domingo, 3 de maio de 2020

Ikemen Vampire -- Prólogo -- Capítulo 5



O vídeo traduzido desse capítulo está disponível no Youtube.
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✶ PRÓLOGO ~ Capítulo 5: "A Ampulheta" ✶



Do lado de fora da mansão, onde Liriel e os outros estavam sentados em uma mesa posta para dez pessoas...

Uma luxuosa carruagem permanecia parada logo após o portão, o cocheiro tratava os cavalos.

???: "Eu decidi não ficar."

O homem que, as vezes era um rei, um príncipe, um amante, mas sempre um mentiroso...deixou a luz da lua para entrar novamente na carruagem.

Cocheiro: "Mas Monsieur, e o banquete?"

???: "O caprichoso destino convidou um convidado de aparência mais justa do que a minha para assumir minha cadeira."

???: "Dela é o centro do palco esta noite. Penso que não posso ficar para ver como ela se comporta. Vamos partir anonimamente."

A carruagem correu através da noite, seu passageiro relaxava em um banco almofadado contra a dureza da estrada.

Silenciosamente, ele conversava consigo mesmo -- um bardo tocando para uma platéia de ninguém.

???: "Oh, que expectativas reviradas vem com a chegada desta nova atriz?

O bardo havia visto Liriel por um momento, e mesmo assim, se encontrava assombrado por ela.

???: "Diabo nenhum pode enganar os homens para persuasão mais do que ela com a forma de um anjo."

???: "Ou seria ela um dos mensageiros do céu por trás dos chifres e asas da tentação?"

A carruagem balançou ao atingir uma pedra no caminho, fazendo com que o roteiro que estava no colo do bardo caísse no chão da carruagem.

Visível na capa estava uma assinatura, rabiscada em tinta fresca -- pertencia ao próprio William Shakespeare.




<O Dramaturgo Possessivo>


Saint-Germain: "Sebastian, se puder nos fazer um chá de ervas. Eu acho que pode ser erva-doce --"

Liriel: "Nada para mim, por favor."

O jantar havia terminado sem respostas. Le Comte me convidou até sua suíte para uma explicação, como prometido.

Liriel: "Eu tenho só uma pergunta. Como eu volto?"

Liriel: "Aquela porta tem uma fechadura? Onde está a chave? É sua impressão digital? Seja o que for, eu não me importo. Eu só quero que ela abra."

Saint-Germain: "A porta não está trancada. Abri-la é fácil. Mas ela só abre sob certas condições muito específicas."

Liriel: "Que condições?"

Saint-Germain: "Os detalhes são um pouco difíceis de explicar."

Le Comte de Saint-Germain se levantou de sua poltrona e parou em frente a uma ampulheta enorme. A metade de cima estava cheia de areia.

Saint-Germain: "Irá se abrir quando toda a areia na ampulheta tiver caído. É bem precisa, e eu mesmo confio no seu timing."

(Eu não gosto do tanto de areia que tem ali.)

Liriel: "Entendi. E aproximadamente quanto tempo leva pra cair toda a areia?"

Saint-Germain: "Leva um mês, em média."

(Um mês?! Em média?!)

Liriel: "Você disse que leva um mês?"

Saint-Germain: "Normalmente leva um mês para toda a areia cair. Não é, Sebastian?"

Sebastian: "Sim, Sr. le Comte. Significa que ela não será capaz de voltar por um mês. Aproximadamente."

(Bem, eles podem esquecer isso!)

Liriel: "Nós estamos em Paris, sim?"

Saint-Germain: "Sim."

Liriel: "E vou sair pela porta da frente. A que distância estamos do Louvre?"

(Não tem necessidade de eu me fixar naquela porta estranha! Por que eu precisaria dela pra voltar?)

(Eu não sei como se tornou noite sem meu conhecimento, mas eu posso retornar ao meu hotel e voltar a trabalhar amanhã.)

Le Comte de Saint-Germain voltou para seu assento e pegou um jornal que estava dobrado na mesa.

Saint-Germain: "Eu gostaria que você olhasse a data."

Liriel: "Le Petit Parisien...?"

Eu olhei para a data. Eu não acreditei. Mas o papel, a textura dele, os artigos de notícias. Era tudo muito real. Eu gelei.

Saint-Germain: "Essa é a edição da manhã. Como você sem dúvida percebeu a partir da data--"

Saint-Germain: "Nós estamos no século dezenove."

Liriel: "Esse é realmente o século dezenove?"

(À beira da virada do século, se a data estiver correta. Mas como isso é possível?)

Saint-Germain manteve seu tom calmo, inexorável.

Saint-Germain: "Nós estamos na França, mas não a França que você conhece. Você chegou à essa mansão viajando através do tempo."

Liriel: "Você está brincando comigo."



Traduzido e editado por:  Lu Uesugi (Lucien's wife)  


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