sobre o conteúdo.”
Axel: “Eu ia entregar a ele eu mesmo, mas algo urgente
apareceu. Por favor, Fuka.”
Fuka: “Axel...”
Fuka: (...Ele saiu. Eu queria que ele tivesse me dito onde
está o Sr. Caramia.)
Fuka: “Hum, nessa hora do dia...”
Ela pensou muito, tentando descobrir aonde ele poderia
estar.
Fuka: “Hm..Não faço idéia.”
Fuka: “I-Isto está pesado...tenho que encontrá-lo rápido.”
♦
(Cenário: Corredor)
Fuka: (Talvez ele esteja no seu quarto...)
Fuka: “Sr. Caramia, você está aí?”
Caramia: “Fuka? Entre.”
♦
(Cenário: Quarto do Caramia)
Fuka: “Estou tão feliz que te encontrei rapidamente.”
Caramia: “Que? Você estava me procurando?”
Fuka: “Sim. Axel me pediu pra trazer isso pra você.”
Caramia: “Sério? Isso não é pesado? Me desculpe.”
Caramia: “Obrigado, Fuka.”
Fuka: “De nada.”
Ele pegou a caixa dela e colocou na cama.
Sentou-se ao lado dela, e então abriu a tampa.
Fuka: (...Eu me pergunto o que tem dentro.)
Caramia: “Curiosa?”
Fuka: “Sim. Era bem pesada.”
Caramia: “Bem, é porque é um pote.”
Fuka: “Um pote?”
Caramia: “Sim. Quer ver?”
Ele fez um gesto para ela, deixando-a se sentar ao lado
dele.
Caramia: “Não..é nada particularmente interessante.”
Ele sorriu, retirando um papel de dentro da caixa.
Fuka: “Tem tanto remédio aí dentro...é tudo para você, Sr.
Caramia?”
Caramia: “Sim. Eu sou o membro mais fraco dessa família,
afinal de contas.”
Fuka: “Você é?”
Caramia: “Eu não pareço, não é? Na verdade, eu fico doente
muito fácil. Sempre fico doente durante o inverno....eu tenho febre e não posso
nem me mexer.”
Caramia: “Um don não pode parar nos dias que está doente,
certo? É por isso que sempre mantenho algum remédio em mãos.”
Caramia: “Enquanto isso, Kyrie e Axel nunca ficam doentes.
Não acha que é um pouco injusto?”
Fuka: “Nem mesmo um pouquinho?”
Caramia: “Sim, nos últimos anos, eu nunca vi eles ficarem
doentes uma vez sequer.”
Caramia: “Pelo menos não do jeito que eu fico. Meu nariz
começa a escorrer e eu tenho tosse e tudo mais.”
Opções:
-Você deveria se cuidar... (escolhida) ✶
- Eu gostaria de ver isso.
Fuka: “Oh. Bem, você deveria se cuidar...”
Caramia: “Haha, por favor não se preocupe comigo antes de eu
ficar doente.”
Caramia: “De qualquer forma, obrigado. Eu aprecio o
pensamento.”
Caramia: “E você? Você fica doente facilmente?”
Fuka: “Hm, eu não sei...talvez eu deva experimentar para
descobrir.”
Caramia: “Experimentar?”
Fuka: “Para descobrir se eu fico doente fácil ou não.”
Caramia: “Oh, não, não faça isso. Eu não vou deixar.”
Fuka: “Mas você não está curioso?”
Caramia: “Bem, um pouco, mas eu não vou deixar você ficar
doente só para satisfazer minha curiosidade.”
Caramia: “Isso seria horrível para você, e o Dr. Robin
ficaria tão bravo comigo que poderia me matar.”
Caramia: “Só pra deixar claro, se eu ficar doente, não
chegue perto de mim. Okay?”
Fuka: “Por que?”
Caramia: “Porque seria um saco se você pegasse também,
certo? Nós dois ficando doentes juntos não seria nada divertido.”
Caramia: “Enfim, em primeiro lugar, não será um problema se
eu não ficar doente. Vamos tomar cuidado nós dois.”
Fuka: “Okay!”
♦
(Cenário: Escritório)
Caramia: “...Eu preciso conversar com vocês dois.”
Kyrie: “Por que tão formal?”
Axel: “...Aconteceu alguma coisa?”
Caramia: “Sim, eu acho que podemos dizer que alguma coisa
aconteceu.”
Caramia: “...Vocês dois são completos idiotas?”
Axel: “...Huh?”
Kyrie: “O que foi isso de repente? Você quer que eu acabe
com você com uma metralhadora?”
Caramia: “Não, eu só quero dizer, não é estranho que se
passaram tantos anos e vocês dois nunca ficaram doentes?”
Caramia: “O corpo humano se deteriora com o passar dos anos,
então porque eu sou o único que fica doente enquanto vocês dois permanecem com
uma saúde perfeita...?”
Kyrie: “Oh, entendo, você está pensando naquela velho
ditado: ‘idiotas não pegam resfriados’ e concluiu que nós devemos ser idiotas.”
Axel: “Isso é tão cruel, senhor...”
Caramia: “Desculpa, mas essa é a única explicação que pude
pensar.”
Kyrie: “Haa...ser chamado de idiota por um idiota é a maior
humilhação dessa semana.”
Kyrie: “Você se esqueceu? Embora tenhamos forma humana
agora, não foi sempre assim.”
Kyrie: “Eu era um espantalho, Axel um homem de lata, e você,
Caramia, era um leão.”
Kyrie: “Espantalhos e homens de lata são objetos feito á
mão. Portanto, nós não ficamos doentes. Mas um leão, por outro lado....”
Kyrie: “Em outras palavras, eu acho que é normal Axel e
eu não ficarmos doentes, ou pelo menos é muito difícil ficar doentes.
Entendeu, leão estúpido?”
Caramia: “...Você tem razão, Lorde Kyrie.”
Caramia: “Uma explicação tão simples...Por que não percebi
isso mais cedo?”
♦
(Cenário: Casa da Fuka)
Fuka: “O tempo esta tão bom...”
Ela abaixou o regador agora-vazio e esticou seus membros. As
plantas recentemente aguadas brilhavam na luz do sol.
Fuka: “Eu acho que não tenho mais nada pra fazer hoje.”
Era normal que uma parasita como ela raramente recebesse
alguma tarefa.
Fuka: “Talvez eu deva sair um pouquinho.”
♦
(Cenário: Frente da mansão)
???: “Oh, se não é a Srta. Fuka.”
Logo quando ela estava saindo pelo portão, alguém a chamou.
Quando ela se virou em direção á voz ela viu—
Fuka: “Sr. Kyrie.”
Kyrie tirou seu chapéu e colocou sobre o peito, dando a ela
um pequeno aceno com a cabeça.
Kyrie: “Você parece estar livre no momento. Se importa de se
juntar a mim em um passeio?”
Fuka: “Com você?”
Kyrie: “Sim, certamente.”
Fuka: “...Você quer dizer, sozinha com você?”
Kyrie: “Tem algum problema?”
Fuka: “Um problema...?”
Fuka: (É do Sr. Kyrie que estamos falando. Ele deve ter
algum motivo escondido...)
Fuka: (Mesmo assim, eu acho que é bem rude pensar isso
dele.)
Fuka: “Não, não tem.”
Fuka: “Se você não se importar com minha companhia, por
favor, permita que eu me junte a você!”
Kyrie: “Que coisa estranha de se dizer. Eu te convidei
justamente porque não me importo com sua companhia, afinal de contas.”
♦
(Cenário: Cidade-lojas)
Eles conversaram enquanto caminhavam pelas terras de Oz.
Durante uma pausa na conversa, Kyrie olhou para Fuka
diretamente nos olhos.
Kyrie: “...Srta. Fuka, o que você acha de mim?”
Fuka: “Uh.”
Kyrie: “Eu estou preocupado que você deve ter uma impressão
errada de mim.”
Fuka: “Impressão errada...?”
Kyrie: “Eu estou errado em pensar que você me acha um homem
cruel, insensível e sem coração?”
Fuka: (Eu não posso dizer à ele que penso meio assim...)
Fuka: “C-Claro que não! ....Bem, talvez um pouco, mas só um
pouquinho—“
Kyrie: “Oh...”
Ela entrou em pânico quando viu a expressão de Kyrie se
tornar séria.
Fuka: “Mas eu acho que você é uma pessoa gentil de coração,
mesmo que você diga algumas coisas assustadoras de vez em quando! Isso é o que
eu acredito!”
Kyrie: “...Verdade?”
Fuka: “Sim!”
Kyrie: “Entendo...eu acho que você realmente tem uma
impressão errada sobre mim afinal de contas, Srta. Fuka.”
Fuka: “Que?”
Kyrie: “Eu sou um homem cruel desprovido de gentilezas. Eu
trairia qualquer um pra meu próprio benefício.”
Kyrie: “Eu estou certo de que eu poderia descartar você sem
um pingo de dúvida.”
Fuka: “Sr. Kyrie...”
Kyrie: “Não estou dizendo isso para ameaçar você, mas como
alguém vivendo na mesma casa, eu penso que é algo que você deve saber.”
Kyrie: “Agora, vamos deixar de lado esse tópico um tanto
sombrio e aproveitar nossa caminhada.”
♦
(Cenário: Rua Oscar Wilde)
Fuka: “Essa é...?”
Kyrie: “Algo errado?”
De repente, um grupo de pessoas vestidas estranhamente
apareceu ao virar a esquina.
As roupas que eles usavam eram mais escuras que a do Dr.
Robin Hood. O movimento deles acompanhava o tilintar de vários sinos.
Eles estavam transportando uma longa caixa carmesim, dando
longos e cuidadosos passos largos enquanto desciam a rua.
Kyrie: “Oh, uma procissão fúnebre.”
Fuka: “Procissão fúnebre?”
Kyrie: “Você provavelmente não sabe o que é isso por causa
de sua amnésia, entendi.”
Kyrie: “Você entende o que é a morte, certo? Morte por
causas naturais, morte por idade avançada, morte por doença, cair morto, morte
por carro, morte por asfixia, morte pelo fogo, morte pelo frio, morte por
fome—“
Kyrie: “A vida tem muitas conclusões. Você sabe na verdade o
que significa morrer?”
Fuka: “Umm...morte é parar de viver....certo?”
Kyrie: “Na sua frase, eu diria que é mais precisamente
quando você ‘parou’ de viver.”
Kyrie: “De qualquer maneira, eu estou convencido que você
entende o conceito de morte. Isso vai fazer com que fique mais fácil de explicar as
coisas.”
Kyrie: “Aquilo foi uma procissão fúnebre. Julgando os
participantes....eles estavam provavelmente carregando o corpo de alguém da
favela.”
Fuka: “Participantes...”
Ela olhou para a procissão de novo.
Se o que Kyrie disse estava correto, a caixa—não, caixão—que
eles estavam carregando tinha um corpo dentro. Mesmo sendo no meio do dia
debaixo da luz calorosa do sol, ela sentiu um arrepio correr pela espinha.
De repente, um perfil familiar chamou sua atenção no meio do
grupo.
Fuka: (Sr. Manboy...?)
Não, mesmo dessa distância, ela poderia dizer que não era
ele. As roupas dele eram as mesmas do Manboy, mas ele não era da mesma altura e
seu cabelo era diferente.
Kyrie olhou pra ela, imaginando se algo estava errado. Com
os olhos dela ainda na multidão, ela explicou.
Fuka: “A roupa dessa pessoa....é parecida com a do Sr.
Manboy.”
Kyrie: “Naturalmente. Ele é empregado por essa propriedade
também.”
Fuka: “Essa propriedade...?”
Kyrie: “Eu te levei por essa rua antes, não foi? Eu te
contei sobre o salão que eu e meus associados frequentamos também.”
Kyrie: “No fim dessa rua tem outra mansão—não o salão, mas
um escritório responsável por diversos serviços públicos. Um desses serviços é
uma funerária.”
Kyrie: “Descartar os mortos dessa maneira é parte do
trabalho deles.”
Fuka: “Descartar os mortos....”
Kyrie: “Sim. É o mesmo se você for da cidade ou um habitante
da favela. Se você morrer, eles tomarão conta de você logo.”
Kyrie: “Eles também descartaram os corpos de quando você e
Axel foram capturados. De modo bem limpo, devo acrescentar.”
Fuka: “O-Oh.”
Opções:
- Deve ser um trabalho difícil. (escolhida) ✶
- Eles devem ser pessoas muito gentis.
Fuka: “Esse parece ser um trabalho difícil...”
Kyrie: “De fato. Eu não consigo me imaginar lavando o corpo
de um completo estranho.”
Fuka: “Eles lavam corpos?”
Kyrie: “Certamente. Eles não apenas amontoam corpos sujos em
caixões. Eles limpam os corpos e os vestem em trajes funerários.”
Kyrie: “Claro, dependendo do estado do corpo, eles tem que
sepultar de maneira diferente.”
Kyrie: “Apesar que...é raro eles fazerem um serviço nesse
horário.”
Fuka: “É?”
Kyrie: “Certamente. Se é um serviço para alguém das favelas,
eles normalmente lidam com isso bem cedo. Talvez a agenda deles esteja
particularmente lotada hoje.”
Fuka: (Muitos...)
Fuka: “...Esse tanto de pessoa morre?”
Kyrie: “Sim, morrem. Isso é bem normal.”
Kyrie: “Um único tiro no peito ou na cabeça, e até mesmo
você estaria aos cuidados deles bem rápido.”
Fuka: “...Ngh.”
Kyrie: “Oh, por favor não tenha tanto medo. Eu não tenho
intenção de colocar a mão em você no momento, e na chance de eu decidir atirar
em você, você só acabaria no Dr. Robin Hood.”
Kyrie: “Afinal de contas, ele é um médico. Tenho certeza que
ele será capaz de salvar sua vida.”
Fuka: “O-Oh, bem, isso é um alívio.”
Fuka: “Tenho certeza que eu posso descansar sabendo que o
doutor corvo tomará conta de mim.”
Fuka: (...Huh?)
Fuka: “Não tem doença que o doutor não possa curar, certo?”
Kyrie: “De fato, isso é verdade.”
Fuka: “Mesmo assim ele não pode curar os mortos, pode? Como
trazer pessoas de volta a vida e coisas assim.”
Kyrie: “Oh, não seja boba. Ele é um médico, não um mágico.”
Kyrie: “Por mais capaz que ele seja, ele não pode curar
idade avançada e nem doença terminal.”
Fuka: “Me desculpa...”
Kyrie: “Bem, eu acho que dizer que ‘não há doença que ele
não cure’ provoca má interpretação.”
Kyrie: “Você parece levar tudo ao pé da letra. Acho que esse
é um dos seus defeitos.”
Kyrie: “...O que um médico que pode curar qualquer
enfermidade faz quando ele encontra uma doença incurável?”
Fuka: “Huh?”
Kyrie: “E se houver uma forma de curar isso, mas ele não
sabe como realizar a técnica? O que um médico deve fazer então? Matar o
paciente?”
Fuka: “...um enigma?”
Kyrie: “Oh, não. Só pensando alto.”
Kyrie: “O que você faria?”
Opções:
-Eu encontraria uma maneira. (escolhida) ✶
-Eu desistiria.
Fuka: “Eu encontraria uma maneira de salvar o paciente.”
Kyrie: “Mesmo se você não pudesse encontrar uma?”
Fuka: “Mesmo assim...eu continuaria procurando até
encontrar.”
Kyrie: “E se você procurasse por toda a eternidade e não
pudesse encontrar?”
Fuka: “Sr. Kyrie...”
Kyrie: “Minhas desculpas, eu gosto de ser cruel.”
Fuka: “Se eu não desistir, ainda haverá uma chance. Seria um
desperdício desistir da esperança.”
Kyrie: “....Sim, isso é verdade. Se você não desistir da
esperança, ela vai brilhar pra sempre.”
Kyrie: “Muito obrigado. Eu me sinto um pouco mais corajoso
agora.”
Fuka: “Se sente? Por que?”
Kyrie: “Isso é um segredo. Vamos.”
Fuka: “Ah! Espera, Sr. Kyrie!”
E que os mistérios comecem! (Ainda mais).
ResponderExcluirSinceramente, ainda me pergunto se eles não tem alguma segunda intenção por cuidarem tanto dela. Mesmo que Kyrie tenha dito que poderia descartá-la facilmente, ainda fico com o pé atrás.